Publicado em: 10 de julho de 2025
É a primeira vez que uma autoridade do Executivo usa a palavra quadrilha para se referir aos episódios de forma explícita São três linhas de apurações: envolvimento do crime organizado com os transportes que estaria insatisfeito com a perda de contrato de algumas empresas; jogos de desafios entre jovens pela internet e brigas sindicais
ADAMO BAZANI
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O Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou na manhã desta quinta-feira, 10 de julho de 2025, a onda de ataques a ônibus na capital paulista, cidades vizinhas, linhas metropolitanas intermunicipais e Litoral, que, em cerca de um mês deixou mais de 600 coletivos vandalizados, a maior parte, com as janelas estouradas por pedradas.
O govenador falou em quebras de sigilos telefônicos de suspeitos e usou o termo “quadrilha”. É a primeira vez que uma autoridade do Executivo usa a palavra para se referir aos episódios de forma explícita.
Tarcísio ainda disse que a população não deve ter medo de andar de ônibus, que as investigações estão avançando e que a Polícia está nas ruas com uma megaoperação desde quinta-feira passada (03 de julho de 2025).
POUCAS AÇÕES DAS AUTORIDADES DE SEGURANÇA:
Contanto com a detenção desta quinta-feira (10), na zona Leste, de um homem imobilizado pelos próprios motoristas em Guaianases, na zona Leste da capital, são apenas quatro adultos presos e um menor apreendido e já são mais de 600 casos de depredações.
Também ainda não há avanços nas investigações que fazem a Polícia Civil dizer que está próxima da conclusão.
São três linhas de apurações: envolvimento do crime organizado com os transportes que estaria insatisfeito com a perda de contrato de algumas empresas; jogos de desafios entre jovens pela internet e brigas sindicais.
O Diário do Transporte mostrou que uma das apurações da Polícia é que as depredações em massa começaram em 12 de junho de 2025, no mesmo dia em que prefeitura assinou despacho que prossegue com transferência de contratos da Transwolff para a Sancetur – VEJA DOCUMENTO neste link:
PCC, Onda de Ataques a Ônibus, Transwollf e Sancetur: depredações em massa começam no mesmo dia em que prefeitura assina despacho que viabiliza transferência de contratos – VEJA DOCUMENTO
A direção da Transwolff é investigada por suposta ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Polícia Civil vai apurar, mas ocorrências onde não há nenhuma relação com as duas empresas ainda coloca em dúvida se esta seria uma das motivações. Pode ser também, segundo uma das linhas de apuração, um recado do crime organizado de demonstração de força com a seguinte mensagem: não mexa com nossos interesses locais que o Estado todo pode pagar. Prazo para o estabelecimento dos processos administrativo ainda vai vencer, em *12 de julho de 2025*
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
