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Agenda ambiental pode ser estratégia econômica para o Brasil (ACOMPANHE OS ÁUDIOS)


diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz, Luiz Carlos de Moraes; E presidente da Eletra Industrial, Milena Romano, faam com Adamo Bazani, repórter especial e editor-chefe do Diário do Transporte



Especialistas e fabricantes de diferentes alternativas ao diesel conversaram com o Diário do Transporte, em Belém (PA), e disseram que não adianta rivalizar soluções, todas devem ser vistas como oportunidades

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

Deixando os entusiasmos e discursos ideológicos de lado, a chamada “agenda ambiental” em busca da redução de emissões por veículos, ainda mais os pesados como ônibus e caminhões, pode ser estratégia econômica para o Brasil, que tem potencial desde o aprimoramento e expansão do biodiesel e biocombustíveis, o incentivo à distribuição do biometano (combustível obtido da decomposição de resíduos) e o fortalecimento da indústria nacional de ônibus elétricos.

Foi um dos aspectos possíveis de perceber na cobertura presencial da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), que o Diário do Transporte faz em Belém (PA), a convite da Eletra Industrial, empresa 100% brasileira que produz ônibus elétricos em São Bernardo do Campo (SP) e realiza consultorias para implantação de sistemas de transportes eletrificados para gestores públicos e empresas de ônibus, por meio do serviço Eletra Consult.

Especialistas e fabricantes de diferentes alternativas ao diesel conversaram com o Diário do Transporte, em Belém (PA), e disseram que não adianta rivalizar soluções, todas devem ser vistas como oportunidades, inclusive para as exportações.

Ao repórter Adamo Bazani, a presidente da Eletra Industrial, Milena Romano, disse que o País tem um parque fabril preparado e com modelos flexíveis de ônibus elétricos para diferentes configurações que, além de atenderem o mercado local, podem ser trunfos para exportação, principalmente para países da América Latina, onde os coletivos brasileiros lideraram na era do diesel, mas agora, o Brasil perdeu mercado para os chineses

“Foi citado no painel, perdeu muito, a indústria do Brasil praticamente acabou, perdeu competitividade, perdeu timing, perdeu o mercado, né, e a China acabou engolindo Brasil, Europa. Então eu acho que agora com essa mudança de tecnologia é a grande chance do Brasil, principalmente no setor de ônibus, porque ônibus também, Adamo, você sabe, há 25, 30 anos atrás o Brasil liderava as vendas de ônibus na América Latina. Hoje nós perdemos o mercado para o chinês, então hoje se você for para o Chile, para o México, para a Colômbia, todos os ônibus são chineses”, disse Milena Romano

Veja a entrevista na íntegra aqui:

Na área de biocombustíveis, o Brasil desenvolve o BeVant, de origem 100% vegetal que passa por um processo que elimina o risco de deixar borra no motor, como as versões mais antigas da mistura de biodiesel ao diesel. O diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz, Luiz Carlos de Moraes, conta que uma viagem teste com ônibus e caminhões da marca, feita em parceria com a produtora deste combustível, a empresa Be8, localizada no Brasil, mostrou que este problema foi eliminado. Foi feita uma rota de 4 mil km de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, sede da Be8, passando por São Bernardo do Campo, onde fica a Mercedes-Benz, em São Paulo, até Belém, na COP30. Houve 99% de redução de emissões e os veículos mantiveram o desempenho igual do diesel.

“Então, essa nova tecnologia da Be8, através da produção do BeVant, promete entregar um processo industrial adicional, como é que aqueles patentearam, e promete não resultar nestes danos de formação de borra. Não percebemos neste teste de 4 km nenhuma formação de borra e nenhuma uma mudança de comportamento, performance de torque, que foi muito adequada e indicando que isso pode ser um meio de solução para muitas economias e rotas em longas distâncias” – disse Luiz Carlos.

Veja a entrevista na íntegra:

O biometano pode ser outro trunfo importante para o Brasil que já tem experiência neste segmento.

O que falta agora é a criação de políticas públicas com vistas ao mercado internacional para gerar emprego e renda no Brasil.

 



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