18.9 C
Rondonópolis
sexta-feira, 16 maio - 03:49
- Publicidade -
Publicidade
HomeTransportesA2 Transportes, na zona Sul de São Paulo, começa a testar micro-ônibus...

A2 Transportes, na zona Sul de São Paulo, começa a testar micro-ônibus elétrico da Ankai, uma das marcas que poderão receber parte dos US$ 100 milhões do Governo Chinês (VÍDEO)


Veículo vai se revezar entre as linhas operadas pela empresa a cada dois dias. Com recursos, cidade deve ter mais 200 coletivos elétricos, todos de marcas chinesas

ADAMO BAZANI

Colaboraram Vinícius de Oliveira e Yuri Sena

A empresa A2 Transportes, do subsistema local de linhas que atende a parte da zona Sul da capital paulista, começou a testar na quarta-feira, 14 de maio de 2025, um modelo de micro-ônibus elétrico chinês.

Trata-se de um OE-08, de 8,7 metros, fabricado pela Ankai.

O Diário do Transporte mostrou que a Ankai declarou já está com três modelos de ônibus elétricos movidos com baterias aprovados pela SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema pela prefeitura.

Com isso, os veículos já podem ser comprados e operados pelas empresas que atuam na capital paulista.

Segundo a Ankai, os modelos são um básico com dimensões aproximadas de 12 metros de comprimento, denominado comercialmente pela empresa de OE-12; um midibus (micrão) de 10,5 metros (OE-10) e um micro-ônibus, OE-08, de 8,7 metros.

Relembre:

A Ankai, do conglomerado do qual que integra a JAC Motoes, representada no Brasil pelo Grupo SHC, apresentou a linha de modelos de ônibus elétricos em 11 de abril de 2024.

O Diário do Transporte esteve na cobertura.

Relembre:

TESTES DA A2:

A primeira linha a receber o veículo foi a 546A/10 – “Jardim Apura X Santo Amaro”.

A estimativa da A2 é a cada dois dias revezar o veículo entre as linhas que opera e que são condizentes com este tipo de modelo.

Segundo a companhia de transportes, pela configuração exigida pela gerenciadora das linhas da cidade, a SPTrans (São Paulo Transporte), da prefeitura, o Ankai 8 está com capacidade para 33 passageiros sentados, mas com fator de renovação de entrada e saída por viagem, além de dos usuários em pé, o micro-ônibus pode atender até 70 passageiros de forma simultânea por sentido.

Os objetivos dos testes são verificar o desempenho em áreas de difícil acesso, que compõem grande parte das linhas operadas pela A2; o consumo energético e a resistência da estrutura do modelo, que, diferentemente dos ônibus que são empregados na cidade, é monobloco.

MONOBLOCO:

Monobloco é um tipo de ônibus que em um “bloco só”, por isso o nome, integra carroceria, chassi e conjunto de tração (motorização). Na Brasil, tantos os ônibus a diesel como os atuais elétricos são encarroçados, ou seja, recebem as carrocerias feitas por outras fabricantes.

Um dos receios quanto a monoblocos é em relação a surgimento de eventuais trincais ou abalos de estrutura.

A Ankai garante que, diferentemente do que teme o mercado de ônibus, motivado por modelos monoblocos de décadas passadas a diesel que também apresentaram problemas semelhantes, hoje em dia, soluções de engenharia garantem maior torção e flexibilidade nas vigas e anéis das estruturas, o que elimina os riscos de trincas. Além disso, segundo a fabricante, os monoblocos são mais leves, o que resulta em menor gasto energético e desgaste de eixos, suspensões, anéis e pneus.

Também oferecem a “solução monobloco”, outras marcas chinesas que tentam espaço no mercado paulistano de ônibus, que apesar dos atrasos nas metas de eletrificação por problemas relacionados a falta de infraestrutura e adequações da rede de distribuição é ainda o maior do País.

É o caso da Higer.

CHINESES PRIVILEGIADOS EM EMPRÉSTIMO:

Como mostrou o Diário do Transporte, a cidade de São Paulo terá mais ônibus de marcas chinesas em circulação com os US$ 100 milhões negociados pelo prefeito Ricardo Nunes com o Governo da China em sua viagem à Ásia que ocorreu entre os dias 23 e 30 de abril de 2025. Levando em conta que o dólar está cotado a quase R$ 6 e que o valor de um ônibus elétrico varia entre R$ 2,3 milhões e R$ 3,5 milhões, dependendo do porte e da configuração, o dinheiro dá para comprar em torno de 200 coletivos.

Estes veículos podem ser produzidos no Brasil, mas não é uma condição do financiamento. Assim, poderá haver importação direta, desde que a marca seja chinesa.

Relembre:

EXPECTATIVAS E DIFICULDADES:

Em nota ao Diário do Transporte, a A2 Transportes explicou as expectativas, as dificuldades e as vantagens que tem observado até o momento com os ônibus elétricos de diversas marcas;

Economia Operacional

Custo por km: Normalmente, é menor do que os ônibus a diesel devido ao menor custo da eletricidade.

Manutenção: Menos componentes mecânicos resultam em manutenção reduzida, especialmente em relação a motores e sistemas de exaustão.

Baterias: O custo de substituição das baterias pode ser significativo, mas a vida útil está melhorando.

Sustentabilidade Ambiental

Emissões Zero: Redução da poluição urbana e contribuição para cidades mais limpas.

Ruído Reduzido: Os ônibus elétricos são muito mais silenciosos, proporcionando maior conforto em áreas urbanas.

Imagem Verde: Melhora a percepção pública da empresa e contribui para o cumprimento de metas ambientais.

Desafios Operacionais

Autonomia: Dependendo do modelo, pode variar de 150 a 300 km, o que exige planejamento cuidadoso de rotas.

Infraestrutura de Recarga: Postos de recarga rápidos e estacionamentos adequados são essenciais.

Tempo de Recarga: Mesmo com carregamento rápido, pode levar de 1 a 4 horas para uma carga completa.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





Fonte

RELATED ARTICLES

Most Popular

Recent Comments