Publicado em: 30 de julho de 2025
Diário do Transporte apurou que as ações ocorreram com veículos da Sambaíba, Santa Brígida, Norte Buss e Metrópole Paulista, sendo quatro consecutivos na Cantídio Sampaio
ADAMO BAZANI
Os ataques a ônibus continuaram nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, em São Paulo.
De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas da capital paulista, apenas com ônibus municipais, foram sete ocorrências até o início da noite.
O Diário do Transporte apurou que as ações ocorreram com veículos da Sambaíba, Santa Brígida, Norte Buss e Metrópole Paulista, sendo quatro consecutivos na Cantídio Sampaio.
A Polícia Civil e a sociedade ainda não sabem as reais motivações e quem são os mandantes, o que, mesmo com uma redução nos casos diários, mas ainda acima do “padrão” habitual do vandalismo, o que amplia a sensação de insegurança.
Com esta nova atualização, sobe para 582 veículos do sistema municipal de transporte da capital e mais de mil em todo o Estado (intermunicipais metropolitanos, municipais vizinhos da capital e Litoral) depredados desde 12 de junho de 2025, quando começou a atual onda de ataques.
A data é a mesma em que o secretário de transportes da cidade, Celso Caldeira, assinou uma portaria que criou um Grupo de Trabalho que transfere o contrato da empresa Transwolff, investigada por suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para outra companhia, a Sancetur, da família de Nabil Abi Chedid, do interior de São Paulo.
Relembre
PCC, Onda de Ataques a Ônibus, Transwolff e Sancetur: depredações em massa começam no mesmo dia em que prefeitura assina despacho que viabiliza transferência de contratos – VEJA DOCUMENTO
A Polícia Civil investiga se há relações entre os fatos e já descartou outras hipóteses como jogos de desafios on line e disputas dentro do sindicato dos motoristas.
Entretanto, ocorrem diversos casos em cidades vizinhas da capital e no Litoral que, ao menos num primeiro momento, não teriam nada a ver com essa mudança de contratos.
Em todo o Estado, já são mais de mil ônibus atacados. Apesar de a quantidade diária estar caindo, falta de esclarecimento ainda gera sensação de insegurança. Uma das regiões com maior incidência de vandalismo é o ABC Paulista.
Nesta segunda-feira, o sindicato das empresas de ônibus do ABC lançou uma campanha em que fala da gravidade do problema e incentiva a denúncia. Um vídeo será veiculado nas mídias sociais da entidade e em ônibus e terminais no ABC onde existem telões.
Ádamo Bazani, jornalista especializado em transportes