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Última parada 88 aqui; início da viagem pela linha da memória dos transportes (VÍDEO)


 

Um dos pioneiros do sistema de ônibus da capital paulista lutava contra um câncer. Além de um verdadeiro conglomerado, sendo a maior frota do sistema, Abreu deixa legado

ADAMO BAZANI

Morreu neste sábado, 27 de dezembro de 2025, o empresário Carlos de Abreu, aos 88 anos, presidente e fundador do conglomerado que deu origem ao grupo da Viação Metrópole Paulista, que atua nas zonas Leste e Sul e no centro da cidade de São Paulo.

É a maior frota do sistema municipal da capital paulista, com cerca de 1,6 mil ônibus, seguida de Sambaíba (zona Norte – 1,3 mil coletivos) e Transwolff (Zona Sul – 1,2 mil veículos).

Abreu lutava contra m câncer e estava internado no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista.

Um dos seus pedidos mais recentes; a família, os funcionários e os amigos atenderam: um dos ônibus da frota, um modelo elétrico, recebeu a inscrição no letreiro eletrônico: “Última Parada 88”, sem alusão a idade do empresário.

O velório será no cemitério da Lapa a partir das 15h30 deste sábado, com sepultamento às 17h30

Além da maior frota da capital paulista, a família atua na empresa urbana City Transporte, que opera em parte do litoral e do interior, como em Sorocaba; nas empresas de ônibus rodoviários Rápido Brasil e Ultra, que fazem a ligação entre a capital paulista e o litoral Sul; e nas concessionárias Mercedes-Benz, Divena.

Se a última parada foi a 88, por aqui; na memória dos transportes, Abreu inicia a trajetória, já que segundo familiares e outros empresários, deixou um grande legado.

“Um verdadeiro exemplo de pai, de família, de empreendedor. Foi um líder no setor e se destacou pela generosidade. Era a coisa mais linda do mundo a casa dele, 27 pessoas, 15 pessoas, ele era um agregador” – disse Betão Fonsceca, um dos proprietários da empresa Sambaíba.

Abreu começou bem jovem no segmento de transportes por ônibus, aos 23 anos de idade apenas, em 1960, quando ainda era estudante do primeiro ano de medicina. Nesse ano, se associou ao primo, José Ruas Vaz, para comprar a Viação Campo Belo, que tinha 28 ônibus atendendo ao eixo entre o centro, Liberdade e Santo Amaro, ligando a região central a zona Sul da capital paulista.

Em seguida, os primos adquiriram outras empresas, como Santa Amélia, Bristol e, em 1971, já com outros sócios, compraram a Viação Jurema.

Um dos marcos dos negócios foi a compra da Penha-São Miguel e a Viação Poá, em 1975, que tinham 400 ônibus.

Já nos anos 1980, eram mais de mil ônibus e 15 empresas.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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