Publicado em: 1 de julho de 2025
Sistema contará ainda com 225 coletivos a diesel Euro 6. Eixo principal tem extensão de 10,8 km para interligar as cidades de Ananindeua, Belém e Marituba, pela BR-316
ADAMO BAZANI
Foi concluída nesta terça-feira, 1º de julho de 2025, para o BRT Metropolitano de Belém, no Pará, a entrega de 10 unidades do modelo de ônibus elétricos do consórcio das marcas fabricantes Eletra (tecnologia e integração)/Caio (carroceria)/Mercedes-Benz (chassi)/WEG (motores e baterias). É atualmente um dos ônibus elétricos com maior nível de nacionalização disponível no mercado.
Com isso, o lote de 40 coletivos elétricos para o sistema de transportes sob gestão do Governo do Estado foi integralmente finalizado.
Segundo nota da administração estadual ao Diário do Transporte, no total, o sistema de transportes contará com 265 ônibus comprados 0 km, dos quais, estes 40 elétricos e 225 unidades movidas a diesel com a atual tecnologia Euro 6, obrigatória no Brasil desde janeiro de 2023 e que pode reduzir em 75% as emissões de poluente.
Deste total, 230 já estão em Belém, estes 40 elétricos e 210 a diesel.
O diretor-geral da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon), Eduardo Ribeiro, disse na nota que esta entrega do dia 1º de julho de 2025, representa a conclusão de uma entrega estratégica para a operação do sistema.
“Com a chegada desses dez ônibus, completamos os 40 veículos elétricos previstos, já com seus carregadores instalados. No total, cerca de 230 ônibus já estão em Belém. Com a operação iniciando, esses veículos estarão à disposição da população que depende do maior projeto de mobilidade urbana da região nos últimos anos”, afirmou.
Segundo o consórcio de marcas Caio/Eletra/Mercedes-Benz/WEG, cada ônibus elétrico tem autonomia de 220 quilômetros por carga.
Assim, de acordo com o prometido pelos fabricantes, levando em conta esta autonomia, saindo de Marituba até o terminal de São Brás (em Belém), cada ônibus, em média, poderá fazer 16 viagens por carga.
BRT METROPOLITANO DE BELÉM:
O sistema de corredores de ônibus da Região Metropolitana de Belém faz parte de um planejamento ainda dos anos de 1990 para ampliar a oferta de transportes públicos em eixos troncais.
Com uma extensão de 10,8 km para interligar as cidades de Ananindeua, Belém e Marituba, pela BR-316, teve o início da construção em janeiro de 2019 e a estimativa era de operação total em dezembro de 2022.
As obras, entretanto, tiveram problemas e atrasos. Em agosto de 2021, por exemplo, o Governo do Estado rescindiu o contrato com a, então, Odebrecht. Segundo a alegação da administração estadual, na época, seria a construtora não seguiu o cronograma previsto, atrasando a entrega.
O Sistema de Transporte Metropolitano é uma obra do Governo do Pará que vai integrar os terminais de Belém com Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará. Trinta e uma linhas alimentarão a linha troncal, responsável pela integração desses municípios.
Com apenas um bilhete, o passageiro poderá pegar um ônibus que circula dentro do seu município, desembarcar nos pontos ou estações, ou ainda nos Terminais de Integração de sua preferência, e chegar até Belém.
Ao todo, para o sistema de BRT da Grande Belém, foram comprados 265 ônibus, entre 40 elétricos e os demais a diesel Euro 6 (atual geração, menos poluente), de diferentes dimensões, entre modelos de maior porte para linhas troncais e menores, em especial, para linhas troncais.
Todos os novos veículos, entre os movidos a diesel e os elétricos, possuem itens como ar- condicionado, tomadas USB para carregamento de celular e Wi-Fi, além de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida ou restrições na visão.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes