Uma das principais armas ofensivas do Vélez Sarsfield (ARG), o ponta-esquerda Imanol Machuca é jogador do Fortaleza e está emprestado ao time argentino, adversário na noite desta terça-feira (12), às 19h (de Brasília), pela ida das oitavas de final da CONMEBOL Libertadores. A partida terá transmissão ao vivo pelo Disney+.
Ele tem sido importante na construção dos ataques. A famosa ‘Lei do ex’ preocupa, claro, mas o Vélez tem outras boas armas para este confronto. E até já levantou uma taça neste semestre.
O time de Liniers ganhou do Estudiantes por 2 a 0 e conquistou a Supercopa Internacional. Este troféu, disputado em jogo único, foi criado com o intuito de oferecer uma atração internacional à Arábia Saudita.
Ele reúne os campeões dos torneios nacionais argentinos do ano anterior – o Vélez levou o Argentino, enquanto o Estudiantes bateu o próprio Vélez na final, nos pênaltis, e levou a Copa da Liga Argentina (semelhante à Copa do Brasil). Só que os jogos agora acontecem em solo argentino mesmo. Este, no caso, foi no campo do Independiente, em Avellaneda – debaixo de forte nevoeiro.
Dono de uma base forte, o Vélez tem usado alguns meninos no time principal. O lateral-direito Gordon e o ponta-direita Carrizo são titulares. Os meias Tobias Andrada e Matias Arias têm entrado ao longo dos jogos. Mas a espinha dorsal da equipe é experiente, com muitos jogadores na casa dos 30 anos, como o goleiro Marchiori, os zagueiros Mammana e Magallán, o lateral esquerdo Elias Gomez, o volante chileno Baeza e o meia Bouzat. Isso para ficar nos que têm jogado regularmente. O meia central Galván (revelado pelo River Plate) e o ponta-esquerda Machuca (ex-Fortaleza) estão no meio do caminho, com 25 anos.
Mas a referência da equipe é o centroavante Braian Romero, o mais velho entre os titulares. Aos 34 anos, ele corre como um menino por todo o setor ofensivo. A movimentação é o ponto forte do ex-Athletico-PR e Internacional. Ele forma com Carrizo e Machuca um trio de frente leve e veloz. Os pontas driblam verticalmente e costumam pisar na área para finalizar quando a jogada acontece do outro lado.
É um time de muita intensidade na marcação da saída de bola rival. Mas os números neste início de semestre não são dos melhores. Apenas 76,4% de passes certos; 8,3 finalizações e 34,8 recuperações por jogo. O ataque ainda não decolou, com apenas dois gols marcados em quatro jogos do Clausura, que é uma espécie de segundo turno da disputa nacional, mas a defesa tem funcionado – foram dois gols sofridos nas mesmas quatro partidas.
O time azul de Buenos Aires, dirigido por Guillermo Schelotto, já foi a campo quatro vezes desde a retomada após o Mundial de Clubes: ganhou do Tigre por 2 a 1 em casa; empatou sem gols fora com o atual campeão do Apertura, o Platense; e de novo em seu estádio, o José Amalfitani, ficou no 0 a 0 o Instituto, de Córdoba.
O último jogo antes de encarar o Fortaleza pelas oitavas da Libertadores foi na quinta-feira passada com derrota para o San Lorenzo no Nuevo Gasómetro, por 1 a 0. Foi o primeiro revés deste semestre da equipe, que ainda assim vem sob muita desconfiança para o mata-mata internacional, uma vez que no Apertura sequer passou da fase de grupos e, agora, no Clausura, soma apenas 4 pontos em 12 disputados.
A equipe base do Vélez joga em um 4-2-31 e tem Marchiori; Gordon, Mammana, Magallán e Elías Gómez; Baeza e Bouzat (Aliendro); Carrizo, Galván e Machuca; Romero.