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Pela segunda vez em duas semanas, mais um vídeo atribui a A2 ocorrência de volante que teria se soltado de painel de outro ônibus na zona Sul de São Paulo


Caso está sendo apurado. SPTrans confirma que houve comunicação de defeito nesta quarta-feira, 10 de setembro de 2025, por parte da empresa que possui a pior avaliação do IQT da gerenciadora com a nota mais baixa da cidade

ADAMO BAZANI e VINÍCIUS DE OLIVEIRA

Mais um vídeo atribuiu a empresa de ônibus A2 Transportes, companhia que possui a pior avaliação do IQT (Índice de Qualidade do Transporte) da cidade, uma grave ocorrência: o volante de um outro coletivo que teria se soltado do painel do veículo. Seria o segundo caso em praticamente duas semanas. Em 29 de agosto de 2025, o volante de um outro ônibus da mesma empresa A2 em escala na linha (VEJA MAIS ABAIXO A OCORRÊNCIA)

A imagem desta quarta-feira, 10 de setembro de 2025, não mostra o painel ou parte do interior do ônibus como da primeira, mas um volante sendo segurado por uma pessoa, circundando o coletivo, de prefixo 6 8886. O veículo está parado diante de uma guia, logo após uma curva, atravessado na via. A seta pisca para o lado esquerdo. Segundo as informações recebidas pelo site, o caso teria ocorrido na região do Parque Primavera, na zona Sul de São Paulo.

Em nota ao Diário do Transporte, a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas municipais da capital paulista, confirmou que a empresa gerou um alerta de defeito em ônibus na linha que aparece na imagem, 5759/31 Pq. Primavera – Metrô Conceição, pouco antes de 6h desta quarta-feira, 10 de setembro de 2025. Não houve o detalhamento da ocorrência. A gerenciadora determinou o conserto do veículo.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans informam que um ônibus da A2 Transportes apresentou o alerta de defeito enquanto operava na linha 5759/31 Pq. Primavera – Metrô Conceição às 5h55 desta quarta-feira (10).  A concessionária deve providenciar o reparo do veículo antes que ele volte a operação e substituí-lo por ônibus da reserva técnica para realizar as viagens programadas e manter o serviço ao passageiro, sob pena de ser multada caso não realize as partidas.

A PIOR AVALIAÇÃO ENTRE TODAS AS EMPRESAS DE ÔNIBUS DA CIDADE DE SÃO PAULO:

A A2 Transportes, cujas operações são oriundas de cooperativa, atua na chamada D6 – Azul Claro, que corresponde às linhas de distribuição local (de bairros mais distantes até corredores, terminais de ônibus ou estações metroferroviárias), é a empresa que acumula a pior nota do IQT (Índice de Qualidade do Transporte da SPTrans).

De acordo com o último consolidado, que está no site da SMT (Secretaria Municipal de Transportes), a viação tem a classificação ruim (vermelha), na média do mais recente ciclo semestral acumulado, entre janeiro de 2025 e junho de 2025. –

O Diário do Transporte procurou a A2 Transportes nesta quarta-feira, 10 de setembro de 2025, que apenas respondeu que vale o posicionamento da SPTrans. – O espaço continua aberto.

Como mostrou o Diário do Transporte, a SPTrans confirmou que no dia 29 de agosto de 2025, às 8h22 e o ônibus prefixo 6 8481, do tipo midi (micrão) que fazia, no momento, a linha 5018-10 Shopping Interlagos / Jabaquara, da empresa A2 Transportes, perdeu o volante em meio a escala de operação, não podendo prosseguir viagem.

Na ocasião, a A2 tentou dizer que a voz do vídeo foi gerada por IA (Inteligência Artificial), mas a gestora confirmou a ocorrência do volante se soltando.

Relembre:

Em março de 2025, o Diário do Transporte esteve na garagem da empresa e conversou com o presidente da companhia Paulo Farias, que informou que na ocasião, que operava com 130 ônibus com idades entre 10 anos e 13 anos de fabricação, já na tolerância ampliada pela SPTrans, o que representa quase 1/4 de todos os 505 veículos da frota total.

Farias atribuiu às dificuldades de implantação de ônibus elétricos e diante da proibição de as viações comprarem modelos a diesel 0 km desde 17 de outubro de 2022.

Relembre:

A A2 testa uma tecnologia, denominada na garagem de BESS (Battery Energy Storage System, ou Sistema de Armazenamento de Energia em Bateria). É como se fosse um “nobreak gigante” que fica carregando aos poucos durante o dia, com os ônibus elétricos se conectando à noite. Isso reduziria a dependência da ENEL na implantação da infraestrutura.

Relembre:

Em abril de 2025, o prefeito Ricardo Nunes, diretamente da China por telefone, conversou com o Diário do Transporte a respeito de sua visita à Ásia, que incluiu uma série de agendas relacionadas a tecnologias para redução da poluição pelos transportes coletivos.

Uma delas foi na empresa Huawei, que fabrica o equipamento

Relembre a entrevista do prefeito Ricardo Nunes ao Diário do Transporte na íntegra

AS PROMESSAS COM A NOVA TECNOLOGIA:

Como noticiou o Diário do Transporte, dezenas de ônibus elétricos zero quilômetro estão parados porque, segundo as viações e a própria prefeitura, a ENEL não faz as ligações para as garagens e também não realiza a adequação necessária na rede de distribuição.

Aliás, ainda de acordo com a Huawei ao prefeito, como se trata de um armazenamento de energia, nem é necessário mudar a tensão da rede de distribuição, hoje uma das principais queixas contra a ENEL, que, ainda de acordo com a prefeitura e as viações, não eleva a potência. A maior parte dos bairros da cidade onde estão as garagens tem redes de baixa tensão. Nestes casos, se 25 ônibus elétricos articulados ou 50 de tamanho mais comum (padron) carregarem ao mesmo tempo, eles vão “puxar” toda a energia, a rede não dará conta e pode haver até um “apagão” no bairro, faltando energia para as casas, comércios e hospitais. A tensão das redes deve ser aumentada da atual baixa para média ou alta, além da necessidade de haver “subestações” próprias nas ruas e garagens, como as que a CPTM e o Metrô usam. Ocorre que este serviço é caro de demorado.

Pela apresentação da empresa chinesa ao prefeito, como a energia é direcionada à garagem enquanto os ônibus operam nas ruas, é possível que o processo seja gradual se diluindo ao longo do dia. Com isso, não haveria a necessidade de elevar todas as redes de baixa para média ou alta tensão.

Além disso, a Huawei promete um sistema de carregamento que pode reduzir das atuais quatro horas para cerca de oito minutos o tempo de recarga completa das baterias.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transporte e Vinícius de Oliveira



Fonte

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