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Além de vidros, ondas de ataques destroem elevadores para pessoas com deficiência e danificam módulos de ônibus elétricos. Veja exemplos de ontem da Transcap e NEXT


Equipamentos, além de mais caros, são de mais difícil reparo, inviabilizando a operação dos ônibus por mais tempo. Já são cerca de 400 casos em um mês na Grande São Paulo e sem respostas da Polícia ainda

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

O mais grave é o risco à segurança de motoristas e passageiros e o que mais chama a atenção visualmente de quem passa pelo lado de fora dos ônibus atacados nessa mais recente onda que já ultrapassa de 400 casos em um mês somente nas cidades da Grande São Paulo, incluindo ABC e capital, certamente são as vidraças estilhaçadas dos veículos.

Entretanto estes atos criminosos causam danos materiais visualmente não tão perceptíveis, mas do ponto de vista operacional, são os que mais comprometem o retorno dos ônibus para a população nas linhas.

Exemplos são itens como elevadores para pessoas com deficiência, validadores, câmeras, controladores de velocidade e, no caso dos ônibus elétricos, alguns módulos únicos para este tipo de modelo que são bem complexos.

Além de mais caros, são equipamentos de mais difícil reparo, inviabilizando a operação dos ônibus por mais tempo e o retorno aos serviços.

Como mostrou o Diário do Transporte, em primeira mão, na tarde desta terça-feira (1º), foram mais de 20 ônibus apedrejados, em plena luz do dia, dos quais, somente 15 municipais.

A reportagem traz dois exemplos para ilustrar.

Entre as empresas mais recentes estão Transcap, na zona Oeste da capital, que atende vias como Rebouças, Corifeu de Azevedo Marques e Butantã, e a NEXT Mobilidade, do ABC Paulista.

Somente a Transcap, teve cinco ônibus atacados nesta terça-feira (1º), dos quais, dois elétricos, que tiveram de ser recolhidos e passaram a madrugada em reparos.

A NEXT Mobilidade teve somente na terça-feira (1º) dois ônibus atacados. Mas em todo o mês de junho já foram mais de 50, incluindo os trólebus do Corredor ABD, mais complexos ainda.

Em um dos casos desta terça-feira, na avenida Senador Vergueiro, em São Bernardo do Campo, a porta que fica com os elevadores integrados foi danificada a pedradas.

Além de impedir a operação imediata, um dano nesta parte do veículo muitas vezes obriga a troca de não uma peça apenas, mas de todo conjunto, elevando tempo de serviço e custo.

GUILHERME DERRITE E ORLANDO MORANDO COBRADOS

As empresas de ônibus de São Paulo, que até então estavam praticamente em silêncio do ponto de vista institucional sobre a série de ataques contra veículos de transporte coletivo, decidiram nesta terça-feira, 1º de julho de 2025, se manifestar e cobraram providências do secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, e do secretário de segurança urbana da capital paulista, Orlando Morando, para evitar que novos casos ocorram.

As viações do ABC Paulista também se posicionaram e emitiram uma nota de repúdio.

Relembre:

DIÁRIO DO TRANSPORTE, PROTAGONISTA DA COBERTURA

O Diário do Transporte que iniciou a cobertura. Relembre:

O que causa estranheza é que tanto no ABC, como na capital e no litoral ,*as ações são idênticas* e os transportes urbanos *têm realidades muito regionalizadas e diferentes um do outro* ou seja, indica, que tudo isso vem de algo fora de causa de transporte? *  A tese apontada pela Polícia Civil sobre jogos de desafios na internet entre jovens, diante das diferenças de realidades e semelhanças nas ações quanto à forma e no dia que ocorreram, pode ter lógica mesmo?   Se é isso, não seria mais “fácil” chegar aos participantes???? *Muitos casos, já houve feridos e nada de resposta ainda*

CRIMES CIBERNÉTICOS

Nesta terça-feira (1º de julho de 2025) também a Polícia Civil, por meio da SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), confirmou ao Diário do Transporte que a delegacia que investiga crimes cibernéticos passou a apurar a série de ataques contra ônibus que têm ocorrido na capital paulista e região metropolitana.

Em nota, a SSP diz que já está em contato com as companhias de transporte para discutir estratégias com intuito de acompanhar a atuação de criminosos em plataformas digitais e ao mesmo tempo definir ações e estratégias que possam evitar e esclarecer os ataques.

Confira a nota da SSP na íntegra:

A 6ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DISCCPAT), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), conduz as apurações sobre as recentes ações criminosas, com foco na identificação e responsabilização dos autores. A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) também está envolvida nas investigações, para monitorar a atuação dos criminosos em plataformas digitais. Paralelamente, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) vai se reunir com representantes das empresas de transporte para discutir estratégias para o enfrentamento das ações criminosas. O policiamento ostensivo e preventivo segue reforçado nas regiões afetadas, como parte das medidas adotadas para conter a criminalidade e garantir a tranquilidade da população.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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