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Presidente da CNT defende transporte coletivo e expansão de modais ferroviário e aquaviário em evento em Paris


Fórum Econômico Brasil-França, realizado nesta sexta-feira (6), reuniu representantes governamentais e do setor produtivo de ambos os países

ALEXANDRE PELEGI

Com foco em modernizar e descarbonizar o setor de transporte, Brasil e França discutiram temas cruciais no Fórum Econômico realizado em Paris nesta sexta-feira (6).

O evento reuniu representantes governamentais e do setor produtivo de ambos os países, focando em transição energética, inovação, infraestrutura, comércio e investimentos.

Representando o Sistema Transporte, o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Vander Costa, destacou em sua palestra a relevância da cooperação bilateral para o desenvolvimento do setor de transporte, com ênfase na descarbonização e na modernização da infraestrutura logística brasileira.

Prioridades para a Descarbonização

Vander Costa sublinhou o papel estratégico do transporte coletivo, afirmando que “Nosso foco é o cidadão. O transporte coletivo é mais seguro e confiável e emite menos gás carbônico do que o transporte individual“, promovendo assim a qualidade de vida urbana e a descarbonização.

Além disso, Costa defendeu a necessidade de ampliar os investimentos em modais de menor impacto ambiental, como os segmentos ferroviário e aquaviário, que possuem uma pegada de carbono significativamente inferior. O presidente da CNT afirmou que o Brasil já avança nessa direção com a concessão de hidrovias e ferrovias, sendo o modal aquaviário uma oportunidade estratégica de crescimento sustentável pela sua eficiência ambiental em comparação ao transporte rodoviário. Mesmo as novas concessões de rodovias previstas para 2025 podem impulsionar a sustentabilidade no modal rodoviário, através de vias mais modernas e seguras que contribuem para a redução de acidentes e emissões de poluentes, disse Vander Costa.

Outro ponto crucial apontado por ele foi a urgência da renovação da frota nacional, especialmente de caminhões e ônibus. A substituição por veículos mais modernos pode reduzir em até 95% as emissões de CO2 em comparação com modelos fabricados no início dos anos 2000, pontuou.

Iniciativas e Cooperação Internacional:

A CNT tem iniciativas estratégicas na área de sustentabilidade, incluindo o desenvolvimento de um inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa para identificar as principais fontes poluentes do setor. Costa enfatizou a importância de analisar toda a cadeia energética, não apenas o veículo, alertando que “Um carro elétrico, por exemplo, não será sustentável se for alimentado por energia gerada a partir do carvão“.

O avanço das concessões no Brasil cria um ambiente favorável para a atração de investimentos internacionais, como os fundos franceses voltados à infraestrutura sustentável. Participantes do painel reconheceram que a transição energética é um dos maiores desafios atuais, e que soluções eficazes e sustentáveis exigem ações coordenadas e parcerias bilaterais robustas, especialmente em infraestrutura e mobilidade.

O painel sobre Infraestrutura e Mobilidade contou com a moderação de Fernanda Tauffenbach (Deloitte) e a participação de líderes como Laurent Germain (Egis), João Taborda (Embraer), François Dossa (TCS Brasil), Anne-Marie Choho (Setec) e Belen Marcos (Vinci Concessions). O Fórum Econômico Brasil-França foi promovido por entidades como Apex Brasil, MRE, MDIC, CNI e Medef, no contexto da visita oficial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à França.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





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