Publicado em: 4 de novembro de 2025

Categoria mantém paralisação por segurança e estrutura; TRT convoca audiência de conciliação nesta terça (4)
ARTHUR FERRARI
O segundo dia de paralisação do Metrô do Recife (PE) mantém o sistema completamente parado nesta terça-feira (4), afetando mais de 170 mil passageiros que utilizam diariamente as linhas Centro e Sul. A greve dos metroviários, iniciada na segunda (3), foi motivada por problemas de infraestrutura e pela falta de segurança no sistema, especialmente após o incêndio em uma composição no último dia 25 de outubro.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), a paralisação não tem data para ser encerrada. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e manutenção adequada da rede metroviária, além de cobrar garantias à segurança de funcionários e usuários.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela operação, informou que todas as estações permanecem fechadas e que aguarda decisão judicial para a retomada dos serviços. “A companhia vai entrar hoje pela manhã com mais uma medida judicial, para que haja o mais rápido possível alguma decisão para retomada do funcionamento do sistema, garantindo o deslocamento dos usuários”, afirmou em nota.
Uma audiência de conciliação entre representantes do sindicato e da CBTU foi marcada para as 14h desta terça-feira (4), no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), sob condução do desembargador Eduardo Pugliesi.
Enquanto o metrô segue inoperante, o Grande Recife Consórcio de Transporte mantém uma operação emergencial com 80 ônibus extras e três linhas especiais — 238 (TI Jaboatão/TI Barro), 858 (TI Joana Bezerra/TI Afogados/TI Barro) e 2481 (TI Camaragibe/TI TIP) — além do reforço em 15 linhas regulares. As medidas buscam reduzir os impactos da greve nos deslocamentos diários pela Região Metropolitana.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte


