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Curitiba (PR) entra na reta final da consulta pública sobre nova concessão do transporte coletivo


Prazo termina na segunda-feira (17/11); projeto prevê 245 ônibus elétricos, integração temporal e investimento de R$ 3,7 bilhões

ALEXANDRE PELEGI

A consulta pública que vai definir as bases da nova concessão do transporte coletivo de Curitiba entra na última etapa. O prazo para participação termina nesta segunda-feira, 17 de novembro, depois de uma prorrogação de 30 dias feita pela prefeitura para ampliar a participação da população e de entidades interessadas. As manifestações enviadas serão avaliadas e respondidas em até 30 dias após o encerramento, e todo o material ficará disponível no site oficial.

A administração municipal afirma que o objetivo é garantir transparência e permitir que usuários, especialistas, organizações comunitárias e representantes do setor apresentem sugestões antes da publicação do edital e da realização do leilão. A participação popular, segundo o município, é essencial para atualizar o sistema e adequá-lo às necessidades reais do passageiro.

A proposta de nova concessão prevê uma reformulação ampla do transporte coletivo de Curitiba. A modernização do sistema inclui a aquisição de 245 ônibus elétricos nos primeiros cinco anos do contrato, além de 149 veículos a diesel com padrão Euro 6 já no início da operação. Outros 1.084 ônibus deverão ser incorporados ao longo dos 15 anos de vigência, período total da concessão. O projeto também traz a implantação da integração temporal entre todas as linhas da capital, medida que promete reduzir o tempo de deslocamento e ampliar a conectividade entre regiões.

A reformulação dos itinerários, com alterações em 30 linhas e criação de cinco novos trajetos, busca melhorar o desempenho da rede e atender áreas de maior demanda. A prefeitura incluiu ainda a construção de dois eletropostos públicos, localizados nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia, e a requalificação ou implantação de 16 estações-tubo, reforçando a infraestrutura do sistema. Outro ponto considerado central pelo município é a criação de um fundo garantidor inédito, que dará segurança financeira ao projeto e está sendo apresentado como um dos pilares de atratividade para operadores e investidores.

O modelo de licitação será dividido em cinco lotes, sendo dois destinados ao BRT — que reúne as linhas que circulam nas canaletas exclusivas — e três regionais, abrangendo as áreas Norte, Sul e Oeste da cidade. A previsão é realizar o leilão até o fim do primeiro quadrimestre de 2026. Durante o período de transição, estimado em até dois anos, a tarifa será mantida congelada nos atuais R$ 6. O Sistema Integrado de Mobilidade, que engloba 309 linhas, 22 terminais, 330 estações-tubo e uma frota de 1.189 ônibus, transporta hoje 555 mil passageiros pagantes por dia útil e acumula mais de 6,4 milhões de viagens mensais.

Com esse conjunto de mudanças, a prefeitura projeta uma atualização profunda de um dos sistemas de transporte coletivo mais emblemáticos do país, referência histórica desde os anos 1970. A consulta pública, portanto, tornou-se um momento decisivo para ouvir a população e consolidar o formato final do edital que definirá o futuro da mobilidade curitibana pelos próximos 15 anos.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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