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BYD inicia produção no Brasil de novos modelos de chassis de ônibus com baterias que carregam pela metade do tempo e ocupam menos espaço (Blade)


Foto: Diário do Transporte

Diário do Transporte foi conferir nesta segunda-feira (11). Fabricante promete ainda mais segurança no modelo

ADAMO BAZANI

Colaboraram Arthur Ferrari e Vinícius de Oliveira

A BYD iniciou a produção de chassis de ônibus na planta de Campinas, no interior de São Paulo, com um tipo de bateria que promete recarga entre 1h e 2h, praticamente a metade do tempo dos modelos atuais, além de ocupar menos espaço no coletivo.

O modelo de chassi também é novo e é denominado pela BYD de BC22LE 41.820 – Articulado piso baixo | 22 m. Já a versão Padron de 13 m desta nova geração de ônibus é a denomidanda BC12LE 21.410 – Urbano piso baixo | 13 m.

Denominada Blade, esta bateria foi lançada mundialmente pela marca chinesa em 2020 e promete responder a alguns dos entraves para que a eletrificação dos ônibus se torne mais viável que é justamente o quanto o coletivo precisa ficar parado, sem operar, nas garagens, carregando.

Segundo a BYD, a Blade possui um formato alongado e estrutura interna que utiliza células LFP (lítio-ferro-fosfato) dispostas horizontalmente.

Por isso, ainda de acordo com a fabricante, este tipo melhora o uso do espaço, reforça a rigidez estrutural do veículo e oferece um desempenho térmico superior.

Quanto à segurança, a BYD diz que fez “testes rigorosos”, como perfuração por prego, aquecimento a 300°C e esmagamento.

A empresa garante que a bateria demonstrou estabilidade térmica, sem risco de incêndio ou explosão, mesmo diante de condições extremas. “Esses resultados superam os padrões exigidos pela indústria automotiva mundial, garantindo proteção em casos de colisão ou perfuração” , promete a fabricante.

A bateria Blade também apresenta vida útil maior, com “alta eficiência preservada ao longo do tempo, garantindo maior durabilidade e reduzindo significativamente a necessidade de manutenção“.

Para os novos ônibus elétricos, as baterias variam entre 425 kWh e 499 kWh no modelo BC12, e entre 542 kWh e 642 kWh no modelo BC22, permitindo recargas completas entre uma hora e meia e duas horas por meio da tecnologia de carregamento rápido.

Na operação prática, a empresa promete que os veículos terão autonomia de até 270 km com a bateria de menor capacidade e até 350 km com a bateria de maior capacidade, em condições reais de tráfego urbano.

De acordo com o diretor de vendas de ônibus da BYD, Bruno Paiva, a bateria do tipo Blade pode deixar um ônibus padron em torno de 1,5 tonelada mais leve.

Quanto ao ganho de espaço, segundo o diretor de veículos comerciais da BYD, Marcello Schneider, é possível ganhar mais uma fileira de bancos.

Também é possível usar os carregadores já instalados nas garagens, sem a necessidade de compra de equipamentos específicos.

O custo do ônibus será mais elevado que os modelos atuais.

Segundo os executivos ouvidos pelo Diário do Transporte, pela maior vida útil, redução do custo de manutenção e maior aproveitamento da energia, reduzindo o custo de operação, essa diferença de preço de aquisição é compensada, ainda com lucro.

A variação percentual exata entre os modelos atuais e os de Blade, que serão as únicas opções da marca no Brasil a partir de 2026, está sendo estudada para ser a menor possível no mercado brasileiro.

A frente (dentro da caixa de madeira), a bateria Blade e ao fundo os modelos atuais (uma aberta e outra fechada)

PRODUÇÃO NO BRASIL

A BYD diz que a partir de 2026, a atual fábrica de baterias em Manaus, iniciará a fabricação dos packs de bateria Blade em território nacional.

Com isso, a empresa reforça seu compromisso em oferecer o que há de mais moderno e eficiente em tecnologia elétrica para o transporte coletivo no Brasil. Cada chassi de ônibus produzido pela BYD evita a emissão de cerca de 118 toneladas de CO₂ por ano, o equivalente ao plantio de 847 árvores. Por fim, os veículos podem operar por até 15 anos, superando a média de 10 anos dos modelos a diesel” – diz a fabricante.

Confira a ficha técnica:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Colaboraram Arthur Ferrari e Vinícius de Oliveira





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