O Corinthians voltou a atrasar os pagamentos prometidos às jogadoras de seu elenco, referente à premiação pela conquista da CONMEBOL Libertadores feminina de 2024, segundo apurou a ESPN.
Como noticiou a reportagem, no início de julho, o clube devia R$ 63,5 mil a cada atleta. Apenas R$ 21,2 mil disso foi pago a cada uma, equivalente à primeira parcela do acordo firmado com a direção. Cerca de dez jogadoras, por outro lado, não receberam nenhuma das três parcelas prometidas. O título sul-americano foi conquistado em outubro do último ano. O valor bruto do prêmio era de R$ 175 mil para cada atleta do elenco da época, além da comissão técnica, com desconto de 27,5% em impostos. Sendo assim, cada profissional teria direito a receber R$ 127 mil.
Primeiramente, o Corinthians se comprometeu a fazer o pagamento até dezembro de 2024. Depois, parcelou a premiação em seis vezes, com pagamentos entre fevereiro e julho de 2025, garantindo juros em caso de atrasos. Apenas três dessas parcelas haviam sido pagas quando a dívida se tornou pública.
No primeiro dia de julho de 2025, após insatisfação nos bastidores com os valores pagos à Memphis Depay, o clube afirmou às atletas que, das parcelas restantes, a primeira seria paga entre 10 e 15 de julho, e as outras duas seriam quitadas até o dia 30 do mesmo mês.
As jogadoras do elenco da época que permanecem no clube receberam apenas o pagamento de uma das parcelas, realizado no dia 23, já em atraso com o prazo e sem a adição dos juros acordados. Já as profissionais que deixaram o clube após a temporada 2024 não receberam qualquer valor.
Esse grupo que deixou o Corinthians procurou Iris Sesso, atual diretora de futebol feminino, por uma posição do clube. O financeiro alvinegro afirmou esperar quitar a pendência no dia 15 de agosto.
“Deduzimos que eles não devem mesmo pagar a gente”, afirmou uma das atletas.
Nos últimos acertos feitos pelo Corinthians, as jogadoras que deixaram a equipe recebiam cerca de um ou dois dias depois de quem seguiu no clube. O atraso nunca chegou a uma semana como agora.
A ESPN procurou o Corinthians, que não se manifestou até a publicação desta reportagem.
