38.1 C
Rondonópolis
sexta-feira, 24 outubro - 14:06
- Publicidade -
Publicidade
HomeTransportesquando a mobilidade brasileira começa a falar a mesma língua

quando a mobilidade brasileira começa a falar a mesma língua


O Podcast do Transporte conta que a FNP lidera projeto com Ministério das Cidades, Banco Mundial e Google para criar o Banco de Dados Nacional da Mobilidade — base que pode tornar qualquer política pública mais justa, transparente e eficiente

ALEXANDRE PELEGI

Este episódio do Podcast do Transporte está imperdível…

O Brasil quer falar sério sobre Tarifa Zero, mas ainda tropeça no básico: falta dado confiável sobre o transporte público. O país não sabe quantos ônibus circulam, quantos passageiros embarcam e quanto custa manter o sistema rodando.

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) decidiu encarar o problema com um plano ambicioso — e um tanto ousado: criar o Banco de Dados Nacional da Mobilidade, em parceria com o Ministério das Cidades e o Banco Mundial.

A ideia é simples, mas poderosa: só recebe verba quem mostra serviço. Do mesmo jeito que escolas precisam preencher o censo para receber recursos, as cidades terão de manter seus números em dia — quilometragem rodada, pontualidade, regularidade, frota, demanda — tudo transparente e auditável. Assim, o Tarifa Zero deixa de ser sonho e ganha planilha.

E para que os municípios não se percam no caminho digital, a FNP está unindo forças com o Google e a Bus2. A parceria vai oferecer ferramentas gratuitas para editar e publicar dados em GTFS, o formato internacional que permite que horários, linhas e trajetos apareçam — e façam sentido — no Google Maps. O que é bom para o gestor público, melhor ainda para o passageiro que só quer saber se o ônibus vai chegar.

João Lucas Albuquerque, da FNP, explica que o projeto está em fase piloto em 14 cidades e pretende organizar as informações que vão sustentar as futuras políticas de subsídio — inclusive o Tarifa Zero.

Enquanto isso, Adamo Bazani volta da Busworld 2025 direto da Bélgica com uma constatação curiosa: a Europa está cheia de ônibus elétricos, mas ainda falta tomada nas rodovias.

Leticia Pineschi, da ABRATI, que também foi à Bélgica, lembra que o problema da escassez de motoristas virou epidemia mundial — e que a cura passa por formação contínua, tecnologia e valorização da profissão.

Márcia Pinna, editora da Technibus, destaca o clima de expectativa para o Arena ANTP 2025, que reunirá inovação sobre rodas e trilhos — e trará até ônibus elétrico gratuito ligando Congonhas ao Transamérica Expo Center durante os três dias de evento.

No encerramento, Alexandre Pelegi reflete sobre o tempo perdido nos congestionamentos, essa conta que ninguém paga mas todo mundo sente. Planejar mobilidade é, no fundo, aprender a devolver tempo às pessoas — e fazer o Brasil andar no ritmo certo.


Informação com análise é no Podcast do Transporte. Episódio novo toda quarta-feira pelo Spotify (ouça aqui) ou no seu agregador favorito.

Veja os cortes no YouTube.

Produção: Diário do Transporte, Technibus/OTM Editora e ANTP.

Patrocínio: Arena ANTP e Abrati. Apoio: Mercedes-Benz Ônibus, Transdata e Prodata Mobility Brasil.


Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



Fonte

RELATED ARTICLES

Most Popular

Recent Comments