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Empresa de ônibus da capital paulista procura Deic e relata prejuízo de R$ 500 mil em seis meses por roubos e furtos de tacógrafos, módulos e painéis – VEJA FLAGRANTES


De acordo com Transcap, que atua nas zonas Sul e Oeste, ao menos 45 equipamentos foram levados. Maior parte das ações ocorre em pontos finais. Polícia Civil fez operação e descobriu revenda destes produtos

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

VEJA OS FLAGRANTES NO MEIO DA REPORTAGEM, MAS É IMPORTANTE ANTES LER O TEXTO

Em menos de seis meses, dezenas de ônibus  tiveram de ficar fora de operação por vários dias, com milhares de passageiros prejudicados e quase R$ 500 mil em prejuízos.

Este é o resultado provocado por uma série de roubos e furtos de módulos, painéis e tacógrafos de uma única empresa de transportes da capital paulista, a Transcap, que atua nas zonas Sul e Oeste da cidade. Os veículos são repostos até o conserto para os usuários não ficarem sem atendimento, mas com a frota reserva, que habitualmente é formada por modelos mais antigos e menos confortáveis que os mais novos.

Tacógrafos são espécies de “caixas-pretas dos ônibus”, que registram aceleração, frenagem e velocidade, por exemplo. Já os módulos são responsáveis por funções essenciais para o funcionamento dos coletivos. Sem eles, os ônibus não andam. Parte deste gasto da empresa foi com guinchos. Estes equipamentos são muito caros e há mercado paralelo grande, com a atuação de quadrilhas especializadas.

Na última segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025, a companhia procurou o Deic, departamento de investigações criminais da Polícia Civil de São Paulo e entregou boletins de ocorrência, filmagens e imagens de suspeitos pelas ações que têm sido reiteradas na cidade.

O Diário do Transporte teve acesso a algumas das gravações. Como em outros casos, as ações dos bandidos são audaciosas, rápidas e precisas.

Os marginais sabem o que estão fazendo. Invadem os ônibus, vão exatamente onde ficam os equipamentos e, em poucos minutos, desmontam as centrais eletroeletrônicas dos veículos e levam o que querem. Em uma das imagens, é possível perceber que o bandido está com ferramentas próprias para desmontar os paineis.

A reportagem mostrou que, em 05 de fevereiro de 2025, o Deic cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Guarulhos e na zona Leste da cidade de São Paulo, em operação. Os policiais descobriram uma loja especializada que revendia estes equipamentos roubados ou furtados.

Relembre:

A Transcap relatou ao Deic que, somente no segundo semestre de 2024, foram mais de 45 equipamentos levados. Deste total, 20 unidades são de “bomba de ARLA”.

Sigla para Agente Redutor Líquido Automotivo, ARLA é um fluido obrigatório em ônibus e caminhões produzidos a partir de 2012 que atua na redução de poluição. A bomba leva este líquido para o motor, havendo uma mistura que faz com que ocorra a diminuição da emissão de gases prevista por lei.

A orientação da Polícia Civil é que Boletins de Ocorrência sejam realizados pelas empresas e profissionais de transportes na delegacia mais próxima de onde ocorreram as ações criminosas e, com o registro já formalizado, os responsáveis pelas viações e transportadoras de carga procurem o Deic. O telefone do plantão do Deic é (11) 2224 0300 – São Paulo – Capital . A delegacia está localizada na Rua Zaki Narchi, 153, no Carandiru, zona norte da capital paulista.

VEJA ALGUNS FLAGRANTES:

VÁRIOS CASOS:

O Diário do Transporte noticiou outros roubos e furtos de tacógrafos e módulos de ônibus na cidade de São Paulo e região metropolitana. Em outros Estados, o problema tambpem ocorre.

Quando módulos e tacógrafos são retirados de ônibus, os veículos ficam inutilizados até a reposição dos aparelhos. Os tacógrafos são como “caixas pretas” dos ônibus e caminhões. Tecnicamente, os veículos até rodam sem os tacógrafos, mas o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) proíbe a circulação. Já sem alguns módulos, os ônibus e caminhões sequer se movimentam ou têm algumas funções completamente comprometidas.

No mercado ilegal, módulos e tacógrafos têm grande procura.

Um equipamento novo pode custar entre R$ 35 mil e R$ 40 mil. Mas, até mesmo pela internet, é possível achar módulos vendidos em valores que variam entre R$ 2 mil e R$ 5 mil.

Os módulos são aparelhos eletrônicos muito sensíveis e não é raro “queimarem” e apresentarem defeitos devido à trepidação e à poeira às quais os ônibus e caminhões são submetidos.

Então, a procura é grande.

Operação:

Em uma operação contra este tipo de crime, realizada em 05 de fevereiro de 2025, e noticiada pelo Diário do Transporte, o Deic cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Guarulhos e na zona Leste da cidade de São Paulo.

Relembre:

Uma pessoa foi presa em flagrante, e outra fugiu. Uma terceira pessoa também foi detida para averiguações. Os policias ainda apreenderam um lote de 10 caixas contendo módulos de injeção eletrônica para veículos pesados em uma revenda localizada no Jardim Adriana II, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A operação vai ter continuidade e apura um esquema de receptação e venda de peças ilícitas.

Por isso, a orientação é que as empresas e profissionais de transportes que foram alvos procurem o Deic. O telefone da 2ª Delegacia do Departamento Estadual de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio (DEIC), responsável pela operação é 2224 0774 (São Paulo – Capital). O número do plantão é (11) 2224 0300. A delegacia está localizada na Rua Zaki Narchi, 153, no Carandiru, zona norte da capital paulista.

O Diário do Transporte tem denunciado o problema de forma reiterada que ocorre em pontos finais, terminais, garagens de ônibus e transportadoras de cargas e nem mesmo o centro de distribuição de uma fabricante, no interior paulista, foi poupado.

Sem tacógrafos, que são espécies de caixas pretas dos veículos que registram dados como velocidade e frenagens, e sem módulos (essenciais para o funcionamento de itens fundamentais), não há como os ônibus e caminhões circularem.

Estes equipamentos são de alto valor (alguns podem chegar a R$ 40 mil) e há um mercado paralelo muito procurado no setor.

Empresa da cidade de São Paulo procurou Deic e relatou quase meio milhão de reais em prejuízos:

Em menos de seis meses, dezenas de ônibus que tiveram de ficar fora de operação por vários dias, milhares de passageiros prejudicados e quase R$ 500 mil em prejuízos.

Este é o resultado provocado por uma série de roubos e furtos de módulos, painéis e tacógrafos de uma única empresa de transportes da capital paulista, a Transcap, que atua nas zonas Sul e Oeste da cidade. Os veículos são repostos até o conserto para os usuários não ficarem sem atendimento, mas com a frota reserva, que habitualmente é formada por modelos mais antigos e menos confortáveis que os mais novos.

Tacógrafos são espécies de “caixas-pretas dos ônibus”, que registram aceleração, frenagem e velocidade, por exemplo. Já os módulos são responsáveis por funções essenciais para o funcionamento dos coletivos. Sem eles, os ônibus não andam. Parte deste gasto da empresa foi com guinchos. Estes equipamentos são muito caros e há mercado paralelo grande, com a atuação de quadrilhas especializadas.

Na última segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025, a companhia procurou o Deic, departamento de investigações criminais da Polícia Civil de São Paulo e entregou boletins de ocorrência, filmagens e imagens de suspeitos pelas ações que têm sido reiteradas na cidade.

O Diário do Transporte teve acesso a algumas das gravações. Como em outros casos, as ações dos bandidos são audaciosas, rápidas e precisas.

Os marginais sabem o que estão fazendo. Invadem os ônibus, vão exatamente onde ficam os equipamentos e, em poucos minutos, desmontam as centrais eletroeletrônicas dos veículos e levam o que querem.

A reportagem mostrou que, em 05 de fevereiro de 2025, o Deic cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Guarulhos e na zona Leste da cidade de São Paulo, em operação. Os policiais descobriram uma loja especializada que revendia estes equipamentos roubados ou furtados.

Relembre:

A Transcap relatou ao Deic que, somente no segundo semestre de 2024, foram mais de 45 equipamentos levados. Deste total, 20 unidades são de “bomba de ARLA”.

Sigla para Agente Redutor Líquido Automotivo, ARLA é um fluido obrigatório em ônibus e caminhões produzidos a partir de 2012 que atua na redução de poluição. A bomba leva este líquido para o motor, havendo uma mistura que faz com que ocorra a diminuição da emissão de gases prevista por lei.

A orientação da Polícia Civil é que Boletins de Ocorrência sejam realizados pelas empresas e profissionais de transportes na delegacia mais próxima de onde ocorreram as ações criminosas e, com o registro já formalizado, os responsáveis pelas viações e transportadoras de carga procurem o Deic. O telefone do plantão do Deic é (11) 2224 0300 – São Paulo – Capital . A delegacia está localizada na Rua Zaki Narchi, 153, no Carandiru, zona norte da capital paulista.

Até fabricantes são vítimas:

O Diário do Transporte mostra que cada vez mais têm sido comuns os furtos e roubos de equipamentos de alto valor de ônibus, como tacógrafos, módulos e outras peças, prejudicando o atendimento aos passageiros já que estes veículos ficam momentaneamente impossibilitados de operar. Em geral, os veículos são invadidos quando estão parados em pontos finais, terminais e até dentro das garagens.

Se ocorrem os furtos e roubos, é porque tem mercado.

Mas as ações dos criminosos têm se tornado mais ousadas e abrangentes e até mesmo as fabricantes dos veículos são roubadas e furtadas.

Foi o que ocorreu no Centro de Distribuição de Peças de ônibus e caminhões da Mercedes-Benz, em Itupeva, no interior de São Paulo, de onde, foram furtadas quase sete mil peças, grande parte de alto valor. Os equipamentos somam cerca de R$ 25 milhões e parte foi recuperada, encontrada em uma loja de autopeças na região do Jardim das Embuias, na zona Sul da cidade de São Paulo.

Um responsável pela loja foi preso em flagrante por receptação.

A Polícia Civil de São Paulo segue procurando o restante da quadrilha e das peças.

O Diário do Transporte recebeu de diversas empresas de ônibus imagens de flagrantes de roubos e furtos de tacógrafos, módulos e peças dos coletivos, muitos subtraídos em pontos finais, terminais e dentro de garagens.

A reportagem aprofundou as apurações e uma destas empresas de ônibus diz que houve oferta destes equipamentos por uma loja na rede social Instagram que comercializa peças de veículos a diesel à com um nome de perfil.

O Diário do Transporte então checou junto a Polícia Civil de São Paulo para ver se havia algum boletim de ocorrência com este nome.

No registro sobre este furto de quase sete mil peças (6.591 unidades) do Centro de Distribuição da Mercedes-Benz, em Itapeva (SP), havia a menção à loja virtual e ao perfil.

O crime ocorreu no dia 1º de outubro de 2024, mas foi registrado em 04 de outubro de 2024.

Em 25 de outubro de 2024, foi cumprido mandado de busca e apreensão em uma loja no bairro Cidade Dutra, zona Sul de São Paulo. No local, foram encontrados mais de R$ 110 mil em peças e um representante da Mercedes-Benz, segundo o Boletim de Ocorrência, reconheceu estes materiais como parte dos que foram furtados no centro de distribuição da fabricante em Itupeva.

Um responsável pelo local, de 38 anos, foi preso em flagrante por receptação, conforme nota da SSP ao Diário do Transporte

Um homem de 38 anos foi preso em flagrante por receptação na tarde de sexta-feira 25 de outubro, no bairro Cidade Dutra, zona sul da capital. Policiais civis investigavam um furto de peças automotivas ocorrido em um depósito na cidade de Itupeva e, após diligências, localizaram o suspeito em sua loja de autopeças, onde revendia os objetos. As peças foram apreendidas e o material devolvido a um representante da empresa vítima. O indiciado foi conduzido ao 5º DP de São Bernardo do Campo e permaneceu à disposição da Justiça.

O Centro de Distribuição:

A Mercedes-Benz do Brasil anunciou em julho de 2024 o início das operações de sua nova Central de Distribuição e Logística de Peças, localizada na altura do km 72 da Rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva, São Paulo. A gestão do local foi terceirizada para a Penske Logistics O centro ocupa um galpão do condomínio logístico da HGLG e oferece acesso facilitado às principais estradas do estado, aeroportos e à fábrica da empresa em São Bernardo do Campo.

O local abrange cerca de 45.000 itens de peças de caminhões, ônibus, vans e agregados, com capacidade para estoque de 8 milhões de peças e distribuição mensal de 1,5 milhão de peças para o mercado interno e mais de 50 países.

A Central anterior era em Campinas, também no interior paulista.

O Centro de Distribuição de Peças, em Itupeva, é parte da operação da Mercedes-Benz do Brasil – Caminhões e Ônibus.

Com a separação das empresas (caminhões/ônibus indo para a constituição da Daimler Truck e automóveis/vans ficando com a Mercedes-Benz, no final de 2021), a operação de Autos & Vans tem o seu próprio Centro de Distribuição, localizado em Limeira.

Empresas de ônibus:

Em 30 de janeiro de 2025, dois ônibus da Transwolff, que operavam na linha 6115/10 – Cantinho do Céu x Shopping Interlagos, tiveram os equipamentos levados enquanto estavam estacionados no ponto final da linha, na Rua Boa Vista, no bairro Cantinho do Céu, por volta das 12h30.

Juntamente com a UPBus, da zona Leste, a Transwolff está sob intervenção da prefeitura desde 09 de abril e 2024, quando foi um dos alvos de uma operação do Ministério Público que investiga suposta ligação da diretoria da empresa com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Como mostrou o Diário do Transporte, nesta quarta-feira (29), o prefeito Ricardo Nunes anunciou a retirada das duas companhias do sistema, com a posterior substituição por outras viações que ainda serão definidas.

Relembre:

Não há indícios, ao menos até o momento, de ligação dos furtos dos equipamentos dos coletivos, com o descredenciamento da empresa.

Os criminosos levaram o tacógrafo e o painel do veículo de prefixo 6.6409. Além disso, outro ônibus, de prefixo 6.6589, também foi alvo da ação criminosa. Ambos os coletivos estavam parados no ponto final e foram recolhidos após a ação.

Os tacógrafos, dispositivos presentes em ônibus e caminhões, funcionam de maneira similar às caixas pretas de aeronaves, registrando informações cruciais sobre a operação dos veículos, como velocidade, frenagem e aceleração. Além disso, os módulos desses sistemas desempenham um papel fundamental no funcionamento dos ônibus, controlando funções essenciais, como ignição, partida, abertura e fechamento de portas, e o acionamento de luzes e faróis.

A SPTrans em nota ao Diário do Transporte, informou que todos os registros de ocorrência foram devidamente comunicados ao setor de inteligência das autoridades policiais, que estão acompanhando a investigação. A empresa também destacou que os ônibus afetados foram substituídos imediatamente, garantindo a continuidade do serviço para os passageiros.

Relembre:

VÍDEO: Tacógrafos e módulos de ônibus da Transwolff são furtados na Zona Sul de São Paulo nesta quinta (30)

A Viação Elite, que opera linhas municipais em Volta Redonda (RJ) e intermunicipais na região, teve cerca de 40 ônibus invadidos dentro da garagem, no Jardim Belvedere, e os equipamentos foram levados. A ação criminosa foi descoberta na madrugada desta terça-feira, 26 de novembro de 2024. É a segunda vez neste mês de novembro de 2024 que a empresa é alvo deste tipo de crime. No dia 09 de novembro de 2024, a companhia teve módulos e tacógrafos furtados de 21 ônibus, como mostrou o Diário do Transporte.

Relembre:

Como os módulos são essenciais para o funcionamento de itens importantes dos ônibus, que se tornam inoperantes sem os equipamentos, os transportes mais uma vez ficaram desfalcados.

A frota operacional da Viação Elite é de cerca de 120 ônibus, dos quais 80 nas linhas municipais e 40 nas intermunicipais. Apesar de a companhia ter coletivos reservas, a quantidade não é suficiente para suprir o número de veículos que ficaram momentaneamente inutilizados pelos criminosos.

Já no município de Barra Mansa (RJ), também nesta terça-feira, 26 de novembro de 2024, a empresa Triecon teve os módulos e tacógrafos levados de oito ônibus. Os veículos também foram impossibilitados de operar, mas, pela quantidade ser menor, foi possível acionar frota reserva em número suficiente.

Tanto nos casos envolvendo a Elite, de Volta Redonda (RJ), como da Triecon, de Barra Mansa (RJ), os bandidos fugiram e ninguém foi preso.

Mas a impunidade não é só nestes casos, como tem mostrado o Diário do Transporte.

Em Santo André, no ABC Paulista, somente entre este domingo, 17 de novembro de 2024, e segunda-feira (18), foram quatro ônibus que tiveram os equipamentos levados por criminosos.

Todas as ações ocorreram no mesmo lugar: um ponto final que reúne diversas linhas da cidade, que fica na Avenida Marginal Itapoã, no bairro Cidade São Jorge.

Relembre:

No dia 22 de outubro de 2024, criminosos furtaram módulos e tacógrafos de cinco ônibus da Viação Pirajuçara. O caso aconteceu em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, por volta das 20h. Na ocasião, os bandidos ainda tentaram furtar os equipamentos e um sexto coletivo, mas foram impedidos por um dispositivo de segurança.

No momento da ação, os coletivos estavam no ponto final e sem passageiros.

Relembre:

Bandidos invadiram ônibus da Viação Guaianazes parados em pontos finais na cidade de Santo André, no ABC Paulista, e levaram os módulos. O Diário do Transporte trouxe em primeira mão as imagens em 26 de agosto de 2024.

Em dois meses, a empresa foi vítima de pelo menos quatro roubos em diferentes linhas, sendo que dois deles ocorreram no mesmo dia, em 16 de agosto de 2024.

O primeiro caso foi às 14h18

Pelas imagens, o homem consegue abrir a porta pelo lado externo, entra e tranquilamente arranca o módulo da central elétrica do ônibus. O suspeito coloca em seguida o aparelho na calça e vai embora com tranquilidade.

Ainda no dia 16 de agosto de 2024, mas por volta de 21h20, um outro ônibus tem o equipamento roubado da mesma forma.

O bandido ainda coloca o módulo numa sacola de papel que tem estampada a marca de uma grife.

Há também imagens de furtos que ocorreram em ônibus do transporte urbano de Santo André em 17 de julho de 2024 às 15h e em 21 de junho de 2024 às 10h10.

Relembre:

FLAGRANTES: Onda de roubos e furtos de tacógrafos e módulos de ônibus também prejudica transportes em Santo André. Somente em um dia, foram dois casos

Por volta de 17h40 de 22 de agosto de 2024, dentro do Terminal São Marcos, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

De acordo com as imagens recebidas pelo Diário do Transporte, a dupla invadiu um ônibus da Viação Pirajuçara. O motorista estava ao volante e não pode fazer nada.

Um dos homens vai até o local onde ficam os módulos, aparelhos caros e que possuem muita procura no mercado ilegal, arranca o equipamento enquanto conversa gesticula muto conversando com o motorista.

Nem um minuto se passa, os equipamentos são levados e a dupla vai embora.

O veículo prefixo 11.797 fazia a linha intermunicipal da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) 125 Embu das Artes (Terminal São Marcos)/São Paulo (Terminal Sônia).

Relembre:

VÍDEO do EXATO MOMENTO: Mais roubos de módulos e tacógrafos; desta vez foi dentro de terminal em Embu das Artes (SP) em um ônibus da Viação Pirajuçara

 

Imagens de circuito de segurança de dois coletivos em Carapicuíba, na Grande São Paulo, mostram a ação dos criminosos, nesta terça-feira, 19 de agosto de 2024.

Um dos casos, aconteceu em pleno terminal da cidade às 13h49.

Momentos antes do roubo, câmeras do terminal mostram a dupla caminhando por uma das plataformas para analisar a vulnerabilidade do local.

Vendo a brecha, os dois homens então entram num ônibus da empresa Del Rey Transporte, uma das operadoras do transporte municipal.

O motorista é rendido e obrigado a sentar num dos bancos dos passageiros.

Enquanto um dos suspeitos fica na região da porta dianteira, o outro vai até onde fica o equipamento e arranca o módulo.

Após a ação, a dupla sai tranquilamente pela plataforma do terminal.

Praticamente meia hora depois, às 14h09, no Parque Jandaia, também em Carapicuíba, dois homens (pelas roupas, aparentemente a mesma dupla do primeiro roubo), aproveitam que o ônibus está parado no ponto final, no horário de refeição do motorista, entram no veículo e também levam o módulo.

A ação é parecida.

O ônibus também é da empresa Del Rey Transporte.

Os homens arrancam o aparelho e saem aparentando tranquilidade.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública), em resposta ao Diário do Transporte, informou o registro do roubo no terminal e diz que a Polícia Civil investiga.

Relembre:

VÍDEOS DO EXATO MOMENTO: Dois ônibus têm módulos e tacógrafos roubados em Carapicuíba (SP) em meia hora pela mesma dupla. Uma das ações foi dentro de terminal

 

Em 19 de agosto de 2024, o Diário do Transporte mostrou outra ação criminosa, com o motorista sendo rendido com ônibus fazendo linha.

O crime foi na sexta-feira, 16 de agosto de 2024, no bairro de Interlagos, na zona Sul de São Paulo, quando um ônibus da Transwolff, empresa que presta serviços no sistema municipal da capital paulista, teve o módulo roubado.

De acordo com as imagens das câmeras de monitoramento do ônibus, recebidas pelo Diário do Transporte, a ação é rápida, não chega a ser violenta, mas o motorista é ameaçado.

A gravação, de acordo com o registro da câmera, é da última sexta-feira, 16 de agosto de 2024, e o crime ocorreu por volta de 12h10. As imagens foram recebidas pelo Diário do Transporte nesta segunda-feira (19).

A dupla entra no ônibus às 12h10m20s. Em menos de um minuto, às 12h11m17s, o equipamento, que é essencial para o funcionamento do coletivo por controlar boa parte das funções do veículo, já estava com a dupla que foge tranquilamente.

Uma das câmeras tem captação de áudio.

Os bandidos dizem se o motorista reagir vai “tomar bala”, mas que não querem nada do condutor e dos passageiros.

Um deles fala que a dupla sabe que “isso aqui é do governo”.

O outro retira o equipamento e ainda deseja “boa sorte” no trabalho ao motorista.

A dupla sai tranquilamente.

Relembre:

VÍDEO DO EXATO MOMENTO – EXCLUSIVO: Câmeras registram roubo de módulo de ônibus da Transwolff, em São Paulo, enquanto motorista é rendido na direção do veículo. Tacógrafos também são alvos

Na zona Sul de São Paulo, veículos da Mobibrasil, outra empresa de ônibus da cidade, em julho de 2022, foram alvos de ações criminosas nos pontos finais.

Imagens de circuito de segurança registraram as ações criminosas.

Relembre:

VÍDEOS: Imagens mostram furtos de tacógrafos e painéis de ônibus na zona Sul de São Paulo

Ainda em julho de 2022, o Diário do Transporte mostrou que, em menos de dois meses, a Viação Metrópole Paulista, nas zonas Sul e Leste da cidade de São Paulo, registrou mais de 50 ônibus avariados que tiveram os tacógrafos levados e os painéis de instrumentos do motorista destruídos.

Relembre:

Onda de furtos de tacógrafos de ônibus preocupa passageiros e profissionais de transportes em São Paulo

Este tipo de crime é antigo e frequente.

Em 2018, o Diário do Transporte noticiava uma série de roubos de módulos e tacógrafos de empresas de ônibus de fretamento na Grande São Paulo.

Relembre:

Empresas de ônibus relatam “onda de invasões a garagens” por criminosos para levar tacógrafos e equipamentos caros

Alunos da rede de ensino pública de Araras, no interior paulista, foram prejudicados em 27 de agosto de 2024, por um crime que tem sido denunciado constantemente pelo Diário do Transporte: furtos e roubos de tacógrafos, módulos e painéis de ônibus.

Sete micro-ônibus escolares que estavam no pátio da TCA (Serviço Municipal de Transportes Coletivos de Araras) tiveram os equipamentos levados na madrugada.

Segundo a Polícia Civil, vigilantes que trabalhavam no pátio perceberam que os veículos estavam abertos e, ao entrar, viram que os painéis estavam estourados.

A Polícia Civil procura os suspeitos.

Já é a segunda vez que este tipo de ação ocorre na cidade.

Em 30 de outubro de 2023, nove ônibus escolares também da TCA, em Araras (SP), foram alvos dos criminosos. Na ocasião, seis painéis, cinco módulos de motor e dois tacógrafos.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transporte





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