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BRT Metropolitano de Belém, no Pará, ficará ainda mais abrangente e vai ligar também Castanhal à capital com tarifa única de R$ 4,60


Os 40 ônibus 100% elétricos com baterias foram fornecidos por uma cadeia nacional de fabricantes, entre os quais, a desenvolvedora de tecnologia Eletra Industrial, de São Bernardo do Campo (SP), Caio, de Botucatu (SP) – carrocerias; baterias e motores elétricos WEG, de Jaraguá do Sul (SC), e plataformas são Mercedes-Benz, produzidas em São Bernardo do Campo (SP).

Anúncio foi feito pelo Governador Helder Barbalho que já determinou estudos. Com sistema, Eletra amplia participação no mercado nacional de ônibus elétricos com tecnologia brasileira

ADAMO BAZANI

O BRT Metropolitano de Belém, que deve começar a operar logo no início de outubro de 2025, vai ficar maior que o projeto original. A promessa é do governador Helder Barbalho que anunciou que determinou em 10 de setembro de 2025 à Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) a realização estudo para que a cidade de Castanhal, que fica a 67 km da capital, integre as linhas contempladas pelo sistema. Com isso, os moradores do município poderão pagar uma única tarifa de R$ 4,60 e se deslocarem para Belém e as outras cidades contempladas pela rede: Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará.

Em nota, o governador ainda disse que a maior abrangência não só vai representar uma medida de mobilidade, mas permitir acesso a serviços essenciais, cumprindo um papel social, com custos de deslocamentos bem menores para os cidadãos. Entre os exemplos citados, estão necessidades de a população de Castanhal ir a hospitais de referência que só estão presentes na capital ou a UFPA (Universidade Federal do Pará).

“Estamos anunciando a participação de Castanhal no sistema BRT Metropolitano, para que os moradores que necessitem se deslocar até Marituba, Ananindeua e Belém, incluindo o Ver-o-Peso, São Brás e a Universidade Federal do Pará (UFPA), estejam integrados ao sistema, que iniciará sua operação a partir de outubro. Estamos facilitando o ir e vir das pessoas e reduzindo o custo”, afirmou o governador.

Como mostrou o Diário do Transporte, além de representar uma promessa desde os anos 1990 para melhorar o acesso e os deslocamentos da população, o BRT-Metropolitano pode representar o fortalecimento da indústria nacional de ônibus elétricos.

Isso porque, dos 265 ônibus comprados 0 km para atender ao sistema, 40 são 100% elétricos com baterias, fornecidos por uma cadeia nacional de fabricantes, entre os quais, a desenvolvedora de tecnologia Eletra Industrial, de São Bernardo do Campo (SP). As carrocerias foram fabricadas pela Caio, em Botucatu (SP), as baterias e motores elétricos pela WEG, de Jaraguá do Sul (SC), e as plataformas são Mercedes-Benz, produzidas em São Bernardo do Campo (SP).

Com a expansão do sistema, mais ônibus podem ser fornecidos.

“Muito mais que uma conquista para a Eletra do ponto de vista de mercado, participar do BRT de Belém é, para todos nós, a coroação e a recompensa ao DNA que nos move, porque vai mudar a vida das pessoas para melhor. O exemplo citado pelo governador Helder Barbalho, ao anunciar o início do sistema, aguardado desde os anos 1990 pela população, nos tocou muito e resumiu bem nossa missão. O BRT Metropolitano vai reduzir os custos e o tempo de deslocamento das pessoas que buscam uma vida melhor” – disse a diretora-presidente da Eletra, Milena Braga Romano.

Por Adamo Bazani

Trajeto:

Com uma extensão de 10,8 km liga a capital às cidades Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará, pela BR-316, na região metropolitana. Este trecho é entre o túnel do Entroncamento, nos primeiros 10,8 km da rodovia BR-316, em Belém, e as proximidades rodovia PA-483, em Marituba.

Frota:

O sistema conta com 265 ônibus adquiridos 0 km, dos quais, 225 a diesel Euro 6, que poluem 75% menos que a geração anterior Euro 5, e 40 elétricos totalmente nacionais, que não emitem nenhum poluente nas operações, com tecnologia Eletra, de São Bernardo do Campo (SP); chassis Mercedes-Benz, de São Bernardo (SP); carroceria Caio, de Botucatu (SP); e baterias/motores WEG, de Jaraguá do Sul (SC).

Os 40 ônibus elétricos são para operações exclusivas nas faixas expressas da BR entre o terminal de Marituba, o terminal de Ananindeua e a estação em São Brás.

Já os 225 veículos Euro 6, que emitem 15 vezes menos carbono que os modelos atuais, são para as ligações dos bairros da Região Metropolitana até os terminais de integração; para as linhas expressas até o Ver-o-Peso e também até a Universidade Federal do Pará (UFPA).

Uma parcela do custo de aquisição destes veículos foi bancada foi paga com recursos do Governo do Estado do Pará. Outra parte contou e com financiamento pela Caixa Econômica Federal, por meio do Programa Pró-Transporte FGTS, do Ministério das Cidades.

Integração e redução de custos tarifários:

Há integração entre diferentes linhas com a possibilidade de pagamento de uma só tarifa.

Pelo valor de 2025, a passagem é R$ 4,60. Com isso, a promessa é de redução dos custos de deslocamento. Um dos exemplos é que mora no município de Santa Izabel do Pará, e vai para a capital, antes do BRT desembolsava R$ 20 na ida e R$ 20 para voltar. Com o sistema, este custo R$ 4,60 para ir e R$ 4,60 para voltar (valores de 2025).

Demanda prevista: Entre 370 mil e 420 mil passageiros por dia

Infraestrutura Geral:

O sistema conta com dois terminais de Integração (Terminal de Integração de Ananindeua e Terminal de Integração de Ananindeua); 26 estações de passageiros (13 em cada sentido); 13 passarelas; quatro túneis de acesso; Centro de Controle Operacional (CCO) na avenida Augusto Montenegro; pistas com três faixas por sentido, sendo uma exclusiva para o BRT; duas ciclovias (uma em cada sentido); dois calçamentos para circulação de pedestres, faixa de piso tátil e rampas de acessibilidade.

Terminais:

O Terminal de Integração de Ananindeua, que fica no quilômetro 7 da rodovia BR-316, é o maior dos terminais. O espaço possui quatro plataformas (blocos), sendo uma destinada ao prédio administrativo onde funciona também a bilheteria, lanchonete, bicicletário e Estação Cidadania; a segunda e a terceira plataformas para atender aos ônibus alimentadores, e a quarta estrutura para receber os ônibus troncais, que para os passageiros até São Brás ou até o centro da capital.

Este terminal é para os ônibus oriundo diretamente dos bairros da cidade de Ananindeua sem que eles precisem transitar pela BR-316, por meio de um viaduto entre a Avenida Ananin Guajará – Cidade Nova e demais bairros.

Já o Terminal de Integração de Marituba fica localizado no km 10 da BR-316 e possui três plataformas, sendo uma do prédio administrativo, com a Estação Cidadania; outra para circulação dos ônibus alimentadores, para os passageiros de Marituba e também do município de Benevides e a terceira para a circulação dos ônibus troncais com destino à capital Belém.

Em ambos os terminais, as plataformas são ligadas por passarelas, com paredes de vidro, piso de concreto e já estão instaladas. Em todos os blocos há banheiros, rampas e elevadores para atender pessoas com deficiência.

Orçamento:

O custo total estimado para o projeto do BRT foi de R$ 561 milhões (valores do primeiro semestre de 2025), contando com financiamentos pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) por meio Programa Ação Metrópole e pelo Governo do Pará (Orçamento Geral do Estado). Desse valor, R$ 368,7 milhões são provenientes de financiamento com a Caixa Econômica Federal, por meio do FGTS, para a aquisição dos ônibus.

Castanhal:

O BRT Metropolitano de Belém vai ficar maior que o projeto original. A promessa é do governador Helder Barbalho que anunciou que determinou em 10 de setembro de 2025 à Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) a realização estudo para que a cidade de Castanhal, que fica a 67 km da capital, integre as linhas contempladas pelo sistema. Com isso, os moradores do município poderão pagar uma única tarifa de R$ 4,60 e se deslocarem para Belém e as outras cidades contempladas pela rede: Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará.

Em nota, o governador ainda disse que a maior abrangência não só vai representar uma medida de mobilidade, mas permitir acesso a serviços essenciais, cumprindo um papel social, com custos de deslocamentos bem menores para os cidadãos. Entre os exemplos citados, estão necessidades de a população de Castanhal ir a hospitais de referência que só estão presentes na capital ou a UFPA (Universidade Federal do Pará).

“Estamos anunciando a participação de Castanhal no sistema BRT Metropolitano, para que os moradores que necessitem se deslocar até Marituba, Ananindeua e Belém, incluindo o Ver-o-Peso, São Brás e a Universidade Federal do Pará (UFPA), estejam integrados ao sistema, que iniciará sua operação a partir de outubro. Estamos facilitando o ir e vir das pessoas e reduzindo o custo”, afirmou o governador.

Como mostrou o Diário do Transporte, além de representar uma promessa desde os anos 1990 para melhorar o acesso e os deslocamentos da população, o BRT-Metropolitano pode representar o fortalecimento da indústria nacional de ônibus elétricos.

Isso porque, dos 265 ônibus comprados 0 km para atender ao sistema, 40 são 100% elétricos com baterias, fornecidos por uma cadeia nacional de fabricantes, entre os quais, a desenvolvedora de tecnologia Eletra Industrial, de São Bernardo do Campo (SP). As carrocerias foram fabricadas pela Caio, em Botucatu (SP), as baterias e motores elétricos pela WEG, de Jaraguá do Sul (SC), e as plataformas são Mercedes-Benz, produzidas em São Bernardo do Campo (SP).

Com a expansão do sistema, mais ônibus podem ser fornecidos.

“Muito mais que uma conquista para a Eletra do ponto de vista de mercado, participar do BRT de Belém é, para todos nós, a coroação e a recompensa ao DNA que nos move, porque vai mudar a vida das pessoas para melhor. O exemplo citado pelo governador Helder Barbalho, ao anunciar o início do sistema, aguardado desde os anos 1990 pela população, nos tocou muito e resumiu bem nossa missão. O BRT Metropolitano vai reduzir os custos e o tempo de deslocamento das pessoas que buscam uma vida melhor” – disse a diretora-presidente da Eletra, Milena Braga Romano.

Histórico:

O sistema de corredores de ônibus da Região Metropolitana de Belém faz parte de um planejamento ainda dos anos de 1990 para ampliar a oferta de transportes públicos em eixos troncais.

Com uma extensão de 10,8 km para interligar as cidades de Ananindeua, Belém e Marituba, pela BR-316, teve o início da construção em janeiro de 2019 e a estimativa era de operação total em dezembro de 2022.

As obras, entretanto, tiveram problemas e atrasos. Em agosto de 2021, por exemplo, o Governo do Estado rescindiu o contrato com a, então, Odebrecht. Segundo a alegação da administração estadual, na época, seria a construtora não seguiu o cronograma previsto, atrasando a entrega.

O Sistema de Transporte Metropolitano é uma obra do Governo do Pará que vai integrar os terminais de Belém com Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará. Trinta e uma linhas alimentarão a linha troncal, responsável pela integração desses municípios.

Com apenas um bilhete, o passageiro poderá pegar um ônibus que circula dentro do seu município, desembarcar nos pontos ou estações, ou ainda nos Terminais de Integração de sua preferência, e chegar até Belém.

Ao todo, para o sistema de BRT da Grande Belém, foram comprados 265 ônibus, entre 40 elétricos e os demais a diesel Euro 6 (atual geração, menos poluente), de diferentes dimensões, entre modelos de maior porte para linhas troncais e menores, em especial, para linhas troncais.

Todos os novos veículos, entre os movidos a diesel e os elétricos, possuem itens como ar- condicionado, tomadas USB para carregamento de celular e Wi-Fi, além de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida ou restrições na visão.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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