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Almir Cicote é nomeado para ser secretário de mobilidade de Santo André (SP) na gestão Gilvan


Entre os desafios da pasta para a cidade, estão a licitação do sistema de Vila Luzita e reformulação das linhas de ônibus: ligação entre Vila Luzita e Hospital Mário Covas é pedido antigo de usuários. Como vereador, defendeu debate de Tarifa Zero na cidade

ADAMO BAZANI

Com Janete Ogawa

O advogado e, atualmente vereador pelo Avante, Almir Cicote, foi nomeado para ser secretário de Mobilidade da cidade de Santo André, no ABC Paulista, na gestão do prefeito eleito Gilvan Junior (PSDB), que tem início em janeiro de 2025.

Gilvan sucede administrativamente o atual prefeito, Paulo Serra (PSDB), que ocupou o cargo no Executivo andreense por dois mandatos consecutivos.

A oficialização do nome, que já era ventilado para integrar o alto escalão da equipe de Gilvan, ocorreu em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 17 de dezembro de 2024.

Com uma população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de, aproximadamente 780 mil pessoas, Santo André é a segunda maior cidade do ABC Paulista, e tem os desafios típicos de médias e grandes cidades de regiões metropolitanas na área de mobilidade, como a necessidade de maior priorização ao transporte coletivo no espaço urbano, aumento da atratividade do sistema de ônibus e equalização dos custos da prestação de serviços de mobilidade.

Como vereador, Almir Cicote defendeu debate de Tarifa Zero em Santo André, ao menos incialmente aos domingos e em alguns feriados.

Mas há questões bem específicas da cidade.

Uma delas é a licitação sistema tronco-alimentado de ônibus da região da Vila Luzita, o maior em demanda regional da cidade. As linhas alimentadoras dos bairros do entorno da Vila Luzita e as troncais que ligam a região pelo Corredor da Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo e pela Avenida Dom Pedro I são operadas desde 2016 de forma provisória pela empresa Suzantur, contratada emergencialmente no fim da gestão do então prefeito Carlos Grana (PT).

Ao longo de duas gestões, Paulo Serra não conseguiu licitar o sistema.

Apesar de operar em contrato por título precário (nome jurídico), a Suzantur tem uma das frotas de ônibus mais novas do ABC, com veículos padrão Euro 6 (que reduz a poluição em 75%) e ônibus articulados com ar-condicionado.

Mas, sem um contrato de longo prazo, a não ser em frota, o sistema tronco-alimentado de Vila Luzita não tem como receber investimentos maiores, como a necessária remodelação do Terminal local, a reforma do pavimento do corredor e a transformação das estações em áreas fechadas com pagamento antes do embarque nos ônibus.

A cidade de Santo André é dividida em dois subsistemas de ônibus

– Área 1: Consórcio União Santo André (Viação Guaianazes, Viação Curuçá, Viação Vaz e ETURSA – Empresa Urbana Rodoviária de Santo André)

– Área 2: Sistema tronco-alimentado de Vila Luzita (Suzantur)

No caso da área 1, uma das queixas dos passageiros é em relação aos intervalos e frota mais antiga em diversas linhas. Muito embora tenham ocorrido renovações, em especial pelas empresas Guianazes/Curuçá e Vaz, há um percentual de ônibus que já tiveram a idade vencida e ainda continuam rodando.

A eletrificação dos transportes na cidade ou uso de combustíveis alternativos ao diesel também não teviram avanços. Apenas a Suzantur possui um ônibus elétrico BYD e um híbrido Volvo.

Quanto a todo o sistema (áreas 1 e 2), as queixas são em relação a necessidade de reformular a rede de linhas, com a criação de novas ligações.

Uma delas, há décadas pedida pelos moradores, é uma linha de ônibus direta entre a região de Vila Luzita e o Hospital Estadual Mário Covas, no Bairro Paraíso, via Vila Assunção.

O Diário do Transporte mostrou que há um projeto chamado “Linha da Saúde” porque o itinerário interligaria alguns dos principais equipamentos de saúde públicos e privados de Santo André, como Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vila Luzita, UPA Perimetral, CHSA Centro Hospitalar de Santo André (Hospital Municipal), Hospital Christóvão da Gama, Casa da Esperança, Policlínica Municipal Paraíso, Hospital Brasil, Hospital Estadual Mário Covas.

Relembre:

Entretanto, a proposta ainda não tem data para sair do papel.

Além da ligação entre Vila Luzita e Mário Covas, há muitos “outros buracos”.

O eixo da Avenida Atlântica, no Val Paraíso, não tem sequer uma linha municipal, obrigando os moradores a usarem ônibus intermunicipais gerenciados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) para deslocamentos dentro de Santo André.

Criadas nos anos 1990, pelo então prefeito Celso Daniel, as linhas interdistritais (que ligam os dois subdistritos de Santo André, divididos pela linha trem) também não são suficientes.

Regiões adensadas como Camilópolis, Utinga, Sacadura Cabral poderiam contar com ligações por ônibus mais rápidas, inclusive que escapassem das vias de trânsito congestionado.

Pelo plano de mobilidade de Santo André, apresentado em 2022, 37 linhas seriam cortadas no centro, 11 teriam pontos iniciais e finais mantidos, mas os trajetos seriam alterados.

A proposta ainda inclui a criação de duas novas linhas:

– Terminal Vila Luzita/Hospital Mário Covas

– Terminal Vila Luzita/Taioca/Fundação

Veja todas:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





Fonte

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