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Paralisação do transporte coletivo permanece em Campo Grande (MS) nesta quinta-feira (18) mesmo após decisão judicial


Ônibus municipal de Campo Grande. Foto: Gabriel Santos/Ônibus Brasil.

Motoristas só preveem retorno após quitação dos salários; decisão sobre intervenção no transporte coletivo, anunciada nesta quarta-feira (17), não encerrou a greve

YURI SENA

A greve dos motoristas de ônibus segue nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, em Campo Grande, mesmo após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinar a intervenção no contrato do transporte coletivo da capital. A decisão foi divulgada na tarde de quarta-feira (17), mas não foi suficiente para encerrar a paralisação.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), os profissionais só retornarão às atividades após a quitação integral dos salários em atraso. A entidade afirma que a medida judicial não resolve, de forma imediata, a principal reivindicação da categoria.

O Consórcio Guaicurus informou que ainda não recebeu comunicação oficial sobre a decisão e que apenas após a notificação formal poderá analisar possíveis medidas jurídicas. A Prefeitura de Campo Grande também declarou que, até o momento, não foi oficialmente comunicada e que aguarda acesso ao teor completo da decisão para adotar as providências cabíveis.

A decisão judicial estabeleceu prazo de 30 dias para que o município, juntamente com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), dê início ao processo de intervenção no contrato do transporte coletivo. O despacho prevê ainda a indicação de um interventor e a apresentação de um plano de ação. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 300 mil.

O entendimento do Judiciário ocorreu no âmbito de uma ação popular e aponta indícios de falhas recorrentes na prestação do serviço, além de ausência de medidas efetivas do poder público para solucionar os problemas do sistema. O juiz responsável considerou que a falta de providências poderia resultar em prejuízos à população usuária do transporte coletivo.

A decisão também levou em consideração apontamentos feitos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, que identificou descumprimento de obrigações contratuais, fragilidades na gestão financeira e indícios de irregularidades na operação do serviço.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul informou que ainda aguarda notificação formal sobre a decisão. Após a comunicação oficial, o órgão deverá avaliar o caso para definir se haverá a adoção de medidas dentro de suas atribuições legais.

Yuri Sena, para o Diário do Transporte



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