Publicado em: 10 de dezembro de 2025

Trajeto aproxima pacientes, profissionais e centros médicos, reduzindo distâncias no acesso ao atendimento
YURI SENA
Mais do que um eixo de mobilidade urbana, a Linha 5-Lilás do metrô passou a desempenhar um papel estratégico no acesso à saúde na cidade de São Paulo.
Ao longo de seu trajeto, a linha atende regiões que concentram hospitais de referência, tornando-se parte essencial da rotina de pacientes, acompanhantes e trabalhadores do setor.
Com 17 estações e conexões diretas com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 9-Esmeralda, a Linha 5 registra cerca de 600 mil embarques em dias úteis. Uma parcela significativa desse fluxo está relacionada ao deslocamento até unidades como o Hospital São Paulo, Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Hospital Santa Cruz, Hospital Edmundo Vasconcelos, Hospital do Rim e a AACD, muitas delas localizadas a poucos metros das estações.
A auxiliar de enfermagem Daniela Fuseto utiliza a linha desde a sua expansão em direção à zona sul. Para ela, o metrô reduziu o tempo de deslocamento tanto para o trabalho quanto para compromissos médicos. “O acesso ficou mais rápido e menos cansativo. Hoje consigo organizar melhor meu dia”, relata. Segundo Daniela, a rotina no sistema também aproximou usuários e funcionários, criando vínculos que ultrapassam a relação formal de transporte.
Outro usuário frequente é Hélio Costa Rodrigues, morador da zona leste, que percorre diariamente um trajeto integrado envolvendo monotrilho, Linha 1-Azul e Linha 5-Lilás para realizar sessões de fisioterapia na AACD. Ele destaca a importância do atendimento recebido ao longo do percurso. “Em momentos difíceis do tratamento, o apoio dos funcionários fez diferença para seguir em frente”, afirma.
Ao conectar diferentes regiões da capital a polos hospitalares, a Linha 5-Lilás contribui para ampliar o acesso aos serviços de saúde, especialmente para quem depende do transporte público. Na prática, os trilhos se tornaram parte do caminho entre o cuidado médico, o trabalho e a recuperação — uma função que vai além da mobilidade e impacta diretamente a vida de milhares de pessoas todos os dias.
Yuri Sena, para o Diário do Transporte


