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BRT Amazônia quer se tornar referência em comunicação de transportes no Brasil


Para isso, empresa que começou um sistema de transportes do zero na região metropolitana do Pará aposta no regionalismo e na linguagem acessível a todos os públicos

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

Uma das áreas que os transportes coletivos ainda são muito carentes no Brasil, principalmente no setor de ônibus, é a comunicação. Comunicação institucional, comunicação para o passageiro, comunicação para o gestor público, enfim, muitas empresas de ônibus têm serviços interessantes, fazem ações diferenciadas, mas não sabem fazer chegar essas informações à população.

O BRT Amazônia, concessionária do BRT Metropolitano de Belém, que teve inauguração recente e começou a operar em 1º de novembro de 2025, quer quebrar esse paradigma. O Diário do Transporte mostrou que o ministro das cidades, Jader Barbário, tomou o sistema como referência nacional em operação e adoção responsável de ônibus elétricos não poluentes e quer replicar o sistema pelo ministério ao qual comanda em todo o país.

Relembre

Porém, nada disso funciona sem o passageiro, que precisa ser informado adequadamente do serviço que lhe é prestado, ainda mais quando é novo, que é o caso deste sistema. O Diário do Transporte, a convite da Eletra Industrial, empresa que fornece os ônibus elétricos para o BRT Amazônia, conversou com Tiago Therci, gestor de comunicação do BRT Amazônia e do Grupo Operacional. Segundo o Tiago, o primeiro grande desafio foi explicar à população sobre um sistema para o qual os passageiros ainda não tinham nenhuma familiaridade.

A reportagem mostrou que as ligações metropolitanas, antes do BRT, eram feitas apenas por vans, pagamento somente com dinheiro e as linhas não tinham uma numeração específica. O BRT Amazônia já traz uma organização de comunicação, em parceria com o governo do Pará, por meio da assessoria de comunicação da ARCON, que é a agência estatal que regulamenta os contratos de serviços públicos. Um dos primeiros passos, segundo o Tiago Therci, foi adaptar a linguagem de um novo sistema de transportes, com uma bilhetagem eletrônica diferente do que já se conhecia, e uma distribuição de linhas, à linguagem da população. Assim, o regionalismo foi um dos aspectos abordados.

Além disso, de acordo com o Tiago Therci ao repórter Adamo Bazani, um dos trunfos que a população tem entendido melhor é a diferenciação por cores dos tipos de linhas. Os ônibus que saem de Marituba e são de linhas troncais dos corredores são da cor roxa, já os que saem de Ananindeua são de cor verde. Os alimentadores, que levam as pessoas de bairros e cidades ao entorno do corredor, que trafegam fora, dando espaço exclusivo, possuem a cor azul. Esta comunicação tem facilitado não somente a compreensão do passageiro, mas também torna o usuário um multiplicador de informação, porque não basta apenas entender, o passageiro também tem de se sentir capaz de explicar as linhas para seus familiares, amigos e vizinhos.

Tiago ainda contou que a bilhetagem eletrônica “Pra já” também teve um nome para fixar na população a ideia de que o sistema é rápido, tanto o de pagamento de passagens quanto a própria duração das viagens, por isso o termo “Pra já” também lança mão do regionalismo. Você entra no ônibus e é “pra já”, você já está chegando ao seu destino, você pega o seu bilhete e é “pra já”. Já conseguiu passar na catraca.

A reportagem acompanhou os bastidores da gravação de um vídeo institucional do governo federal sobre o legado da COP 30, os investimentos em Belém e na região metropolitana e o desenvolvimento com o evento internacional e com o apoio de verbas federais em diversos projetos, inclusive de mobilidade, por meio do Ministério das Cidades.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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