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Câmara de Belo Horizonte (MG) rejeita projeto de tarifa zero no transporte público


Foto: Divulgação

Proposta recebeu 30 votos contrários e 10 favoráveis em meio a protestos durante a sessão

YURI SENA

A Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou, nesta sexta-feira, 3 de outubro de 2025, o projeto de lei que previa a implantação da tarifa zero no transporte público da capital mineira.

A proposta recebeu 30 votos contrários e 10 favoráveis.

Durante a votação, manifestantes favoráveis ao projeto se concentraram em frente ao prédio do Legislativo, no bairro Santa Efigênia, e tentaram acompanhar a sessão nas galerias, que já estavam lotadas. A reunião chegou a ser interrompida por alguns minutos devido aos protestos.

Apresentado em fevereiro, o texto previa a criação do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo (FSTC), a ser financiado por uma Taxa de Transporte Público (TTP). A cobrança recairia sobre empresas sediadas em Belo Horizonte com mais de nove funcionários, que passariam a pagar um valor fixo por trabalhador em substituição ao vale-transporte. Além da arrecadação privada, o fundo também contaria com recursos do Executivo municipal.

Parlamentares contrários, como o líder da Prefeitura na Câmara, vereador Bruno Miranda (PDT), criticaram a proposta e a classificaram como uma pauta eleitoral. 

Já a vereadora Iza Lourença (Psol), uma das autoras do projeto, afirmou que a votação representou uma derrota para a população e convocou uma manifestação em defesa da tarifa zero no próximo domingo (5).

O sistema de transporte público custa atualmente cerca de R$ 1,8 bilhão por ano, segundo estimativas da administração municipal. Movimentos favoráveis à adoção da tarifa zero calculam que, caso a gratuidade fosse implementada, a despesa anual poderia atingir R$ 2,1 bilhões em razão do aumento na quantidade de passageiros. Isso exigiria um acréscimo de aproximadamente R$ 1,4 bilhão além do que já é aplicado pela Prefeitura.

A proposta discutida na Câmara Municipal previa a substituição do vale-transporte por uma contribuição obrigatória das empresas da cidade. O pagamento seria exigido de empregadores com mais de dez funcionários, por meio de uma taxa mensal proporcional ao número de trabalhadores.

Defensores do modelo argumentam que esse formato reduziria os custos para as empresas, já que o valor da taxa seria inferior ao gasto atual com o vale-transporte. Em contrapartida, entidades que representam o comércio e a indústria contestam essa estimativa e demonstram receio de que a medida aumente as despesas do setor produtivo.

Yuri Sena, para o Diário do Transporte



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