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Governo Japonês deve financiar mais BRTs Metropolitanos pelo Brasil. Embaixador vistoria sistema da Grande Belém, legado da COP30 e operado por elétricos nacionais


Embaixador do Japão, diretor da Arcon, Ministro das Cidades e presidente da Eletra

Como mostrou o Diário do Transporte, Ministro das Cidades, Jader Filho disse ao repórter Adamo Bazani, que pasta vai focar em ligações por ônibus rápidos entre diferentes municípios e que estes sistemas de transportes ajudam a acabar com exclusão social

ADAMO BAZANI

 

A JICA, Agência de Cooperação Internacional do Governo Japonês, que coordena Assistência Oficial ao Desenvolvimento, inclusive em outros Países, deve financiar mais sistemas de corredores de ônibus rápidos que ligam diferentes cidades no Brasil, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit) Metropolitanos, devido a inclusão econômica e social que este tipo de infraestrutura de transportes pode proporcionar, além de melhorar os deslocamentos em si.

Nesta última quarta-feira, 19 de novembro de 2025, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, esteve em Belém (PA), para participar de agendas da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, e realizou uma visita técnica ao BRT Metropolitano da Região, que teve financiamento da JICA, é considerado legado da COP30 e é tem parte da frota operada por ônibus elétricos brasileiros da marca Eletra.

Todo o sistema, contando com obras de infraestrutura, estudo e a compra dos ônibus, custou 1 bilhão e 300 milhões de reais. Parte desta verba foi financiada pela JICA, a Agência de Financiamento e Fomento do Governo do Japão, e o legado da COP30 foi justamente porque devido à realização do evento internacional é que se tornou possível uma adequação do modelo de contrato e licitação, pelo qual o próprio Governo do Estado fez a compra da frota de ônibus, que foi enquadrada no principal tema da COP: Sustentável.

Todos os coletivos a diesel são zero quilômetro: 225 unidades são diesel de tecnologia Euro 6, que poluem 75% menos, e houve a possibilidade de implantar 40 veículos elétricos. Os ônibus a diesel servem as linhas alimentadoras e os elétricos as linhas troncais.

Em um vídeo de divulgação da Embaixada, Teiji Hayashi, que embarcou em um terminal da cidade de Ananindeua, destacou o conforto dos veículos, com ar-condicionado e 0 km, além da acessibilidade, com plataformas dos terminais e estações na mesma altura do nível do piso dos ônibus, dispensando degraus.

Sendo inaugurado em 1° de novembro de 2025, e com as operações ainda em ampliação, o corredor possui, ao longo de cerca de 11 quilômetros, o atendimento a sete cidades: a capital Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Isabel, Santa Bárbara do Pará e Castanhal.

Em cobertura à COP30, em Belém, o Diário do Transporte visitou o sistema de ônibus e conversou com o diretor-geral da Arcon (Agência de Regulação de Serviços Públicos do Governo do Pará), Eduardo de Castro Ribeiro, que disse que a inclusão social com o BRT Metropolitano da região se deu porque das cidades de Santa Isabel, Santa Bárbara do Pará e Castanhal não havia ligação metropolitana alguma com a capital. As pessoas gastavam quase R$ 40 para se deslocar em vans inseguras para terem acessos a emprego, renda, lazer, educação e serviços de saúde mais aprimorados, disponíveis apenas em Belém.

Além disso, segundo Ribeiro, as obras do BRT Metropolitano de Belém permitiram uma readequação da BR-316, por onde passa, eliminando cruzamentos perigosos com passagens subterrâneas e passarelas. O trecho chegou a ser considerado um dos mais letais em rodovias do Brasil.

Relembre:

Ainda na cobertura do Diário do Transporte à COP30, o Ministro das Cidades, Jader Filho, disse que justamente pela carência de mobilidade com mais qualidade em ligações entre diferentes cidades numa mesma região e pelo caráter de integração e inclusão que estes sistemas podem ter, os BRTs Metropolitanos estão entre os focos de financiamento, estudos e planejamentos da pasta e que modelo de Belém deve ser replicado pelo país.

Relembre:

A presidente da Eletra Industrial, Milena Romano, que forneceu os veículos elétricos do sistema, os mesmos que foram usados para os transportes oficiais de delegações na COP30, afirmou que a empresa não somente vendeu os ônibus, mas auxiliou em todo o projeto de eletrificação dos transportes metropolitanos do Pará, que começou do zero.

Por ter origem em um grupo operador de transportes de 115 anos, com forte atuação em corredores metropolitanos, inclusive no Corredor ABD, que foi ‘case’ também na COP30, a Eletra tem todo o conhecimento, não apenas dos veículos, mas técnico de implantação e como melhor operar os BRTs elétricos Brasil afora” – disse

A empresária completou também que o fato de os ônibus serem elétricos contribuem ainda mais para o cidadão se sentir incluído.

“A ligação por ônibus rápidos, por si só, já traz vantagens enormes e dá acesso ao cidadão a serviços básicos. Os modelos elétricos ampliam o bem-estar do cidadão. São veículos não poluentes, que trepidam bem menos, quase não geram ruídos, têm ar-condicionado. O cidadão precisa se sentir valorizado nos transportes públicos. Quando os ônibus elétricos são feitos no Brasil, como os da Eletra, há outros ganhos essenciais: é emprego, renda, oportunidade e arrecadação gerados aqui no Brasil” – complementa Milena Romano.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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