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Sistema Red da Região Metropolitana de Santiago, no Chile, sofre com ônibus mal conservados e passageiros reclamam dos serviços


Diário do Transporte fez rápida viagem e conversou com alguns usuários; nenhum estava satisfeito

ADAMO BAZANI / VINÍCIUS DE OLIVEIRA

O sistema Red, de ônibus de Santiago e Região Metropolitana, melhorou historicamente os transportes públicos, concretizado como rede de diferentes modais e com a estrutura sob o Ministério dos Transportes em 2007.

Várias vans e micro-ônibus, que dominavam os transportes (tanto é que a população ainda se refere a ônibus como micro), deram lugar a ônibus maiores, mais modernos e confortáveis.

Foi implantada a conexão entre diferentes meios de transportes e até mesmo operadores profissionais de diversos países passaram a atender a população.

Não se pode negar os ganhos, mas também não a aparente falta de atualização.

À convite da Mercedes-Benz, o Diário do Transporte está nesta semana no Chile. A pauta principal é o El Más Potente, ônibus rodoviário de alto padrão preparado para enfrentar áreas de difícil acesso, como de mineração, cordilheiras ou deserto.

Relembre:

NOVO VÍDEO: Confira uma viagem no Chile até uma área de mineração nas Cordilheiras dos Andes a bordo de um ônibus “El Más Potente” trucado

Mas foi possível nesta quinta-feira, 06 de novembro de 2025, dar uma volta rápida de ônibus pelo centro e conversar com alguns passageiros (num “portunhol” entendível).

As primeiras impressões, que já não foram as melhores, se confirmaram.

O sistema até está em reestruturação, inclusive com frota elétrica a ser ampliada no que é hoje o maior serviço urbano/metropolitano com frota elétrica.

Segundo os dados oficiais do governo, o sistema que substitui o antigo Transantiago, conta com mais de 6.500 ônibus, dos quais 2.684 são elétricos.

A grande maioria é chinesa. Com subsídios do Governo Chinês e com produção em massa, marcas como Youtong, Foton e BYD dominam após oferecerem um preço imbatível.

No Chile não há praticamente indústria automotiva e as compras se dão por licitações do Ministério dos Transportes, mesmo com a operação privada.

A frota mescla ônibus mais antigos e os novos elétricos. Mas quem não entende de ônibus pode se confundir entre “novos e velhos”.

O nível de conservação é muito ruim. Lataria amassada e riscada, além de muito vandalismo.

A bilhetagem é denominada Bip. Para andar de ônibus foi necessário ir a uma estação de metrô perto do hotel Pullmann, entrando por um estabelecimento comercial chamado MUT, uma espécie de shopping popular.

Nos ônibus não são aceitos dinheiro ou cartão bancário, mas é possível comprar com cartão de banco em máquinas de atendimento.

Não foi fácil, sendo necessária a ajuda de uma prestativa funcionária.

Os ônibus também sofrem no trânsito e fazem sofrer. Há faixas “exclusivas”, comumente desrespeitadas.

É comum serem invadidas por outros veículos, mas os ônibus também fecham muito os cruzamentos.

O interior dos coletivos é limpo e funcional, mas simples de tudo. Ônibus padrão SPTrans, da capital paulista, seriam luxo em Santiago.

As reclamações principais são sobre atrasos, linhas novas que poderiam ser criadas e a conservação da frota.

Veja algumas fotos:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Vinícius de Oliveira, para o Diário do Transporte



Fonte

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