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MP de Mato Grosso pede na Justiça que Itamarati pague indenização de R$ 10 milhões a vítimas de acidente


Foto: Divulgação

Caso ocorreu no dia 17 de maio de 2022, na rodovia BR-163, resultando em oito mortes e 22 pessoas feridas

YURI SENA

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) contra a empresa Expresso Itamarati e a seguradora Essor Seguros S.A. com o objetivo de garantir a reparação dos danos causados pelo acidente ocorrido no dia 17 de maio de 2022, na rodovia BR-163, que resultou em oito mortes e deixou 22 pessoas feridas. 

A ação tem como objetivo o pagamento de indenização por danos materiais, morais e estéticos às vítimas e seus familiares, além de uma compensação por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões.

A denúncia, feita pelo promotor de Justiça Daniel Luiz dos Santos, revela uma série de violações por parte da Expresso Itamarati durante o trajeto realizado entre Cuiabá e Sinop, ocorrido na madrugada do dia 16 para 17 de maio de 2022. 

Após uma quebra mecânica do ônibus às margens da rodovia, próximo a Lucas do Rio Verde, os passageiros foram forçados a esperar por horas em condições precárias. Após a troca de veículos, os passageiros seguiram viagem em um novo ônibus, conduzido pelo mesmo motorista do veículo quebrado, que estava visivelmente transtornado.

Segundo relatos, o motorista, identificado como Edmirson Pereira Campos, demonstrou comportamento imprudente e irresponsável durante a condução do veículo. 

Com nervosismo evidente, ele dirigiu em alta velocidade, ultrapassando veículos de forma perigosa e utilizando o celular enquanto dirigia. 

O episódio resultou em uma colisão frontal com um caminhão que seguia no sentido contrário. O impacto destruiu a parte frontal e lateral esquerda do ônibus, resultando em mortes e diversos feridos.

A investigação do MP destaca a negligência da empresa no atendimento aos passageiros após o defeito no ônibus, incluindo falhas no reembarque e na oferta de alimentação e hospedagem adequadas. 

O promotor ressaltou também a falta de responsabilidade da Expresso Itamarati ao permitir que o motorista, claramente abalado pela situação, seguisse viagem com o veículo defeituoso, o que contribuiu diretamente para o acidente.

Em abril de 2024, o MPMT tentou uma mediação extrajudicial com a empresa, porém, a tentativa de negociação não foi bem-sucedida, já que a empresa não cumpriu o prazo acordado para avaliar e resolver cada caso individualmente. Diante disso, o Ministério Público recorreu à Justiça, buscando uma compensação justa para as vítimas.

Além da Ação Civil Pública, em maio de 2023, o MPMT denunciou o motorista Edmirson Pereira Campos por homicídio culposo (por oito vezes) e lesão corporal culposa (por nove vezes) em razão do acidente. O processo está em andamento.

Yuri Sena, para o Diário do Transporte





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