Publicado em: 30 de dezembro de 2025

Com exclusividade, em primeira-mão, o Diário do Transporte antecipou nesta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, o estudo completo que será apresentado na reunião do CMTT (Acesse e veja na íntegra)
ADAMO BAZANI
O vereador petista Nabil Bonduki entrou com processo na Justiça pedindo o adiamento da reunião do CMTT (Conselho Municipal de Trânsito e Transporte), marcada para sexta-feira, 02 de janeiro de 2026, na qual a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema de ônibus da capital paulista, vai explicar os custos operacionais dos serviços e o aumento de decretado pelo prefeito Ricardo Nunes da tarifa municipal.
O valor da passagem de ônibus, de acordo com decisão da prefeitura, passa no próximo dia 06 de janeiro de 2026 de R$ 5 para R$ 5,30. Para a Integração entre ônibus e trilhos, o valor passa para R$ 9,38. O Vale-Transporte dos trabalhadores vai de R$ 5,49 para R$ 5,82 no caso de uso somente nos ônibus do sistema da SPTrans. Já o Vale-Transporte Integrado entre Trilhos e Ônibus passa a ser de R$ 11,32.
Segundo a argumentação do vereador, no processo ingressado nesta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, no Foro Central da Fazenda Pública, do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a data de 02 de janeiro para a reunião é imprópria por ser bem me meio ao recesso do funcionalismos público, o que inclusive tiraria, segundo Bonduki, o caráter regular do encontro.
Para o parlamentar, a data impede a ampliação de um debate maior sobre o tema por parte da sociedade civil
Nabil Bonduki pede encontro para metade de janeiro e que, até lá, sem a reunião, o reajuste da tarifa de ônibus seja adiado.
Com exclusividade, em primeira-mão, o Diário do Transporte antecipou nesta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, o estudo completo que será apresentado na reunião do CMTT.
Atualizando os números, a gestão do prefeito Ricardo Nunes diz que, sem subsídios, o custo por passageiro, que seria a tarifa cheia, chegaria a R$ 13,55.
Segundo o estudo que vai ser apresentado ao qual o Diário do Transporte teve acesso, destes R$ 13,55 de custo por passageiro; R$ 12,55 são para operação e manutenção direta dos ônibus, o que inclui salários dos trabalhadores e lucro dos empresários, e, R$ 1 para infraestrutura do Sistema de Transporte, o que inclui Terminais, Comercialização Créditos e Gestão.
Sobre a cobertura deste valor, segundo os dados, os passageiros pagantes (ou seja, o que é arrecadado de fato pelos créditos do Bilhete Único Comum e em dinheiro) custeiam R$ 4,21, ou 31,6% dos R$ 13,55.
Os empregadores, pelo Vale-Transporte, que na capital têm uma tarifa maior que a comum, cobrem R$ 1,42, ou apenas 10,5%.
Mudanças no Vale-Transporte, com a obrigatoriedade de que os empregadores com mais de nove funcionários obedeçam a uma arrecadação obrigatória e destinem uma verba a um fundo, são apontadas como caminho para uma tarifa-zero nacional. Mas a fórmula ainda sofre contestações e gera dúvidas.
As chamadas receitas acessórias, como com publicidade ou explorações comerciais, contribuem muito pouco com o sistema: R$ 0,21 ou 1,6% dos R$ 13,55 de custo de transporte por passageiro.
Os subsídios hoje bancam quase 60% dos custos de operação e manutenção do sistema de ônibus da cidade: R$ 7,72 de R$ 13,55, ou 56,9%, dos quais, R$ 6,91 ou 51% para a utilização direta dos coletivos por parte dos passageiros, que se somam a R$ 0,80 ou 5,9%.
Segundo mensagem assinada pelo secretário de Transportes e Mobilidade, Celso Caldeira,“desde 2020, as verbas orçamentárias denominadas Compensações Tarifárias, que respondem por grande parte dos subsídios municipais ao sistema de transporte, evoluíram de R$ 3,3 bilhões naquele ano para estimados R$ 7,3 bilhões em 2025”.
VEJA TODO O ESTUDO COMPLETO NESTE LINK:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes


