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Busworld mostra o futuro da mobilidade, avalia presidente da FETPESP


Para Mauro Herszkowicz, feira internacional consolida a transição para ônibus de baixa emissão, conectados e integrados aos novos modelos de cidade

ALEXANDRE PELEGI

A Busworld, uma das maiores feiras globais dedicadas ao transporte coletivo, foi acompanhada de perto por Mauro Herszkowicz, presidente da FETPESP (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo). Para ele, o evento deixa clara a direção do setor: o futuro da mobilidade será limpo, conectado e orientado por dados.

Inovação e transição energética

Segundo Herszkowicz, a Busworld demonstra que o transporte coletivo vive uma transformação sem volta.
Os ônibus elétricos e movidos por novas matrizes energéticas, como biometano e hidrogênio, já não são experimentos isolados — tornaram-se o novo padrão de desenvolvimento da indústria.

A eletrificação é um caminho inevitável, mas não o único. O mais importante é entender que estamos migrando para uma lógica de eficiência energética, de operação inteligente e de integração com o ambiente urbano”, afirma o presidente da FETPESP.

Além da energia, Herszkowicz destaca que a tecnologia embarcada e a gestão digital da frota são hoje elementos centrais da competitividade. Sensores, telemetria e inteligência artificial permitem que as empresas aprimorem custos, segurança e previsibilidade, aproximando o transporte coletivo dos padrões de desempenho esperados em outras áreas da mobilidade.

O desafio brasileiro

O presidente da FETPESP observa que o Brasil ainda enfrenta desafios estruturais para acompanhar essa transformação.

A fragmentação regulatória entre municípios e estados, a ausência de linhas de crédito específicas e a defasagem na renovação de frotas são barreiras que precisam ser superadas com políticas públicas consistentes e mecanismos de financiamento adequados.

A inovação não pode ser privilégio de grandes operadores ou de poucas cidades. Precisamos de instrumentos que permitam a transição tecnológica de forma justa, acessível e sustentável para todo o país”, ressalta Herszkowicz.

Ele acrescenta que a modernização também passa pela integração metropolitana e pelo planejamento urbano, de modo que o ônibus seja cada vez mais parte de um sistema interligado, com bilhetagem digital, serviços sob demanda e micromobilidade conectada.

Cooperação e protagonismo nacional

Para Herszkowicz, a presença brasileira na Busworld reforça o papel estratégico do país no desenvolvimento da mobilidade global.
Segundo ele, é hora de investir em cooperação internacional, centros de testes regionais e parcerias público-privadas que permitam acelerar a inovação.

O transporte brasileiro precisa se colocar como protagonista, não apenas como consumidor de tecnologia. Temos indústria, inteligência e capacidade técnica para liderar esse processo”, afirma.

Um setor em redefinição

O presidente da FETPESP resume que a Busworld foi um retrato de um setor em plena redefinição.

As fronteiras entre transporte, energia e tecnologia estão se dissolvendo, exigindo das empresas visão estratégica e coragem para inovar.

O futuro já está em curso. Cabe a nós decidir se seremos espectadores ou protagonistas dessa mudança”, conclui Herszkowicz.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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