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Bus2 leva leitura inteligente dos ônibus brasileiros à Arena ANTP 2025


Porto Alegre, RS 14/08/2019: o sistema de localização por serviço de posicionamento global (GPS) está presente em 100% da frota de ônibus de Porto Alegre. A tecnologia, que aumenta a eficiência no transporte urbano, permite aos cidadãos acompanhar em tempo real, através de aplicativo para o celular, a localização dos veículos nas linhas que desejam utilizar. Foto: Alex Rocha/Arquivo PMPA

Empresa mostra como transformar o sobe-desce do transporte público em uma verdadeira história contada por dados — com humor, precisão e um pé firme na mobilidade real

ALEXANDRE PELEGI

Sabe aquela história de que cada passageiro conta uma história? Pois é. A Bus2 resolveu ouvir todas elas — em tempo real, por meio de dados. A empresa brasileira de tecnologia, especializada em plataformas White Label e inteligência de dados para o transporte público, vai desembarcar na Arena ANTP 2025, de 28 a 30 de outubro no Transamérica Expo Center, com dois momentos de destaque que prometem transformar o sobe-desce dos ônibus em informação útil.

Com mais de 100 mil ônibus conectados em tempo real e presença em 340 cidades, a Bus2 processa 1 bilhão de dados por mês. Não é pouca coisa: é como se cada bilhete, cada embarque e cada GPS piscando no mapa se juntassem para contar ao gestor o que realmente acontece nas ruas.

Quando o sobe-desce vira ciência (e não só papo de ponto de ônibus)

No dia 28 de outubro, das 17h às 18h, na Arena 4, o coordenador de dados Leonardo Bernardinelli apresentará a Comunicação Técnica Análise de desempenho do sistema de transporte através do método Sobe-Desce. O nome pode parecer simples, mas a coisa é séria: o método combina dados de bilhetagem eletrônica (SBE), GPS e planejamento (GTFS) para identificar onde os passageiros entram e — o mais desafiador — onde descem.

Com isso, é possível montar uma matriz origem-destino e entender melhor como o sistema se comporta. A vantagem? Menos achismo e mais decisão baseada em dados. Ou, como diriam os próprios engenheiros da Bus2, “menos ponto cego, mais ponto certo”.

Políticas públicas e dados em favor do usuário

Logo depois, no mesmo dia, das 12h às 13h, o diretor Gustavo Balieiro comanda o painel “Ferramentas e políticas públicas no uso de dados para melhoria da percepção do usuário do transporte público”, que reunirá Bruno Cunha Lima (Prefeito de Campina Grande/PB), Joyce Nunes (Gerente do Clube de Mobilidade da Mais.Mobi) e Tula Vardaramatos (Presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre – APT).

Três visões complementares sobre como transformar a experiência do passageiro. O painel reúne três atores distintos — associação de operadores, poder público e iniciativa privada — que, com ferramentas diferentes, compartilham o mesmo objetivo: melhorar a experiência do usuário e mudar a percepção sobre o transporte público”, explica Balieiro.

A conversa começa com Tula Vardaramatos, que traz a perspectiva dos operadores e a importância da precisão da informação ao usuário. A APT mediu e comparou o desempenho dos principais aplicativos de transporte público do país, com foco no ETA (Estimated Time of Arrival) — o tempo estimado de chegada do veículo ao ponto. O objetivo é simples, mas poderoso: garantir que o horário previsto corresponda ao real, fortalecendo a confiança do passageiro.

Em seguida, Bruno Cunha Lima apresenta a experiência de Campina Grande (PB), onde o poder público usa dados de comportamento de viagem para implementar Tarifa Zero em dias específicos — uma política que estimula o comércio local e melhora a relação entre mobilidade e economia urbana.

Encerrando, Joyce Nunes mostra como programas de fidelidade e plataformas de engajamento digital podem aproximar o usuário do sistema, gerando receitas extra-tarifárias e criando vínculos emocionais com o transporte público.

Com olhares diferentes — técnico, político e relacional —, o painel discute confiança, percepção e valor de uso, conectando inovação tecnológica, políticas públicas e experiência cotidiana.

Quem são os condutores dessa viagem

Engenheiro civil e mestre em Transportes pela UFMG, Gustavo Balieiro dirige a Bus2 desde 2022, sempre com o olhar voltado à eficiência e inovação.

Leonardo Bernardinelli, o “engenheiro do sobe-desce”, é o cérebro por trás da plataforma BIA (Bus2 Intelligence Analytics) — um sistema que integra dados de bilhetagem, GPS e planejamento de linhas para oferecer indicadores de oferta, demanda, origem e destino.

A BIA funciona como um painel de controle completo da operação, permitindo aos gestores enxergar padrões de ocupação, horários críticos, gargalos de oferta e até impactos de mudanças de itinerário. É como se o transporte coletivo finalmente ganhasse um retrovisor — e um binóculo ao mesmo tempo.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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