Publicado em: 29 de julho de 2025
Adolescentes foram apreendidos após atirarem pedras em coletivo da Mobibrasil na Zona Sul
ARTHUR FERRARI
O último balanço relacionado aos ataques a ônibus do transporte coletivo na cidade de São Paulo, divulgado pela SPTrans (São Paulo Transporte), responsável pelo gerenciamento do sistema municipal na capital paulista, nesta terça-feira, 29 de julho de 2025, registrou 570 ataques a coletivos desde 12 de junho.
Em nota, a gerenciadora afirma que mais oito casos ocorreram somente na segunda-feira (28) em diversas regiões da cidade.
Como mostrou o Diário do Transporte, também nesta segunda, seis adolescentes foram levados para a delegacia e dois ficaram apreendidos após serem flagrados atirando pedras em um ônibus da concessionária Mobibrasil na Zona Sul. Ninguém se feriu.
Relembre
Em todo o estado de São Paulo já são mais de mil casos de ataques a coletivos registrados, se concentrando principalmente entre capital, região metropolitana de São Paulo e litoral.
A Polícia Civil anunciou já ter descartado hipóteses como a relação dos atos de vandalismo com desafios de jogos online e disputas dentro de sindicatos dos motoristas, focando no envolvimento da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Vale lembrar que ainda na segunda-feira (28), o secretário de transportes da cidade de São Paulo, Celso Caldeira, assinou a portaria que cria um Grupo de Trabalho que transfere o contrato da empresa Transwolff, investigada por suposta ligação com o PCC, para outra companhia, a Sancetur.
Relembre
Nota da SPTrans na íntegra
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans reiteram o repúdio aos atos de vandalismo registrados no sistema de transporte e seguem fornecendo todas as informações necessárias para auxiliar nas investigações. Desde o dia 12 de junho, as empresas operadoras relataram que 570 veículos do sistema municipal de transporte foram depredados, sendo 8 na segunda-feira (28). Os atos aconteceram de forma distribuída por todas as regiões da cidade.
A SPTrans reforça a orientação para que as concessionárias comuniquem imediatamente todos os casos à Central de Operações e formalizem as ocorrências junto às autoridades policiais. Cabe ressaltar que a empresa é obrigada a encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por outro da reserva técnica, que realizará a próxima viagem programada, garantindo a continuidade do serviço prestado aos passageiros. Caso isso não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte
