Publicado em: 6 de novembro de 2025

O CEO Cassiano Rusycki explica em entrevista ao Podcast do Transporte a transformação da empresa de bilhetagem
ALEXANDRE PELEGI
Durante o especial do Podcast do Transporte na Arena ANTP 2025, Cassiano Rusycki — executivo da Mais.Mobi — detalhou a transformação da tradicional RioCard Mais em uma nova empresa que mira o mercado nacional de soluções digitais para o transporte público.
“A Mais.Mob é a evolução da RioCard Mais”, explicou Rusycki. “A RioCard continua sendo o produto que o passageiro usa no Rio de Janeiro, mas a Mais.Mob nasce como a empresa provedora de soluções para todo o Brasil. Ela é quem desenvolve, integra e inova os sistemas de bilhetagem, de gestão e de relacionamento com o usuário.”
De uma marca carioca a uma plataforma nacional
A RioCard, que há mais de 20 anos opera a bilhetagem eletrônica no estado do Rio de Janeiro, passou por um processo de transformação digital iniciado em 2019. Segundo Rusycki, a criação da Mais.Mobi em 1º de julho de 2025 marca o início de uma nova fase:
“Percebemos que precisávamos ir além das fronteiras. A experiência que acumulamos ao longo desses vinte anos, passando inclusive pelas Olimpíadas, nos deu condições de expandir e oferecer soluções de bilhetagem e gestão de transporte a nível nacional.”
Hoje, o ecossistema da Mais.Mobi já atua em diferentes cidades fluminenses com soluções personalizadas:
- RioCard – capital e região metropolitana do Rio de Janeiro;
- Mumbuca – Maricá;
- Tarifa Solidária – Saquarema;
- Cartão Partiu – Macaé e Nova Friburgo;
- e, mais recentemente, o sistema de Campos dos Goytacazes, conquistado por licitação.
“Esses projetos mostram que conseguimos adaptar nossa tecnologia à realidade de cada prefeitura ou sistema municipal”, explicou Rusycki.
Ecossistema completo e inteligência de dados
Cassiano destacou que a Mais.Mobi não é apenas bilhetagem, mas um ecossistema digital que abrange desde meios de pagamento e recarga até ferramentas de fidelização, controle antifraude e inteligência de dados.
“Hoje, o desafio é integrar passageiro, operador e poder público em um mesmo ambiente digital. Se não houver dados, não há como planejar tarifa zero, integração tarifária ou o Sistema Único de Mobilidade que tanto se discute.”
Ele detalhou as dimensões que compõem o modelo da Mais.Mob:
- Produto e experiência do usuário – com marketing e comunicação voltados ao passageiro;
- Vendas e atendimento – recargas físicas e digitais, suporte e relacionamento;
- Fidelização – programas de vantagens e benefícios;
- Controle e transparência – dados operacionais e sistemas antifraude.
“Nosso papel é estar ombro a ombro com o poder concedente e os operadores, ajudando a montar e evoluir o ecossistema local”, disse. “A tecnologia sozinha não resolve: é preciso conhecimento, integração e acompanhamento constante.”
Um “chef” ao lado do transporte público
Com bom humor, Rusycki usou uma analogia para explicar o papel da Mais.Mobi no apoio às cidades:
“Qualquer um pode assistir a um vídeo de receita no YouTube, mas ter um chef de cozinha ao lado faz toda a diferença. É isso que queremos ser para o transporte: estar junto, ajudando a cozinhar as soluções.”
Ao final da conversa, Rusycki elogiou o Diário do Transporte e o formato do Podcast, destacando sua importância como espaço de difusão de conhecimento e inovação no setor:
“Hoje, o mercado inteiro acompanha o que vocês publicam. E o podcast é mais uma forma de conectar quem faz o transporte acontecer no Brasil.”
Em breve a entrevista completa, em vídeo, estará disponível nos canais do Youtube do Podcast do Transporte, e da OTM Editora.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes


