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Funcionários do Metrô de São Paulo foram “heróis anônimos” em meio ao caos da chuva desta sexta (24) e conseguiram evitar o pior


 

Situação pior foi na estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna. Apesar de cenas assustadoras e muita destruição material, não houve feridos com gravidade e serviço foi mantido onde era possível

ADAMO BAZANI

Colaboraram Arthur Ferrari e Alexandre Pelegi

Heróis de verdade são aqueles que agem no anonimato e em time. Os heróis de verdade também sentem medo, mas enfrentam e pensam no próximo.

A designação é perfeita para funcionários do Metrô de São Paulo que estavam trabalhando durante a forte chuva de verão desta sexta-feira, 24 de janeiro de 2025. E os que estão trabalhando agora, no Aniversário de São Paulo, dando este presente de verdade para a cidade.

As cenas de horror de fortes enxurradas dentro das estações, em especial da linha 1-Azul, a Jardim São Paulo-Ayrton Senna, na zona Norte da Capital Paulista, não deixavam dúvidas de que o pior poderia acontecer.

A força da água era tão grande que muitos pensavam que poderia haver feridos com gravidade e até perdas de vidas.

E houve mesmo este risco.

Mas, apesar do caos de toda a situação e de algo jamais visto na história recente da cidade, o pior não aconteceu.

O Diário do Transporte trocou umas breves palavras com dois funcionários da linha de frente do Metrô que pediram para não ser identificados.

A conversa rápida evidencia: todo o esforço que fizeram não foi para conseguir glória ou reconhecimento.

“Pensei na minha família, me senti acuado, com medo. Mas vi uma senhora de idade e fui amparar. A direcionei para um local mais seguro. Depois, não a vi mais” – disse um agente.

“Áreas internas foram invadidas. Pensar em vidas era também sim pensar no material. São equipamentos de controle essenciais para a segurança e fizemos de tudo para que o funcionamento fosse o possível diante do cenário” – contou um operador.

Algumas imagens recebidas pelo Diário do Transporte mostram áreas internas: salas de controle, refeitório, locais sensíveis: tudo em destruição. Numa sala de controle, uma funcionária trabalha de joelhos sobre uma cadeira e tenta se proteger também.

Túneis por onde passam os trens se tornaram rios subterrâneos.

E agora, entram em cena outros heróis: as equipes de limpeza e manutenção e até mesmo os motoristas dos ônibus da PAESE, outros trabalhadores em transportes. Todos para tentar que, mesmo diante tudo, a vida do cidadão que precisa se deslocar na cidade que faz 471 anos neste 25 de janeiro de 2025, seja o “mais normal possível”.

Ainda neste sábado (25), um trecho da linha 1-Azul não opera. De Tucuruvi a Jardim São Paulo o atendimento é feito pelos ônibus gratuitos do sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).

Segundo o Metrô, equipes de manutenção trabalham para concluir a drenagem de água da via e restabelecer o funcionamento dos equipamentos da estação Jardim São Paulo desde a noite da última sexta-feira (24).

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 





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