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Guarujá (RJ) reduz custos no contrato com a City em quase 60%


Nova gestão à frente da prefeitura está pagando o mesmo que em 2019

ALEXANDRE PELEGI

A Prefeitura de Guarujá (SP) obteve uma redução de quase 60% no contrato com a City Transportes, que opera 40 linhas do transporte coletivo municipal. Em dezembro, a administração anterior pagou quase R$ 7 milhões, valor que caiu para pouco mais de R$ 4 milhões em janeiro, já sob a nova administração.

As informações foram reportadas ao Diário do Litoral, que informa que o prefeito busca uma redução ainda maior.

Ainda segundo a reportagem do jornal regional, um estudo comparativo revelou discrepâncias entre a City e outras empresas do setor. A folha de pagamento da City é R$ 2,6 milhões/mês superior, e os gastos com combustível (R$ 20.270,27 contra R$ 12.500,00) e peças e pneus (R$ 872 mil contra R$ 212 mil) também são mais altos.

Graças a essa redução, o município está pagando o mesmo que em 2019. Entre 2021 e 2024, a City recebeu quase R$ 380 milhões em subsídios. A prefeitura continua a analisar as inconsistências nas informações fornecidas pela empresa para tomar as medidas necessárias.

O prefeito apresentou os resultados em evento aberto ao público, no Teatro Municipal Procópio Ferreira, na noite de quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025. O chefe do Executivo fez um diagnóstico da situação encontrada pela nova gestão municipal, iniciada no último dia 1º de janeiro, e um prognóstico dos programas e políticas que serão desenvolvidos ao longo dos próximos anos.

O relatório é fruto de tudo o que foi apurado durante a transição de governos e nos primeiros 30 dias de trabalho dos novos gestores municipais.

CONFLITO

Como mostrou o Diário do Transporte, os trabalhadores da City entraram em greve no dia 28 de janeiro. a Prefeitura do Guarujá, após apelar à justiça, conseguiu uma decisão que obriga a City a colocar todos os veículos para atendimento dos passageiros, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

Dez dias antes, a prefeitura abriu uma ação judicial contra a City após a suspensão de diversos serviços essenciais. O principal motivo da ação foi a interrupção do transporte destinado a pessoas com deficiência que dependem do serviço para realizar tratamentos médicos em unidades municipais e conveniadas. Além disso, a City paralisou a operação de três linhas de ônibus: 60 (gratuita), 28 e 93. O episódio gerou surpresa na administração local, que tomou conhecimento da paralisação pela mídia, sem qualquer comunicação prévia da concessionária.

Na ação, a Prefeitura reconheceu que a administração anterior enfrentou dificuldades no repasse do subsídio mensal à empresa, mas frisou que isso não justifica a suspensão dos serviços. A Prefeitura ressalta que o valor pago ao longo de 2024 já ultrapassa os R$ 89 milhões, além de considerar os mais de R$ 160 milhões arrecadados pela empresa com as tarifas dos passageiros.

Em resposta às dificuldades financeiras e operacionais apresentadas pela City, a Prefeitura criou, no início de janeiro, um Grupo Técnico de Trabalho (GTT) para investigar os repasses financeiros feitos à concessionária. O grupo tem 90 dias para concluir a apuração.

O objetivo é esclarecer as alegações de inadimplência, que, segundo a empresa, chega a R$ 50 milhões. A Prefeitura, entretanto, aponta que a companhia nunca foi devidamente fiscalizada, apesar de receber valores significativos ao longo do contrato.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





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