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Terça (15) já é uma das mais violentas em relação a ataques a ônibus em plena luz do dia, com criança ferida de 10 anos e ações ao mesmo tempo na capital e Grande São Paulo


Tudo ocorreu há pouco, praticamente de forma simultânea, como se fosse um surto. Foram atingidos ônibus do sistema SPTrans, Corredor ABD, Osasco e outras localidades em vias de grande movimento

ADAMO BAZANI

Colaborou Vinícius de Oliveira

 

ADAMO BAZANI

Colaboraram Yuri Sena e Vinícius de Oliveira

Esta terça-feira, 15 de julho de 2025, já é uma das mais violentas em relação a onda de ataques a ônibus na capital e Grande São Paulo que ocorreram em plena luz do dia.

O Diário do Transporte tem recebido relatos de crimes que ocorreram de forma sequencial em diferentes regiões da capital paulista e da região metropolitana entre o fim da manhã e ao longo da tarde. Tudo ocorreu há pouco, praticamente de forma simultânea, como se fosse um surto.

Ainda não há um balanço fechado porque os casos se avolumam e não param de chegar informações sobre mais coletivos atingidos. No caso mais grave desta terça-feira (15), um menino de 10 anos foi ferido por estilhaços.

De acordo com passageiros, no início da tarde, em um dos casos, uma criança de 10 anos que estava no coletivo ficou ferida por estilhaços e teve de ser socorrida.

O caso ocorreu na Avenida Jorge João Saad, na região do Morumbi, e envolveu um ônibus da empresa Alfa Rodobus, que fazia a linha 746H-10 Jardim Jaqueline / Santo Amaro.

Imagens feitas do ônibus depois do ataque mostram vidros de ao menos duas janelas atingidos, um no meio completamente quebrado, na região da área reservada para fixação de cadeira de rodas ou permanência de cão guia e outro vidro trincado.

Os usuários ainda relataram que os coletivos foram atingidos por bolinhas de gude.

Outros ônibus da mesma empresa também foram vandalizados nas imediações.

O Diário do Transporte também recebeu relatos de ônibus depredados nesta terça-feira na rodovia Raposo Tavares em veículos como da Transppass. Na Avenida 23 de Maio, na região central, também foi atingido um ônibus da empresa Viação Metrópole Paulista, da base operacional que vai para a zona Sul.

Ocorreram atentados em vias como  Vicente Rao,  João de Lucca  e Av. Cupecê com veículos da A2, Grajaú e NEXT Mobilidade.

Em Osasco, na Grande São Paulo, na região da Avenida dos Autonomistas também ocorreram ataques com ao menos cinco ônibus danificados. Casos em Cotia, Itapevi e Diadema marcaram a tarde.

Ainda na parte da tarde, seis coletivos da NEXT Mobilidade foram depredados no Corredor ABD, que faz a ligação entre

Mais cedo, houve depredações na Radial Leste, com ônibus da empresa Viação Metrópole Paulista sendo atingidos.

Considerando todos no Estado, como os municipais der São Paulo, os intermunicipais metropolitanos, os do litoral paulista e os municipais das cidades vizinhas da capital, já são mais de 750.

LINHAS DE INVESTIGAÇÃO:

A Polícia Civil considera três como principais

– DESAFIOS DA INTERNET: Tese de motivação por jogos online e desafios entre jovens não foi descartada, mas perde força com o avançar das apurações, números de casos e características das ações;

– CRIME ORGANIZADO E REAÇÃO DE EMPRESAS: A insatisfação de empresas com supostas ligações com o crime organizado e que perderam os contratos passa a ser investigada com maior rigor. O 8Diário do Transporte* divulgou documento que, para investigadores, pode ser peça-chave nesta linha de apuração. As depredações em massa começam no mesmo dia em que prefeitura de São Paulo assinou despacho que viabiliza transferência de contratos entre a Transwolff, empresa que foi alvo de operação do MP (Ministério Público) por suspeita de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e a Sanceutr (companhia selecionada pela gestão do prefeito Ricardo Nunes para assumir no lugar).  A Polícia Civil de São Paulo investiga se há alguma relação entre os fatos, mas ocorrências onde não há nenhuma relação com as duas empresas ainda colocam em dúvida se esta seria uma das motivações. O ABC Paulista, por exemplo, é um dos principais palcos dos ataques e não têm ligação direta com esta transferência.

Os policiais não descartam que esta sim pode ser uma das motivações entre várias, já que, regionalmente, oportunistas podem ter aproveitado o início da “onda” para fazer os seus acertos locais. Ou pior; um recado do crime organizado de demonstração de força com a seguinte mensagem: não mexa com nossos interesses locais que o Estado todo pode pagar. Relembre:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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