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São Paulo registra queda de 47,2% nas mortes de motociclistas em vias com Faixa Azul


Capital já conta com 212,2 quilômetros de vias exclusivas sinalizadas para motos

ARTHUR FERRARI

Dados divulgados pelo Infosiga, sistema estadual de monitoramento de letalidade no trânsito, revelam uma redução de 47,2% no número de óbitos de motociclistas em vias com Faixa Azul em São Paulo. O total caiu de 36 mortes em 2023 para 19 em 2024, demonstrando o impacto positivo do projeto.

A Faixa Azul foi uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo criada para melhorar a segurança e a mobilidade de motociclistas e desde seu lançamento em 2022 a cidade já conta com 212,2 quilômetros de vias sinalizadas, e novos trechos estão previstos.

O prefeito Ricardo Nunes destacou a eficiência do programa ao citar estudos que apontam maior segurança nas vias sinalizadas:

  • Na Avenida 23 de Maio, o ambiente é três vezes mais seguro para motociclistas.
  • No corredor da Avenida dos Bandeirantes, a segurança é 20 vezes maior.

Além disso, foram implantadas 1.088 frentes seguras para motos nos últimos quatro anos, reforçando o compromisso com a segurança viária.

Apesar do avanço do projeto, o número de sinistros e óbitos envolvendo motocicletas fora das Faixas Azuis aumentou. Entre 2023 e 2024, os óbitos cresceram 20%, passando de 403 para 483 mortes. Esse aumento acompanha o crescimento da frota de motocicletas na cidade, que saltou 35% na última década, alcançando 1,3 milhão de veículos em 2024.

Os acidentes geram impactos sociais e econômicos significativos:

  • O município gasta cerca de R$ 35 milhões anualmente com o atendimento a vítimas de acidentes de moto.
  • A sobrecarga no sistema público de saúde e o prejuízo causado por mortes e invalidez atingem especialmente jovens.

Diante desses números, a Prefeitura proibiu o transporte remunerado por moto via aplicativos, baseando-se em leis municipais, no Código de Trânsito Brasileiro e na Política Nacional de Mobilidade Urbana. A decisão reforça o papel dos municípios na regulamentação e fiscalização do transporte remunerado privado.

A Faixa Azul segue como um exemplo de política pública inovadora, capaz de salvar vidas e criar um trânsito mais seguro em São Paulo.

Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte





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