Publicado em: 18 de julho de 2025
Segundo policiais, ambos confessaram depredação na última terça (12) em Cotia (SP) e foram reconhecidos por representante de viação
ADAMO BAZANI
Colaborou Vinícius de Oliveira
Policiais Militares do 20º Batalhão apreenderam em Itapevi (SP) nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, dois adolescentes suspeitos de terem atacado ônibus nesta semana na Grande São Paulo.
Segundo a corporação, ambos teriam confessado que na última terça-feira (12) apedrejaram ônibus em Cotia, também na região metropolitana.
Os policiais relataram que um funcionário da empresa Viação Raposo Tavares, que teve o ônibus vandalizado na ocasião, reconheceu os adolescentes nesta sexta-feira (18) caminhando no centro de Itapevi e avisou a PM que deteve os suspeitos.
Com ambos, nada foi encontrado, mas diante do reconhecimento por parte do representante da viação e de terem confessado, segundo a PM, foram encaminhados para o Distrito Policial Central de Itapevi.
Até o momento, somente cerca de 10 pessoas foram detidas, a maior parte considerada de pouca relevância para as investigações.
As motivações ainda não foram esclarecidas, apesar de a série de ataques já ter iniciado há pouco mais de um mês, em 12 de junho de 2025, e ter um balanço que já chega a cerca de mil coletivos depredados no Estado de São Paulo, considerando os 506 municipais da capital paulista gerenciados pela SPTrans (São Paulo Transporte), mais de 300 metropolitanos intermunicipais na Grande São Paulo do sistema estadual da Artesp e ao menos 200 ônibus entre os municipais que rodam apenas dentro das 38 cidades vizinhas à capital e no Litoral Paulista.
A ausência ainda de um esclarecimento sobre as motivações e prisões de supostos mandantes estão entre os fatores que mais preocupam tanto passageiros e funcionários como as próprias viações já que, sem isso, não há nenhuma garantia que os crimes acabem.
Como mostrou o Diário do Transporte, o presidente da Fetpsp, federação que reúne as viações no Estado, Mauro Herszkowicz, disse que o que tem ocorrido nunca foi visto no setor de transportes nesta proporção, não somente pelos números, mas pela falta de clareza sobre o que de fato tem motivado os ataques.
“Atos de vandalismo e depredações sempre ocorreram, mas de forma eventual. Ônibus já foram incendiados para atrair a atenção de autoridades para problemas das comunidades, como falta de água ou enchentes. Mas, desta vez, a motivação para os ataques ao transporte público coletivo – um serviço essencial – que se iniciaram, de maneira contínua, em meados de junho passado, é obscura e ainda incerta”. – NO LINK, LEIA NA ÍNTEGRA:
Falta de esclarecimento sobre reais motivações da onda de ataques a ônibus em São Paulo, mesmo após um mês, é uma das principais preocupações do setor de transportes
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Colaborou Vinícius de Oliveira
