Publicado em: 22 de maio de 2025
Na conversa com Adamo Bazani, o diretor de Operações Comerciais da fabricante de ônibus e veículos sobre trilhos revelou novidades até então desconhecidas, como coletivos de grande porte a biometano, vendas para grandes grupos empresariais, exportações de VLTs e que unidades do Attivi Integral foram compradas por viações da capital paulista
ADAMO BAZANI
No mesmo dia em que o Diário do Transporte publicou a entrevista com o diretor de Operações Comerciais da Marcopolo, Ricardo Portolan, ao jornalista Adamo Bazani, duas das mais importantes instituições do mercado acionário voltaram a recomendar fortemente a compra dos papéis da fabricante de ônibus e de veículos sobre trilhos.
Nesta quinta-feira, 22 de maio de 2025, o JPMorgan reforçou preferência por empresas do segmento de veículos pesados no Brasil, como Marcopolo (POMO4) e Randoncorp (RAPT4). As duas companhias acabaram de receber da instituição de mercado financeiro a recomendação outperform (com registro acima de desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de 10.
Já o Itaú BBA, destaca que os resultados da Marcopolo são sólidos, com base em negociações reais e constantes e não bolhas que inflam os lucros. Ou seja, são resultados reais.
O Diário do Transporte revelou na longa entrevista de 40 minutos, em áudio, muitas destas negociações e investimentos, cuja divulgação da forma como foi feita pela reportagem trazem conhecimento e impactos positivos no mercado de mobilidade como um todo, segundo profissionais do setor.
Na conversa com Adamo Bazani, o diretor de Operações Comerciais da fabricante de ônibus e veículos sobre trilhos, Ricardo Portolan, revelou novidades até então desconhecidas, como o desenvolvimento coletivos de grande porte a biometano; a ampliação ainda neste ano de vendas de grandes lotes de ônibus para grandes empresariais de ampla atuação, exportações de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e que unidades do modelo elétrico Attivi Integral foram compradas por viações da capital paulista e não apenas o encarroçamento deste ônibus sobre chassis de parceiros, como as unidades sobre Mercedes-Benz entregues para a Sambaíba.
“Os investidores querem estimativas com base em fatos concretos, muito mais que projeções abstratas. E foi o que a entrevista trouxe”. – disse o analista financeiro independente Leonardo Cesarão que, a pedido do Diário do Transporte, fez uma avaliação das recomendações do JPMorgan e do Itaú BBA.
“Claro que não é a entrevista isolada. Instituições como JPMorgan e do Itaú BBA fazem um retrospecto recente aprofundado e ligam o contexto das empresas às questões macro e conjunturais. Analisam a cultura de momento e os anúncios oficiais das empresas cujas ações são avaliadas. Não é uma publicação que direciona isso. Mas é inegável entrevistas como estas são importantes porque reforçam as convicções dos analistas em suas avaliações. Essas entrevistas, como do Diário do Transporte, mostram diretores de companhias dando a cara e falando. Isso que o mercado quer” – explicou, ao reforçar a importância de executivos usarem os espaços de mídias especializadas com credibilidade, como o Diário do Transporte, para falarem de fatos concretos.
O mercado também recebeu pela entrevista detalhes de comercializações expressivas já concretizadas, como as 101 unidades de ônibus urbanos Torino para Suzantur do ABC e dos mais de 100 ônibus rodoviários, com viés para elevação a até 150 somando outros possíveis ciclos de investimentos pelo Grupo JCA, que reúne viações como Cometa, 1001, Expresso do Sul.
A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA PODE SER OUVIDA AQUI NESTE LINK:
EXCLUSIVO – ÁUDIO: Marcopolo confirma Attivi Integral para capital paulista; carrocerias específicas para ônibus grandes a biometano/GNV e vendas de grandes lotes para grupos empresariais de porte
Para os analistas do JPMorgan, existem tendências positivas nos resultados operacionais da Marcopolo até 2025, com expectativa de aumento da margem EBITDA (“Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) para 18,1%. No primeiro trimestre de 2025, foram registrados 15,6%.
O JPMorgan destacou que carteira robusta de pedidos (como os citados pelo Diário do Transporte a respeito da Suzantur e do Grupo JCA) e a melhora nas operações internacionais são fatores positivos.
A ação considerada barata da Marcopolo, com múltiplo Preço/Lucro estimado em 5,5 vezes para 2026 e rendimento de dividendos projetado em 8% para 2026, assumindo um payout de 50%, é outro fator, somado à. realização da primeira audiência pública para um novo leilão do programa Caminhos da Escola, prevista ainda para 2025. A instituição financeira enxerga que a audiência representa um potencial adicional de valorização para a companhia.
Analistas do Itaú BBA conversaram com o “Seu Dinheiro”, do UOL e disseram justamente o que o profissinal ouvido pelo Diário do Transporte concluiu: A Marcopolo tem fatos concretos em andamento. Estes fatos foram trazidos pela entrevista do Diretor de Operações Comerciais, Ricardo Portolan a Adamo Bazani.
Para os analistas, não há eventos pontuais que estejam inflando o lucro, o que reforça a solidez da projeção. Esse cenário otimista deve tornar as ações atraentes para investidores que buscam um fluxo constante de retornos, segundo avaliação do Itaú BBA reproduzida pelo “Seu Dinheiro”.
“A ação tem apresentado desempenho inferior ao de outras empresas, acumulando queda de 12% no ano – em comparação com os 15% do IBOV –, o que a torna uma das poucas companhias em nosso universo de cobertura que combina fundamentos sólidos com uma valorização atrativa”, afirmam os analistas Gabriel Rezende, Daniel Gasparete e Pedro Tineo à publicação especializada em mercado financeiro.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
