Publicado em: 30 de maio de 2025
Semove destaca impacto nas vias, rede de saúde e operação dos ônibus em ação educativa no Maio Amarelo
ARTHUR FERRARI
Motociclistas representam 77% das ocorrências de trânsito atendidas pelo Corpo de Bombeiros no Estado do Rio de Janeiro em 2024, segundo dados divulgados pela Semove. A entidade, que reúne 174 empresas do setor de transporte, lançou a campanha “O preço da pressa” para conscientizar a população sobre os riscos do uso imprudente desse tipo de veículo, responsável por três a cada quatro acidentes viários registrados no estado.
De acordo com levantamento da Prefeitura do Rio, os atendimentos hospitalares a vítimas de acidentes com motos custam, por ano, cerca de R$ 130 milhões aos cofres públicos. Ainda que representem apenas 16% da frota de veículos licenciados, as motocicletas estão presentes em 69% dos casos registrados na rede municipal de saúde.
Entre os operadores de transporte coletivo, a preocupação é crescente. As motos já respondem por até metade das colisões envolvendo ônibus na Região Metropolitana, o que compromete a regularidade do serviço e afeta diretamente o deslocamento dos passageiros.
“É importante lembrar que, toda vez que um ônibus se envolve em um acidente com moto, é preciso retornar à garagem, impactando no serviço prestado à população”, alertou Richele Cabral, diretora de Mobilidade da Semove.
Com mensagens como “ser ágil e rápido no trânsito pode ser o maior atraso de vida”, a campanha reforça que optar pelo transporte coletivo pode ser uma alternativa mais segura, eficiente e com menor impacto à mobilidade urbana.
“Nosso objetivo é levar informações de forma clara e responsável para os passageiros. O transporte por ônibus, além de mais seguro, conta com motoristas capacitados, veículos inspecionados e monitoramento constante. É uma escolha que preserva vidas”, acrescentou Richele.
Lançada dentro das ações do movimento Maio Amarelo, a iniciativa está sendo veiculada nas redes sociais da Semove e foca em promover mudanças de comportamento, destacando os pilares da segurança viária e a necessidade de escolhas conscientes no trânsito.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte