Publicado em: 29 de dezembro de 2025

Prefeito Ricardo Nunes despacha na tarde desta segunda-feira (29) com secretários de planejamento; finanças e transportes
ADAMO BAZANI
Nesta última semana de dezembro de 2025, quem usa os ônibus municipais na capital paulista, gerenciados pela SPTrans (São Paulo Transporte); e os passageiros dos transportes metropolitanos, incluindo metrô, monotrilho, trens e ônibus e trólebus intermunicipais, deve conhecer os valores das tarifas que serão praticadas já a partir do início de janeiro de 2026.
Prefeitura e governo do Estado já estão com os estudos e fazem os cálculos.
Na tarde desta segunda-feira, 29 de dezembro de 2025, o prefeito Ricardo Nunes despacha com secretários fundamentais nesta decisão, conforme agenda: Secretário de Governo, Edson Aparecido; Secretário de Planejamento e Eficiência – Clodoaldo Pelizzoni; Secretário da Fazenda em exercício, Fabiano Martins; e Secretário Mobilidade Urbana e Transporte, Celso Caldeira.
Como já é tradição, mesmo sem seguirem os mesmos valores e estarem vinculadas diretamente, Estado e prefeitura costumam fazer o anúncio em conjunto. Os ônibus municipais das empresas que operam o sistema SPTrans e os trilhos, desde 2006, têm integração tarifária por meio do Bilhete Único. Os custos e a arrecadação de um sistema influenciam em outro.
Como tem mostrado o Diário do Transporte, apesar de não terem decido formalmente, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes; e o governador Tarcísio de Freitas, sinalizaram que os reajustes das tarifas para 2026 vão seguir os percentuais acumulados da inflação.
Nunes chegou a dizer, em 20 de dezembro de 2025, que “vai ser muito difícil não aumentar tarifa de ônibus em 2026”
Relembre:
A exemplo do que disse ao Diário do Transporte, o prefeito da capital paulista Ricardo Nunes sobre o reajuste da tarifa dos ônibus municipais geridos pela SPTrans (São Paulo Transporte), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, indicou que os valores das passagens dos trens, metrô, monotrilho e ônibus metropolitanos devem ter reajuste no início de 2026, de acordo com a correção da inflação.
O governador disse, em 18 de dezembro de 2025, que essa tem sido a prática adotada nos últimos anos e que, mesmo repondo as tarifas pelos índices inflacionários, têm sido necessários subsídios aos transportes metropolitanos na ordem de R$ 5 bilhões
Sobre os subsídios aos ônibus na cidade de São Paulo, os valores previstos para 2026 também devem ser significativos.
Como mostrou o Diário do Transporte, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em 17 de dezembro de 2025, o Orçamento para a cidade em 2026.
O Orçamento total será de R$ 137,4 bilhões. Para a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, a gestão do prefeito Ricardo Nunes reservou mais de R$ 11 bilhões.
Mais da metade dos recursos da mobilidade irá para subsidiar o sistema de ônibus.
De acordo com o texto original da LOA (Lei Orçamentária Anual), as “compensações tarifárias do sistema de ônibus (ação orçamentária 4701) têm um orçamento de R$ 6,22 bilhões (R$ 6.225.023.714,00) para o exercício de 2026, valor que contempla as gratuidades instituídas no Município para a redução de desigualdades e a ampliação de acesso universal a espaços e serviços públicos, como a tarifa zero aos domingos e a expansão do benefício a públicos específicos nos outros dias da semana”.
Relembre:
Revisão Quadrienal: A revisão feita a cada quatro anos dos valores pagos às empresas de ônibus como remuneração, que saiu em atraso este ano e desencadeou a greve surpresa de motoristas e cobradores, já que as viações por uma carta informaram aos trabalhadores que sem a correção não pagariam o 13º salário, também vai ser levada em conta no reajuste da tarifa para o passageiro, segundo Nunes.
O MPSP (Ministério Público de São Paulo) investiga a greve.
Relembre:
Como havia mostrado o Diário do Transporte, o prefeito Ricardo Nunes, ao se referir sobre a tarifa dos ônibus municipais, já tinha antecipado que as definições vão ocorrer após conversas com Tarcísio.
Relembre:
ABC PAULISTA:
As prefeituras de Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, confirmaram ao Diário do Transporte neste domingo, 28 de dezembro de 2025, que as tarifas de ônibus atuais não serão reajustadas em 2026.
Assim, as passagens ficam congeladas.
Em Santo André, o valor é de R$ 5,90 para quem paga em dinheiro ou na modalidade comum do cartão eletrônico. O Vale-Transporte pago pelos empregadores é de R$ 7,25, salvo decisões judiciais específicas que determinaram valor igual à tarifa comum.
Em São Bernardo do Campo (SP), o valor de R$ 5,95 para todas as modalidades de pagamento permanece em 2026.
Ambas prefeituras citaram investimentos em frota feitos pelas concessionárias de transportes.
Em Santo André (SP), pelo Promobi, a Viação Guaianazes comprou 51 ônibus com ar-condicionado 0 km e a Suzantur, 20, sem ar, mas com circulação refrigerante.
Santo André citou ainda a criação de novos serviços, como a linha B45 – Circular da Saúde (Bairro Paraíso-Hospital Mário Covas/Represa-Vila Luzita).
Em São Bernardo do Campo (SP), a BR7 Mobilidade comprou 115 ônibus 0 km para 2025.
Em relação a outras cidades do ABC Paulista, ainda há estudos.
Em São Caetano do Sul, como mostrou o Diário do Transporte, a prefeitura deve limitar o Tarifa Zero em 2026 somente a moradores cadastrados do município.
Relembre
GUARULHOS:
Em Guarulhos, também não há uma definição oficial por parte da prefeitura. A Justiça determinou o reajuste da tarifa dos ônibus municipais de R$ 5,10 para R$ 6,20, já no início de janeiro de 2026.
Segundo o entendimento da Justiça, não há possibilidade de adiamento ou modificação do índice estabelecido.
A prefeitura decide se recorre, se repassa todo o valor ou se repassa parte para os passageiros e parte subsidia para evitar um aumento menor.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes


