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Milton Leite diz que não vê motivo para rompimento de contrato com Transwolff. Diário do Transporte e trólebus são citados no Roda Viva, da TV Cultura


Presidente da Câmara Municipal ainda defendeu ampliação do “Tarifa Zero” taxando empregadores

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (UNIÃO), ao comentar o projeto de sua autoria para alterar a Lei de Mudanças Climáticas, defendeu a inclusão de novos ônibus a diesel zero quilômetro no sistema de transportes da capital paulista, ao menos em curto prazo, para adaptação da infraestrutura para ampliação da quantidade de modelos elétricos.

A compra de novos coletivos a diesel é proibida na cidade desde 17 de outubro de 2024.

A defesa foi em resposta ao questionamento do jornalista Thiago Muniz, Rádio BandNews FM, no Programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 16 de dezembro de 2024.

Muniz perguntou o motivo de o PL 825/2024, que propõe a alteração na lei em vigor atualmente, não ter sido divulgado amplamente e citou, na pergunta, o Diário do Transporte que revelou o projeto, que havia passado em primeira votação em tempo recorde, do dia 03 para o dia 04 de dezembro de 2024 entre ter sido apresentado e aprovado.

O Diário do Transporte noticiou o PL no dia 07 de dezembro, e, com a repercussão recebeu uma segunda redação em 09 de dezembro de 2024. Mas, como mostrou a reportagem, o PL teve apresentado um terceiro texto nesta segunda-feira (16).

Relembre:

Milton Leite afirmou que a tecnologia de motores a diesel Euro 6 reduz entre 65% e 75% as emissões de poluição e que a cidade de São Paulo vai precisar trocar em curto prazo 3,5 mil ônibus. O presidente da Câmara Municipal também disse que seu PL não impõe restrição a nenhuma tecnologia, nem aos trólebus. Nesta segunda-feira (16), especialistas apresentaram em audiência pública sobre o projeto, a necessidade de manter e modernizar a rede de trólebus, que não polui, para ajudar a alcançar as metas de restrição de poluição. O prefeito Ricardo Nunes havia sinalizado para a possibilidade de desativação da rede.

Milton Leite, entretanto, não garantiu que a manutenção dos trólebus esteja prevista textualmente em seu PL, que pode ser votado até quarta-feira (18).

TRANSWOLFF E UPBUS:

Nesta semana, o prefeito Ricardo Nunes deve decidir se rompe ou não contato com as empresas de ônibus Transwolff e UpBus, alvos de investigação do Ministério Público por suposta ligação de diretores com o PCC. Ambas estão sob intervenção da prefeitura desde o dia 09 de abril de 2024, quando foi deflagrada a operação Fim da Linha, do MP.

Milton Leite diz que não consegue opinar no caso da UPBus, da zona Leste; mas sobre a Transwolff, da zona Sul, diz não acreditar que haja motivo para rompimento do contrato. Na opinião do presidente da Câmara, a Transwolff apenas apresentou problemas financeiros, que estão sendo resolvidos. Milton Leite elogiou a empresa, dizendo que é uma das frotas mais novas e limpas do País.

Mesmo com Milton Leite negando, principalmente no caso da Transwolff, os próprios ex-cooperados da CooperPam (que deu origem a companhia) citam a influência do presidente da Câmara nos transportes da zona Sul.

Milton Leite negou ligações com a diretoria da empresa, como com Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, que chegou a ser preso na Operação do MP.

TARIFA ZERO:

O presidente da Câmara ainda defendeu a ampliação do Programa Tarifa Zero nos ônibus da cidade de São Paulo por meio de uma fórmula que taxaria os empregadores.

Os patrões pagariam uma espécie de contribuição pelos funcionários, que não seria o atual Vale-Transporte.

Um dos cálculos comentados por Leite é de que se cada empresa da cidade com mais de quatro empregados pagasse por mês R$ 160 por funcionário para este fim, a arrecadação seria de R$ 12 bilhões por ano.

Para Milton Leite, o modelo, que ainda está em estudo evitaria que a conta dos subsídios ao sistema de ônibus aumente. Neste ano de 2024, o custo do sistema de ônibus deve chegar a R$ 12 bilhões e os subsídios ultrapassarem a R$ 6 bilhões.

A tarifa está congelada desde janeiro de 2020 e o prefeito Ricardo Nunes trabalha com a possibilidade de reajuste em 2025.

Atualmente, o programa Tarifa Zero é aplicado a todos os passageiros somente em todos os domingos, no Natal, Ano Novo e no Aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro.

Veja os trechos das declarações:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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