Publicado em: 21 de janeiro de 2025
Levantamento da Urbs apontou 834 ocorrências em 2019 e apenas 21 em 2024; prefeitura atribui redução de casos ao uso de cartões e vigilância reforçada no sistema
ARTHUR FERRARI
Entre 2019 e 2024, Curitiba registrou uma queda expressiva de 97% no número de assaltos no transporte coletivo. De acordo com levantamento da Urbanização de Curitiba (Urbs), os registros caíram de 834 ocorrências em 2019 para apenas 21 no último ano. A redução também se refletiu no prejuízo financeiro, que despencou de R$ 125,2 mil para apenas R$ 847 no período.
O principal motivo apontado para a redução foi a ampla adoção dos cartões como forma de pagamento, iniciada em 2020, que diminuiu significativamente a circulação de dinheiro nos ônibus. Atualmente, 91% das transações no transporte coletivo são feitas por meio de cartões de transporte, débito ou crédito.
Além da substituição do dinheiro por cartões, outras ações contribuíram para a redução dos crimes. Entre elas, destacam-se a instalação de câmeras de vigilância nos ônibus e a atuação intensiva da Guarda Municipal, que realiza rondas em terminais, estações-tubo e outras áreas de acesso.
O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, reforça o impacto positivo da mudança: *“O cartão trouxe praticidade e maior segurança para o passageiro, que não precisa circular com dinheiro em espécie e nem depender de troco do cobrador. Além disso, o cartão agiliza o embarque e reduz a exposição ao crime.”
Os dados mostram que a diminuição dos assaltos foi gradativa ao longo dos anos:
– 2019: 834 ocorrências
– 2020: 560 ocorrências
– 2021: 186 ocorrências
– 2022: 106 ocorrências
– 2023: 37 ocorrências
– 2024: 21 ocorrências
O pagamento em espécie, que representava 36,8% em 2019, caiu para apenas 8,59% em 2024. Desde março de 2020, os ônibus da cidade passaram a aceitar exclusivamente cartões como forma de pagamento, com exceção da Linha Turismo.
A aceitação de cartões de débito e crédito, iniciada em 2022, também contribuiu para ampliar a adesão ao sistema. Hoje, o cartão-transporte representa a maior parte das transações, enquanto cartões bancários respondem por cerca de 10%.
Com essas mudanças, Curitiba consolida-se como referência na modernização do transporte coletivo, garantindo mais segurança para passageiros e trabalhadores do sistema.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte