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Prefeitura de São Paulo e empresa chinesa assinam protocolo para sistema que amplia em seis vezes capacidade de recarga de ônibus elétricos (BESS)


Como havia adiantado o Diário do Transporte, acordo foi assinado nesta quinta-feira (05). Equipamento promete reduzir dependência em relação a ENEL

ADAMO BAZANI / ARTHUR FERRARI

Como havia adiantado o Diário do Transporte, a prefeitura de São Paulo e a empresa chinesa Huawei, juntamente com a representante no Brasil, a Matrix Energia, assinaram nesta quinta-feira, 5 de junho de 2025, o protocolo de intenções para a instalação de uma tecnologia nas garagens de ônibus da capital paulista que promete ampliar em seis vezes a capacidade de carregamento de baterias de coletivos elétricos e ainda reduzir a dependência da infraestrutura da ENEL.

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Chamado de BESS (Battery Energy Storage System), o sistema funciona como um powerbank ou um nobreak gigante, sendo composto por um conjunto de baterias que vão, aos poucos, captando energia da rede de distribuição e armazenando nas garagens enquanto os ônibus estão nas ruas circulando. Quando os coletivos chegam aos locais de carregamento, em vez de serem abastecidos com a energia elétrica diretamente da rede de distribuição, utilizam o fornecimento desses bancos de baterias.

Uma das vantagens, segundo a prefeitura, é que isso reduz a necessidade de aumentar a tensão das redes de baixa para média ou alta, o que, hoje, é o grande problema em relação à eletrificação da frota, que não alcançou as metas estipuladas pela gestão.

Além disso, outra vantagem é que a empresa que vai instalar a tecnologia não vai cobrar pelos aparelhos, ganhando na venda de energia que, por sua vez, será adquirida no mercado livre de eletricidade.

Assim, ainda de acordo com a gestão, as garagens conseguem energia mais barata e ficam menos dependentes da ENEL.

A prefeitura diz que com um único módulo BESS (4,5 MWh) é possível carregar ao menos 29 ônibus elétricos.

O sistema já passou por testes na empresa de ônibus A2 Transportes, que atua na zona Sul da capital. O Diário do Transporte já havia feito uma reportagem junto à companhia, que detalhou tecnicamente como ocorrem as operações do BESS.

Relembre

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Com uso já consolidado na China, o sistema foi apresentado em São Paulo após visita técnica de Nunes ao centro de pesquisas da Huawei, em Xangai. De acordo com o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Celso Jorge Caldeira, “essa iniciativa reafirma o compromisso do prefeito Ricardo Nunes com a sustentabilidade, com um transporte público mais eficiente e com a melhora da qualidade de vida da população”.

O presidente da SPTrans, Victor Hugo Borges, reforçou que os novos equipamentos devem acelerar a renovação da frota. “Os novos equipamentos trazem um avanço tecnológico importante para a cidade, modernizando o processo de recarga dos ônibus, o que irá resultar em maior agilidade na renovação da frota sustentável. Isso vai permitir viagens mais confortáveis e, ao mesmo tempo, colaborar com um ar mais limpo para toda São Paulo”.

Já o CEO da Matrix Energia, Rubens Misorelli, destacou que a nova tecnologia “revoluciona o mercado energético e prova que soluções inovadoras são essenciais para o futuro”. Simon Tsui, CEO da Huawei Digital Power, completou: “Temos convicção que a Prefeitura de São Paulo será um grande exemplo mundial na eletrificação da mobilidade pública”.

Além de aumentar a autonomia e garantir recarga mesmo em casos de falha no fornecimento de energia, o sistema permitirá às empresas operadoras monitorar em tempo real o desempenho energético dos veículos e reduzir custos ao utilizar energia armazenada não consumida.

Ádamo Bazani e Arthur Ferrari, jornalistas especializados em transportes





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