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Investigação da Polícia no Corinthians encontra suposta ligação com PCC


Uma investigação sigilosa da Polícia Civil de São Paulo achou indícios de que uma parte da comissão paga pela casa de apostas Vai de Bet ao intermediário do acordo de patrocínio com o Corinthians foi direcionada a uma conta com ligação à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

O inquérito que investiga o caso realizou um relatório técnico parcial de análise de dados financeiros e bancários e encontrou transferências de cerca de R$ 1 milhão entre contas que seriam ligadas ao crime organizado, utilizadas para limpar o rastro do dinheiro utilizado como comissão na negociação.

Segundo uma fonte próxima à investigação, esse tipo de movimento serve para dificultar o rastreio do dinheiro, pois pulveriza e fraciona todo o montante. Ele mescla uma parte com uma empresa que movimenta um dinheiro bom, misturando moedas lícitas e ilícitas.

Em um primeiro momento, em março de 2024, a Rede Social Media, intermediária que não participou da negociação pelo patrocínio, mas recebeu comissão, repassou R$ 580 mil a uma empresa chamada Neoway Soluções Integradas, registrada em nome de “laranja”.

Posteriormente, a Neoway fez transferências de cerca de R$ 1 milhão para outra empresa, chamada Wave Intermediações, que por sua vez repassou R$ 874 mil a uma 3ª empresa, a UJ Football Intermediação, do empresário Ulisses Jorge.

No ano passado, essa empresa foi citada pelo Ministério Público de São Paulo por possível envolvimento com lavagem de dinheiro do crime organizado, no caso, do PCC. Ela agencia diversos jogadores de futebol, como Éder Militão, do Real Madrid.

A UJ foi denunciada pelo empresário Antônio Vinícius Gritzbach em delação premiada. Em novembro do ano passado, ele foi assassinado no aeroporto de Guarulhos, no que ficou caracterizado como uma “queima de arquivo” por parte do crime organizado.

Essa não foi a única operação da Neoway no período posterior ao recebimento da comissão. A empresa também gastou cerca de R$ 83 mil em 15 títulos de capitalização, na mesma época que recebeu R$ 1 milhão da Rede Social Media.

A Rede Social Media Design é a empresa que fez a intermediação do contrato, recebeu R$ 1,4 milhão do clube e repassou R$ 1,042 milhão a uma 3ª empresa, chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços.

Essa empresa chamada Neoway está em nome de Edna dos Santos, mulher de origem humilde tratada como vítima na operação. Ela vive em condições de pobreza extrema e foi utilizada como “laranja” no caso e desconhecia seu envolvimento.

Procurado, o Corinthians não respondeu ao contato da ESPN. A UJ também recebeu contato, mas ainda não retornou. A reportagem será atualizada caso as partes queiram se manifestar.

A informação do envolvimento da UJ no caso foi antecipada pelo SBT e confirmada pela ESPN.

Ao canal de TV, o clube disse que “não tem responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do clube”.

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