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Ambiente hostil e mais: Dudu diz que últimos dias no Palmeiras foram humilhantes


Em desabafo à Justiça, o atacante Dudu relatou que seus últimos dias de Palmeiras foram, em sua visão, humilhantes, tendo que procurar ajuda médica após conviver com um ambiente hostil que o levou à perda de peso e insônia.

As palavras de Dudu aparecem em meio a mais uma manifestação de defesa do jogador em processo movido pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que move ação contra o atleta por danos morais. O documento foi anexado ao tribunal nesta terça.

Ao Poder Judiciário, Dudu disse que os momentos derradeiros de sua passagem pelo clube alviverde foram dignos de seus piores dias.

“(Dudu) Foi colocado de lado, utilizado como moeda de troca — ofertado pela dirigente a outros clubes sem sua anuência —, mantido, em sua maioria, no banco de reservas, visivelmente sem espaço e submetido a tratamento hostil”, disse a defesa de Dudu.

O atleta apontou que sofreu assédio moral, especialmente após contrariar Leila e permanecer no Palmeiras. Ele disse, na Justiça, que “encontrava-se à beira do esgotamento emocional”.

“A hostilidade e o desrespeito vivenciados por Dudu, que claramente enfrentava assédio psicológico e moral — sendo tratado como moeda de troca e mantido, na maior parte do tempo, no banco de reservas com pouca minutagem em campo —resultaram em esgotamento psíquico, levando-o à perda de peso e as noites de insônia, o que o fez buscar cuidados médicos”, continuaram os representantes do jogador.

O atleta apontou que a própria Leila apontou que sua saída teria ocorrido “pela porta dos fundos”. Dudu apontou que é um reconhecimento de que foi uma “saída humilhante, desonrosa, envergonhada, ou sem reconhecimento”, apesar de ele ser um dos maiores ídolos da história do clube. Isso tudo afetou sua saúde emocional, segundo o atleta.

Para corroborar sua tese, ele anexou um áudio sob sigilo com o diretor Anderson Barros, onde, na visão do jogador, que gravou seu o consentimento do cartola, “comprova a veracidade do relato e o constrangimento vivido e coloca pá de cal sobre a engendrada narrativa de Leila”.

Na conversa, o jogador expressa seu descontentamento pelo ambiente hostil vivido, seu desejo de permanecer no Palmeiras e ouve que o clube recebeu propostas para sua transferência e iria considerar todas as opções, sendo a decisão final do atleta.

Ainda em sua manifestação no processo, Dudu apontou que a presidente do Palmeiras, quando o encontrava, “afirmava que o ‘amava’, mas, ao pé do ouvido, dizia: ‘vá trabalhar no Cruzeiro'”. Esse é o contexto por onde Dudu também justifica ter utilizado o termo VTNC em suas redes sociais. Segundo ele, não se trata de uma ofensa, e sim de uma abreviação para “vim trabalhar no Cruzeiro”, por conta do assédio que sofreu nos últimos dias de Palmeiras.

Ele disse que a sigla foi usada em tom de desabafo, no seguinte sentido: “Me esquece, chega, já deu, me deixa em paz”.

De acordo com sua defesa, isso não se trataria de ofensa direta, mas sim de uma resposta “proporcional às sucessivas agressões pelas insanas declarações de leila somado ao assédio iniciado desde junho de 2024, quando, em rede nacional, ela atribuiu ao atleta comportamentos profundamente desabonadores, afirmando que ele ‘causou prejuízo de milhões ao Palmeiras’, era ‘indisciplinado’e havia ‘saído pelas portas dos fundos’.

Ele aponta que, se não fosse a postura e imposição de Leila, ele ainda estaria atuando pelo time alviverde.

O desabafo de Dudu vem logo depois de a dirigente não poupar críticas ao atleta, em ação de indenização por danos morais por críticas feitas por Dudu em sua saída do Palmeiras. Para Leila e sua defesa, o jogador “mostrou sua verdadeira face” no Cruzeiro. A petição cita polêmicas do atacante no time mineiro, com o qual acabou rescindindo após apenas cinco meses. Ela afirma também que ele “se calou” após ser criticado pelo mandatário celeste.

Ela também apontou que ele “faz piada com o Judiciário, imaginando que pode induzir este juízo a erro mediante a utilização de tais artifícios patéticos”. Apontou ainda que Dudu age “como se o Poder Judiciário fosse o palco do seu circo”.

Dudu respondeu dizendo que se trata apenas da realidade vivenciada nos bastidores do futebol, “onde, a cada partida que o atleta permanecia no banco de reservas, ouvia: ‘vai trabalhar no Cruzeiro'”.

Ele ainda citou sua contratação por parte do Galo, onde o clube postou a sigla “VSF”, que na expressão popular significa uma ofensa, mas foi utilizada como sigla para “Vem Ser Feliz” por parte do clube atleticano. Dudu citou o filósofo alemão Arthur Schopenhauer para justificar, com a frase “o mundo é minha representação”.

“Isso remete à compreensão de que tudo aquilo que percebemos é fruto de uma construção subjetiva da consciência, moldada pelas estruturas individuais da experiência (espaço, tempo e causalidade) bem como pela nossa vontade. Portanto, não há qualquer impropriedade na interpretação apresentada pela subscritora da presente, segundo a qual “VTNC” poderia perfeitamente significar “Vim Trabalhar no Cruzeiro, chega! Já deu, encheu o saco, vai cuidar dasua vida”. Nada além disso”, finalizou Dudu.

O jogador quer receber R$ 500 mil em danos morais de Leila, mesmo valor cobrado pela dirigente do atleta. O processo ainda não teve uma decisão.



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