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Tarifa de ônibus de Garanhuns (PE) sobe para R$ 4,70 a partir de janeiro de 2026


Aumento foi autorizado pela Prefeitura; sistema é operado pela Coletivos São Cristóvão e atualmente cobra R$ 4,50 por viagem

ALEXANDRE PELEGI

O Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) de Garanhuns, município do Agreste Meridional de Pernambuco com cerca de 140 mil habitantes, aprovou o reajuste da tarifa urbana para R$ 4,70 a partir de 1º de janeiro de 2026, acima dos atuais R$ 4,50 praticados pela Coletivos São Cristóvão. A decisão levou em conta o impacto da inflação sobre os custos operacionais, mantendo a política de revisões periódicas adotada no município.

A Coletivos São Cristóvão, permissionária do transporte urbano desde 2012, informou que apresentou sua planilha anual de custos à Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT). Segundo a empresa, o valor necessário para cobrir integralmente as despesas do sistema já ultrapassa R$ 9,00, caracterizando a chamada tarifa técnica. Mesmo assim, a operadora relatou que o Executivo decidiu encaminhar ao conselho apenas o reajuste correspondente à inflação, preservando o valor pago pelos usuários dentro do que o município considera viável.

Durante a reunião do CMTT, o gerente da São Cristóvão, Domingos Sá, afirmou que o transporte urbano vive “uma crise financeira sem precedentes”. Ele lembrou que, antes da pandemia, o sistema transportava cerca de 600 mil passageiros por mês, dos quais 400 mil pagantes, com uma frota de 34 ônibus em operação. Atualmente, são apenas 180 mil passageiros mensais, sendo 90 mil pagantes, e a frota caiu para 21 veículos. A média de embarques pagantes por ônibus despencou de 17 mil para cerca de 4 mil, número que evidencia a forte perda de demanda e a dificuldade de equilíbrio financeiro.

Com esse cenário, o aumento aprovado para 2026 não recompõe as perdas registradas pela empresa, que aponta desgaste operacional, queda na receita e desafios para manter a oferta de viagens. A administração municipal deve detalhar, nas próximas semanas, se adotará medidas complementares para reduzir o impacto do reajuste sobre os usuários e garantir a continuidade do serviço.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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