Publicado em: 3 de dezembro de 2025

Composição reforça fase de testes do monotrilho, que avança em obras, sistemas e instalação de equipamentos; operação é prevista para 2026
YURI SENA
O Metrô de São Paulo recebeu nesta quarta-feira, 3 de dezembro o oitavo trem destinado à Linha 17-Ouro de monotrilho. A nova composição foi entregue no Pátio Água Espraiada, onde parte da frota já passa por testes e comissionamento.
Um dos trens percorreu recentemente o trecho entre o pátio e a estação Vila Cordeiro, em um trajeto de 4,5 quilômetros.
Em março de 2025, outra composição já havia saído do pátio utilizando energia das baterias para acessar a via operacional, passando pelas estações Washington Luís, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo e Vila Cordeiro. O deslocamento somou 2,7 quilômetros, com retorno posterior até Vereador José Diniz, em um trecho de 1,8 quilômetro.
Relembre:
VÍDEO: Primeiro trem do monotrilho da Linha 17-Ouro percorre trecho entre Pátio Água Espraiada e Vila Cordeiro nesta terça-feira (25)
Avanço das obras
Desde a retomada dos trabalhos, o projeto acumulou entregas como o acabamento do túnel de ligação entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Congonhas, a instalação de passarelas metálicas nas estações Washington Luís, Campo Belo e Chucri Zaidan, além das coberturas metálicas em Washington Luís, Brooklin Paulista, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan.
Os serviços incluem ainda a instalação de uma viga-guia sobre a via férrea da ViaMobilidade próximo à Ponte Estaiada, a recomposição de 4,6 km de viário na avenida Jornalista Roberto Marinho e o avanço nas obras do Pátio Água Espraiada, que já recebeu 68 vigas pré-moldadas e 135 moldadas in loco, totalizando 203 estruturas concluídas.
Conexão com o Aeroporto de Congonhas
Com 6,7 quilômetros de extensão, a Linha 17-Ouro fará a ligação entre o Aeroporto de Congonhas e as linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda. A previsão de início de operação é 2026, com estimativa de atendimento a cerca de 100 mil passageiros por dia. O sistema contará com oito estações, 14 trens, portas de plataforma, condução automática e soluções sustentáveis, como aquecimento solar e captação de água de chuva.
Duas composições já estão em testes na via elevada, outras duas se encontram em trânsito para o Brasil e as demais seguem em produção na China. Os trens são totalmente automatizados, operando no sistema UTO (Unattended Train Operation) com tecnologia CBTC, que permite intervalos menores e melhor eficiência operacional. Dotados de cinco carros e 60,8 metros, têm capacidade para até 616 passageiros, além de ar-condicionado, iluminação LED e áreas acessíveis. Em caso de falta de energia, podem percorrer até 8 km com baterias próprias.
Sistemas e equipamentos
A instalação das portas de plataforma nas oito estações está em andamento, com estruturas metálicas já visíveis em diversos pontos. Equipamentos como a máquina de lavar trens e para-choques aguardam liberação alfandegária, enquanto o novo veículo de manutenção de via passa por comissionamento.
Os sistemas elétricos já foram energizados nas estações Vereador José Diniz e Campo Belo. Trabalhos envolvendo iluminação, ventilação, telecomunicações, monitoramento, multimídia e controle de acesso avançam nas estações Aeroporto de Congonhas, Vereador José Diniz e Campo Belo.
Elevadores e escadas rolantes estão em instalação em todas as estações e no pátio. As próximas fases incluem a conclusão das obras civis, testes integrados dos sistemas, paisagismo e compensações ambientais. A finalização da linha segue prevista para 2026.
Yuri Sena, para o Diário do Transporte


