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Prefeitura de São Paulo autoriza mais de R$ 195 milhões em novos empenhos para eletrificação da frota de ônibus municipais em 2025


Foto: Bruno – ViajanteFLA/Ônibus Brasil

Via Sudeste e Transunião receberão recursos para ampliar frota elétrica nas zonas Sudeste e Leste da capital

ALEXANDRE PELEGI

A Prefeitura de São Paulo autorizou nesta quarta-feira (5) novos empenhos que somam R$ 195 milhões para a eletrificação da frota de ônibus municipais em 2025, conforme despachos publicados no Diário Oficial da Cidade. As autorizações beneficiam duas das maiores operadoras do sistema: Transunião Transportes S/A (Lote D7) e Via Sudeste Transportes S/A (Lotes AR5 e E4).

Os despachos foram assinados pelo secretário municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, Celso Jorge Caldeira, com base na Portaria Conjunta SMT.SETRAM/SF nº 2, de 30 de novembro de 2023, que regulamenta os repasses às concessionárias do transporte coletivo para a aquisição de veículos elétricos.

A Transunião Transportes, responsável pela operação do Lote D7 (Zona Leste), foi autorizada a receber o maior valor — R$ 163.071.910,10 — destinado à eletrificação da frota de 2025.

Já a Via Sudeste Transportes, que atua em dois contratos (Lotes AR5 e E4, abrangendo parte da Zona Sudeste e áreas limítrofes do ABC), teve dois empenhos aprovados, no valor de R$ 19.982.124,80 e R$ 11.989.274,88, respectivamente.

Os recursos estão vinculados à dotação orçamentária do exercício financeiro de 2025, e integram o plano municipal de transição energética da frota.

Os lotes D7, AR5 e E4 correspondem a contratos de concessão firmados em 2019 pela SPTrans e cobrem regiões de alta demanda da cidade.

O Lote D7, operado pela Transunião, atende principalmente a Zona Leste, em bairros como Itaim Paulista e São Miguel.

Os Lotes AR5 e E4, sob responsabilidade da Via Sudeste, abrangem parte da Zona Sudeste, incluindo Ipiranga, Vila Prudente, Sacomã, São Mateus e Sapopemba, com ligações até o ABC paulista.

Essas áreas estão entre as mais populosas da capital, o que reforça o impacto ambiental positivo da substituição de veículos a diesel por elétricos.

Com os novos despachos, a Prefeitura amplia significativamente o volume de recursos direcionados à eletrificação do transporte público.

De acordo com levantamento anterior do Diário do Transporte, publicado em setembro, quando foram autorizados empenhos para A2 Transportes, Norte Buss e Auto Bless, os valores pagos pelo município variam conforme a configuração e o porte dos ônibus elétricos.

Valores médios por veículo:

• Ônibus padron ou articulado: entre R$ 2,0 milhões e R$ 2,4 milhões, dependendo da capacidade e do fabricante;

• Veículos midi ou básicos: entre R$ 1,6 milhão e R$ 1,9 milhão;

• Custos adicionais podem incluir infraestrutura de recarga e adequações elétricas em garagens, normalmente contratadas em separado.

Esses parâmetros reforçam a proporção do investimento atual, que deve viabilizar dezenas de novos ônibus elétricos operando a partir de 2025, em continuidade às entregas programadas desde 2023.

Meta: 2,6 mil ônibus elétricos até 2028

As autorizações integram o plano de transição energética definido pela Lei Municipal de Mudanças Climáticas (Lei nº 14.933/2009) e pelos contratos de concessão assinados pela SPTrans em 2019.

A meta da gestão municipal é atingir 2.600 ônibus elétricos até 2028, reduzindo gradualmente o uso de combustíveis fósseis e as emissões de CO₂ do sistema.

Após a publicação, os processos seguem para a Divisão de Administração Financeira (DAF/DF) da Secretaria e, em seguida, para a SPTrans, que é responsável pelo acompanhamento da aplicação dos recursos e pela gestão técnica das concessões.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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