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Pelotas (RS) inicia estudos para a compra de 15 ônibus elétricos com recursos do PAC e fabricantes poderão apresentar modelos


A gestão não quer repetir os mesmos erros de outros prefeitos de comprar ônibus elétricos ou obrigar as viações a adquirirem estes veículos sem ter um quadro detalhado sobre a realidade local de infraestrutura de fornecimento de energia e sobre os modelos mais adequados para os tipos de vias e características das linhas

ADAMO BAZANI

A prefeitura de Pelotas (RS) anunciou na quinta-feira, 04 de setembro de 2025, a abertura de estudos para implantação de uma frota de ônibus elétricos nas linhas municipais.

Os trabalhos começam efetivamente nesta sexta-feira (05).

A administração municipal conseguiu por junto ao Governo Federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), financiamento no valor de R$ 57 milhões (mais R$ 3 milhões como contrapartida) para a compra de 15 ônibus elétricos, padrons de dois eixos com capacidade para cerca de 80 passageiros cada. Os recursos também devem ser usados para a compra de carregadores de baterias e equipamentos destes veículos.

O financiamento concede 48 meses de carência e 20 anos para pagamento.

A gestão, entretanto, não quer repetir os mesmos erros de outros prefeitos de comprar ônibus elétricos ou obrigar as viações a adquirirem estes veículos sem ter um quadro detalhado sobre a realidade local de infraestrutura de fornecimento de energia e sobre os modelos mais adequados para os tipos de vias e características das linhas.

As secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Transporte e Trânsito (STT) devem, inclusive, fazer um chamamento entre fabricantes para que demonstrem os veículos que disponibilizam para o mercado brasileiro.

Outro ponto a ser analisado será a modelagem econômica da operação destes ônibus.

A compra será pela cidade por meio de licitação, que vai desenhada após estes estudos.

Realizada a entrega pelos fabricantes, a prefeitura já quer ter definido como será a transferência, como bem reversível, às operações privadas.

Entre as questões estão se as operações vão necessitar de subsídios e como a empresa de transportes vai compensar o município pela cessão dos veículos.

Em nota, a prefeitura explica que os estudos terão, ao menos, quatro etapas e não deu previsão de conclusão.

O plano de trabalho elaborado pela Prefeitura é estruturado em quatro etapas: planejamento estratégico, estruturação técnica e financeira, execução e monitoramento. 

A fase inicial teve início no desenvolvimento da proposta e será finalizada nos próximos dias com a formalização de um grupo técnico intersetorial das áreas de mobilidade urbana, planejamento, meio ambiente, infraestrutura, jurídico e finanças. O grupo será responsável por dar andamento aos estudos desenvolvidos na elaboração da proposta, como diagnóstico da frota atual, viabilidade da eletrificação de linhas prioritárias e levantamento de informações sobre a capacidade da rede elétrica urbana. Paralelamente, o município vai promover um estudo detalhado da estruturação técnica, financeira e jurídica do projeto, incluindo a infraestrutura de recarga (tipologia, potência e localização), discussões sobre o modelo de contratação e questões burocráticas para liberação do recurso. Concluído esse estágio, lançamento do edital de licitação, contratação dos fornecedores e instalação da infraestrutura. 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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