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70% das emissões nas cidades têm origem no transporte individual motorizado


Conclusão é do estudo da Coalizão dos Transportes, que aponta que metrôs e BRTs elétricos podem atrair passageiros

ADAMO BAZANI

Os maiores emissores de poluentes dos centros urbanos são os carros e motos.

De acordo com estudo divulgado nesta terça-feira,  11 de novembro de 2025, pela Coalizão dos Transportes,  do Sistema Transporte, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), em uma das atividades da Cop-30 (Conferência das Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas), em média, 70% da poluição gerada nas cidades têm como origem o transporte individual.

O Diário do Transporte vai até Belém (PA), a convite da Eletra Industrial,  fabricante de ônibus elétricos e empresa de consultoria em eletrificação de transportes, acompanhar ae principais tendências sobre mobilidade urbana e sustentabilidade debatidas no evento internacional.

A divulgação do estudo,  feito por técnicos independentes, faz parte da série de atividades oficiais do evento internacional.

Ainda de acordo com o levantamento, em São Paulo,  por exemplo, a emissão de gases de efeito estufa por passageiro,  no carro, chega a ser quase dez vezes mais que pelos ônibus, mesmo os movidos a óleo diesel.

Além de um reordenamento urbano, aproximando os locais de moradias das pessoas dos polos de geração de empregos e renda, a única forma de restringir as emissões é investir em transportes coletivos que atraiam passageiros.

Não basta ter mais ônibus nas ruas ou mais estações de metrô.

Para os técnicos, é necessário ampliar a oferta com qualidade e modicidade tarifária.

Neste sentido,  enquanto as linhas metroferroviárias devem ser ampliadas, junto e sem rivalizar espaço,  devem avançar os BRTs (Bus Rapid Transit), de preferência, elétricos.

Isso porque,  ônibus elétricos tendem a ser mais confortáveis que os modelos a combustão e não geram emissões locais.

Em geral,  sempre quando podem, os passageiros preferem esperar os ônibus elétricos pelo nível de conforto,  com menos trepidação e menor ruído.

Isso não significa que outros modelos de ônibus devem ser desprezados.

De acordo com o estudo, só de ser transporte coletivo,  já há ganho ambiental.

Mas sistemas de ônibus de maior demanda,  como BRTs, preferência devem ser elétricos,  até por oferecem melhor infraestrutura,  inclusive utilizando modelos que mesclam tecnologias conectadas à rede área de fiação e baterias.

Enquanto isso, para as linhas alimentadoras que rodam em bairros e locais mais distantes de eixos estruturais dentro da mesma cidade ou região metropolitana,  ônibus a biometano (combustível obtido da decomposição de resíduos), GNV ou mesmo diesel Euro 6, completariam um ciclo virtuoso de frota de coletivos que traria vantagens ambientais e convenceria as pessoas a deixarem o carro em casa, sem, claro, esquecer de investimentos em infraestrutura viária básica para o transporte coletivo,  mesmo fora de corredores.

O Diário do Transporte já havia mostrado que uma das conclusões do estudo é que o carro e a moto estão entre os grandes vilões da poluição atmosférica em níveis globais.

Relembre:

Adamo Bazani,  jornalista especializado em transportes

 



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