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Monotrilho da linha 17-Ouro tem partes das obras furtadas por criminosos e é alvo de pichações na zona Sul de São Paulo


Grande parte das ações têm ocorrido nas imediações do Aeroporto de Congonhas; canteiros também servem como área para tráfico e consumo de drogas, além de esconderem bandidos que assaltam motoristas na região da Avenida Jornalista Roberto Marinho

ADAMO BAZANI

Colaborou Vinícius de Oliveira

Atrasos, dúvidas em relação a capacidade para atender à demanda, redução do trajeto em relação ao projeto original e altos custos de implantação.

Não bastassem todos estes pontos em relação à linha 17-Ouro de monotrilho de São Paulo, que deveria estar operando desde a Copa do Mundo de Futebol em 2014, mesmo na reta final, as obras têm sido vistas como “oportunidades” para a ação de criminosos, o que tem assustado moradores e comerciantes.

A repórter Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes, trouxe denúncia de ouvintes nesta quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025, de que têm ocorrido furtos de peças e materiais das obras, além de pichações e vandalismo.

Canteiros também servem como área para tráfico e consumo de drogas, além de esconderem bandidos que assaltam motoristas na região da Avenida Jornalista Roberto Marinho. Grande parte das ações têm ocorrido nas imediações do Aeroporto de Congonhas.

Tudo isso, deixa um clima hostil e inseguro, segundo os moradores.

O Diário do Transporte confirmou as informações e procurou o Metrô de São Paulo e a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

A SSP confirmou ao Diário do Transporte as ações criminosas e diz que o caso é investigado pro um Distrito Policial na região.

A Polícia Civil investiga um furto de cabos, ocorrido na madrugada de 25 de dezembro, por volta da 1h, na Rua Bernardino de Campos, no Campo Belo. O material furtado incluía cabos flexíveis e de alarme de incêndio, somando 2.300 metros de cabos vermelhos e pretos, além de 1.500 metros de cabo blindado. O caso foi registrado como furto pela Delegacia Eletrônica, sendo a área dos fatos o 27º DP (Ibirapuera).

Urbanistas e especialistas em mobilidade questionam a escolha de monotrilhos para ligações extensas, tanto por questões relacionadas aos custos das obras e operações diante da capacidade limitada do meio de transporte, seja pelos impactos urbanísticos, incluindo aspectos como paisagismo e segurança urbana.

Quando foi anunciada, a linha 17 levantou estes questionamentos. Agora que começaram as obras, não faria sentido parar, mas muitos dos possíveis problemas apontados quanto a execução, custos e complexidade das obras se confirmaram.

A promessa agora é que a linha, de forma incompleta e bem mais cara que o projeto inicial, seja entregue em 2026. Contando desde quando foi apresentada, em 2008, um atraso de 18 anos. Tempo bem superior a muitas linhas de metrô de fato, de alta capacidade, em São Paulo.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, o monotrilho da linha 17, na região do Aeroporto de Congonhas, na zona Sul de São Paulo, deveria estar pronto para a Copa do Mundo de Futebol realizada no Brasil em 2014.

A previsão agora é que a operação comercial ocorra em meados de 2026 e num trecho menor que o projeto original.

As obras começaram em 2012. O valor inicial era de R$ 3,2 bilhões num trecho de 18 estações, entre o Aeroporto de Congonhas, a Estação Jabaquara e a Estação São Paulo – Morumbi, num trajeto de 17,7 quilômetros de extensão.

Agora, este sistema de média capacidade de transporte vai sair bem mais caro e menor. Serão oito paradas entre Congonhas e a Estação Morumbi, em aproximadamente oito quilômetros, ao custo de R$ 6,1 bilhões.

Principalmente problemas relacionados a contratos tanto de obras como dos próprios trens atrasaram todos os cronogramas. Entre estes problemas, esteve a falência da empresa Scomi, da Malásia, que fabricaria os trens.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Colaborou Vinícius de Oliveira





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