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BNDES e Ministério das Cidades apresentam 187 projetos para ampliar a mobilidade urbana até 2054; São Paulo e Rio lideram investimentos


Estudo inédito mapeia R$ 434 bilhões em obras de metrô, VLT e BRT nas 21 regiões metropolitanas do país, com São Paulo concentrando R$ 175,7 bi e o Rio de Janeiro R$ 68,4 bi

ALEXANDRE PELEGI

O Brasil já tem um plano detalhado para o futuro do transporte coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC). O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido pelo BNDES em parceria com o Ministério das Cidades, apresentou um panorama inédito das necessidades e oportunidades do setor até 2054: 187 projetos distribuídos por 21 regiões metropolitanas, com R$ 434 bilhões em investimentos previstos .

São Paulo e Rio no topo da lista

A Região Metropolitana de São Paulo aparece como o maior polo de investimentos do país, somando R$ 175,7 bilhões — cerca de 40% do total nacional. O plano reúne 41 projetos, entre ampliações das Linhas 2-Verde e 4-Amarela do Metrô, requalificação da Linha 10-Turquesa, novos BRTs intermunicipais e a integração do Trem Intercidades (TIC).
A rede futura paulista deve alcançar 1.309 km, consolidando a capital como centro do transporte público sobre trilhos e pneus elétricos .

O Rio de Janeiro, segunda no ranking, terá R$ 68,4 bilhões aplicados em metrô, VLT e BRT, totalizando 550 km de rede planejada. Entre os destaques estão a extensão da Linha 2 do Metrô, a expansão do VLT para a Zona Norte e novos corredores estruturais integrando a capital à Baixada Fluminense

Outras regiões em destaque

A Região Metropolitana de Belo Horizonte deve receber R$ 35,5 bilhões, com a Linha 3 do Metrô (Lagoinha–Belvedere), o VLT Ribeirão das Neves–Lagoinha e novos BRTs elétricos nos eixos Cristiano Machado e Anel Rodoviário.
O Distrito Federal soma R$ 21,3 bilhões, com VLTs no Eixo Monumental e Aeroporto e seis novos corredores BRT ligando Brasília ao Entorno.

Já Curitiba, referência nacional em transporte coletivo, retoma o projeto do Metrô Norte-Sul (R$ 17 bilhões) e amplia a Linha Verde, consolidando 216 km de rede .

No Nordeste, Fortaleza (R$ 21,5 bilhões) moderniza o metrô e expande o VLT; Salvador (R$ 13,1 bilhões) aposta em novos corredores e ligações intermodais; e Recife (R$ 14,8 bilhões) amplia a integração tarifária e elétrica da rede .

Impactos e próximos passos

Segundo o ENMU, as redes planejadas poderão gerar até 12% de redução no tempo médio de deslocamento, 11% de queda nos custos operacionais, 12% de corte nas emissões de CO₂ e mais de 250 vidas poupadas por ano em sinistros de trânsito.

O retorno social e econômico estimado ultrapassa R$ 300 bilhões, podendo chegar a R$ 417 bilhões no cenário otimizado .

Na etapa final, o estudo apresentará propostas para a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana, com foco em fontes alternativas de financiamento (CIDE-Combustíveis, DPVAT, captura de mais-valia imobiliária), modelos de garantias públicas e governança metropolitana integrada.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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